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SÍSMICA NO BRASIL TECNOLOGIAS PARA MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DE SISMOS ZONA DE SOMBRA SÍSMICA

Trabalho Escolar: SÍSMICA NO BRASIL TECNOLOGIAS PARA MONITORAMENTO E PREVENÇÃO DE SISMOS ZONA DE SOMBRA SÍSMICA. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  14/7/2014  •  2.213 Palavras (9 Páginas)  •  351 Visualizações

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SÍSMICA NO BRASIL

1- INTRODUÇÃO

Um sismo ou um tremor de terra é caracterizado por vibrações de terra mais ou menos violentas, cuja duração não ultrapassa alguns minutos ou até alguns segundos, sendo sempre um fenômeno breve e localizado. São originados, regra geral, por rupturas bruscas nas rochas que se situam a maiores ou menores profundidades em relação à superfície terrestre. No ponto de ruptura (HIPOCENTRO OU FOCO) é libertada energia que produz vibrações nas rochas, ou ondas de choque, que se propagam através do solo (Figura 1).

A parte mais externa da Terra, a litosfera, de aproximadamente 100 km de espessura, é rígida e dividida em diversas partes ou placas tectônicas, as quais movimentam umas em relação às outras. Nas zonas de contato entre essas placas ocorrem os maiores e mais freqüentes terremotos. A causa desse movimento é a existência de correntes de convecção no manto. Sabe-se que o estado das tensões na litosfera pode ser devido a uma variedade de forças: de origem local, causadas por heterogeneidades estruturais, carregamento e descarregamento da crosta e anomalias térmicas na astenosfera; e de origem regional, relacionadas com a movimentação de placas tectônicas, tais como empurrão da dorsal oceânica, devido à sua maior elevação (comprimindo o interior da placa), força de empuxos, por exemplo, exercida pela Placa de Nazca, que mergulha por baixo da Placa Sul-Americana e forças de carregamento viscoso devido às correntes de convecção que podem estar carregando a Placa Sul-americana (Mendiguren & Richter, 1978; Assumpção & Suarez, 1988).

2- SISMICIDADE BRASILEIRA

O Brasil, por estar situado no interior da placa tectônica da América do Sul, uma região continental estável, apresenta uma sismicidade bem inferior àquela observada nas bordas de placas, como é o caso da zona de contato entre as placas de Nazca e a Placa Sul-americana, onde os sismos são mais freqüentes e de maiores magnitudes. Além disso, a sismicidade observada no Brasil é menor do que em outras regiões intraplacas semelhantes, como são os casos do leste da América do Norte, Índia, África e Austrália, onde já foram observados grandes terremotos, como, por exemplo, os de Nova Madri (EUA), em 1811 e 1812, com magnitudes 8,2 e 8,0, respectivamente (Johnston, 1989).

O primeiro sismo no Brasil do catálogo de Berrocal et al. (1984) data da época da colonização, de 1560, na Capitania de São Vicente. Entretanto, trata-se de um registro ao qual dever-se dar pouco crédito. Os registros históricos mais confiáveis do catálogo aparecem apenas no início do século XVIII, quando as descrições macrossísmicas são mais confiáveis.

Os dados instrumentais foram compilados de duas fontes: a primeira de boletins sísmicos internacionais da Rede Mundial de Sismógrafos, que, segundo Berrocal et al., (1984), inclui sismos maiores que 5,5, desde 1919 e sismos com magnitudes 4,5, desde 1965. A segunda, oriunda dos dados de estações sismográficas brasileiras, que a partir de 1967, com a instalação do Arranjo Sismográfico da América do Sul (SAAS), em Brasília, passou a detectar sismos pequenos, de magnitude da ordem de 3,5 ou menores, dependendo da região epicentral. Há, atualmente, 40 estações sismográficas em todo o país, sendo que o aparelho mais potente é o mentido pela Universidade de Brasília.

2.1- OCORRÊNCIAS

O maior terremoto que o país já teve ocorreu há mais de 50 anos, na Serra do Tombador, no Mato Grosso: atingiu 6,6 graus na Escala Richter. Mas há outros registros:

• Mogi-Guaçu, São Paulo, 1922: 5,1 graus

• Tubarão, Santa Catarina, 1939: 5,5 graus

• Litoral de Vitória, Espírito Santo, 1955: 6,3 graus

• Manaus, Amazonas, 1963: 5,1 graus

• Noroeste do Mato Grosso do Sul, 1964: 5,4 graus

• Pacajus, Ceará, 1980: 5,2 graus

• Codajás, Amazonas, 1983: 5,5 graus

• João Câmara, Rio Grande do Norte, 1986: 5,1 graus

• João Câmara, Rio Grande do Norte, 1989: 5,0 graus

• Plataforma, Rio Grande do Sul, 1990: 5,0 graus

• Porto Gaúcho, Mato Grosso, 1998: 5,2 graus

• Estado de Pernambuco: entre 2001 e 2005 foram registrados 1,5 mil tremores de terra de baixo impacto Divisa entre Acre e Amazonas, 2007, 6,1 graus

• Itacarambi, Minas Gerais, 09/12/2007: 4,9 graus (é o primeiro tremor da história do Brasil que provocou 1 morte, 5 feridos e varias casas destruídas).

Além desses, existem registros recentes, porém com menores magnitudes representadas no mapa abaixo (Figura 2). O último sismo registrado no Observatório Sismológico (SIS) da Universidade de Brasília (UNB) ocorreu em Montes Claros (MG) no dia 15 de maio deste ano, com magnitude 2.1 na escala Richter.

2.2- CAUSAS DOS TERREMOTOS BRASILEIROS

2.2.1- Falhas geológicas

"Toda placa é recortada por vários pequenos blocos, de várias dimensões. Esses recortes, ou falhas, funcionam como uma ferida que não cicatriza: apesar de serem antigos, podem se abrir a qualquer momento para liberar energia. Se você tem um bloco recortado e o comprime de um lado e de outro, ele rompe onde já existe a fratura”.

Segundo informações do "Mapa tectônico do Brasil", criado pela Universidade Federal de Minas Gerais, em nosso país existem 48 falhas, nas quais se concentram as ocorrências de terremotos (Figura 3)

O maior número de falhas se concentra nas Regiões Sudeste e Nordeste, seguidas pela Região Norte e Centro-Oeste. A Região Sul é a que apresenta o menor número de falhas.

Para realizar os estudos foram utilizados diversos mapas topográficos e geológicos, além de uma grande quantidade de imagens de satélite e de radar. Um grupo de pesquisadores foram a diversas localidades de Belém, Natal, Fortaleza e São Paulo e durante um mês investigaram as margens do Rio Amazonas, identificando as falhas na região. Para localizar as falhas, os cientistas analisaram primeiro as cartas topográficas à procura de indicadores. "Os rios são um exemplo, pois correm geralmente ao longo das fissuras", explica o

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