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A Histologia e Embriologia

Por:   •  6/4/2021  •  Dissertação  •  1.405 Palavras (6 Páginas)  •  189 Visualizações

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Faculdade Única de Ipatinga

Curso: 2ª Licenciatura em Ciências Biológicas.

Disciplina: Histologia e Embriologia

Tutora: Bárbara Tatiane Maria Matos

Aluno: Juan Ricardo Carvalho Senna

Gravidez Ectópica

A gravidez é o fenômeno presente na biologia responsável pela reprodução das espécies. Pode ocorrer nos animais e no ser humano. No ser humano a gestação dura em torno de nove meses, algo em torno entre 40 a 41 semanas. A gravidez inicia com a fecundação, onde o espermatozoide fertiliza o óvulo e, termina, quando a mulher realiza o milagre no nascimento. A gravidez é um momento único, algo sublime, que definitivamente é um divisor de água na vida da mulher, provocando uma vastidão de emoções, emoções e adaptações, causada pelo “shake” hormonal que se torna o sistema endócrino da mulher.

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Figura 1 Nesta imagem do site www.newkidscenter.com é possível identificar os locais de implantação e a porcentagem de incidência por gravidez ectópica.

Acontece que nem toda gravidez é saudável ou normal. Em alguns casos podem ocorrer a gravidez ectópica, esse é o termo que abrange além da gravidez extrauterina (tubária, ovariana, abdominal), em pequenos casos gravidez cervical, intersticial e em cicatriz de cesárea.

. Então, o que tudo isso significa? A gravidez ectópica é uma complicação da gravidez, na qual o feto se instala fora do útero, podendo se implantar nas trompas, heterotópica, na cavidade abdominal, na cicatriz da cesárea anterior, cervical ou ovariana. As causas dessa gravidez podem ser desde uma cesárea anterior, o uso do DIU, Clamídia ou até endometriose. Existem também outros fatores de risco como idade superior a 35 anos, fertilização in vitro, malformação das trompas, vários parceiros sexuais, infertilidade, inflamação pélvica, dentre outros (SEDICIAS, 2017).

Dentre os tipos de gravidez ectópica a mais comum é a tubária que corresponde a gestação cuja implantação e desenvolvimento do blastocisto ocorrem fora do endométrio da cavidade uterina, correspondendo a 95-98% dos casos. Nessas pacientes a região da ampola é a mais acometida, com a implantação do ovo nesse local ocorrendo entre 70 e 80% dos quadros.

Tipologia da Gravidez Ectópica

Gravidez Ectópica Tubária

Ocorre quando o embrião implanta-se nas Trompas de Falópio. Responsável por cerca de 95% dos casos de gravidez ectópica, a gravidez tubária pode causar rompimento da tuba (gravidez ectópica rota) e hemorragia, colocando a vida da mãe em risco.

[pic 2]

Figura 2 Fotografia laparoscópica, olhando para baixo em direção ao útero (assinalado pelas setas azuis). Na trompa de Falópio esquerda está em desenvolvimento uma gravidez ectópica (assinalada pelas setas vermelhas). A trompa direita encontra-se normal.

Gravidez Ectópica Ovariana

Acontece quando a implantação do embrião ocorre no ovário e pode se confundir com um cisto.

[pic 3]

Figura 3 Aspecto do ato operatório identificando: 1 – Útero, 2- Tuba uterina direita, 3 – Ovário direito aumentado

Gravidez Ectópica Cervical (colo do útero)

É quando o embrião se implanta no colo do útero, podendo gerar hemorragia intensa.

[pic 4]

Figura 4 Imagem de ultrassom de uma Gestação Ectópica Cervical – Disponível em: https://www.facebook.com/watch/?v=3734070713291580 Acessado em 15 de mar de 2021.

Gravidez Ectópica Abdominal

É o tipo de gestação ectópica que causa mais perigo à vida da mulher. Se caracteriza pela implantação do embrião dentro da cavidade peritoneal, entre os órgãos. Nesse sentido, o crescimento do bebê comprime órgãos, o que pode ocasionar o rompimento dos vasos sanguíneos, pondo a mãe em risco. No entanto, há relatos de mulheres que conseguiram que o bebê chegasse às 38 semanas de gestação, sendo realizada uma cesariana para o nascimento.

[pic 5]

Figura 5 - Após lise de aderências, de omento e de apêndice, realizada ligadura dos vasos do infundíbulo que nutriam a massa, sendo completado o procedimento com a remoção do anexo direito (salpingooforectomia direita), apendicectomia (massa aderida ao apêndice) e do feto. Disponível                                            em:<> Acessado em :15 de mar de 2021.

Gravidez Heterotópica

É quando em uma gestação gemelar, um embrião se desenvolve no útero e outro trompa, mas geralmente só ocorre o diagnóstico depois do rompimento da tuba.

[pic 6]

Figura 6 Gravidez heterotópica rompida na ultrassonografia. Disponível em: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/e/e0/UOTW_9_-_Ultrasound_of_the_Week_1.webm Acessado em: 15 de mar de 2021.

A gravidez ectópica geralmente está associada a fatores de risco que causam lesão tubária ou alteração no transporte ovular, sendo assim, quando chegado o momento da nidação o ovo ainda não se encontra na cavidade uterina e se implanta em localização anômala. Entre os fatores de risco estão: Doença inflamatória pélvica;

  • Infecções genitais;
  • Uso de dispositivo intrauterino;
  • Cirurgia tubária prévia;
  • Gravidez ectópica anterior;
  • Procedimentos relacionados à reprodução assistida;
  • Uso de métodos anticonceptivos de emergência;
  • Tabagismo;

Linha Primitiva e sua Importância

A Linha Primitiva é formada por um segmento linear espesso do epiblasto, no início da terceira semana de gestação, é o indício do início da gastrulação - nome do processo pelo qual ocorre uma invaginação nos tecidos do embrião, formando os folhetos embrionários -. Este segmento (fragmento linear) é originado a partir da proliferação e migração das células do epiblasto para o centro do disco embrionário. Graças à adição de células na extremidade caudal, ocorre a extensão da linha primitiva até formar o nó primitivo e, ao mesmo tempo, formar o estreito sulco-primivo. Nessa fase, já é possível perceber que aparece uma pequena depressão nó primitivo, a qual se denomina fosseta primitiva, além do eixo - e de suas respectivas extremidades - cefálico-caudal, as superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo do embrião. Quando as células epiblásticas sofrem uma invaginação, o sulco e a fosseta aparecem. Mais tarde, quando do surgimento da linha primitiva, as células deixam a sua superfície profunda para formar o mesênquima - tecido mesodérmico embrionário - que dará sustentação ao embrião, estando dispersamente arranjadas e suspensas em uma matriz gelatinosa. Estas células mesenquimais são primordialmente amebóides com atividade fagocítica - é um processo em que moléculas sólidas e grandes são capturadas e digeridas pela célula -.

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