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A CLONAGEM VEGETAL

Por:   •  19/8/2018  •  Resenha  •  929 Palavras (4 Páginas)  •  356 Visualizações

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CLONAGEM VEGETAL

Você conhece alguém que já enterrou uma folha de violeta na areia com o objetivo de obter uma nova muda? Pois bem, essa é uma maneira simples de promover a reprodução assexuada nos vegetais. Você sabia que esse processo é muito comum entre as plantas e que consiste em um método natural de clonagem?

A clonagem vegetal refere-se à produção de indivíduos idênticos a partir de células ou segmentos de plantas. A palavra clone deriva do grego klón, que significa ‘broto’, o que pressupõe, portanto, a existência de um indivíduo gerador e a ocorrência de reprodução assexuada. Outros questionamentos surgem quando pensamos nesse interessante tema...

- Eu consumo vegetais transgênicos em minha alimentação? Eles podem prejudicar minha saúde ou trazer problemas ambientais?

- Como atingimos as atuais culturas vegetais?

- Quais as técnicas mais comuns para clonagem vegetal?

A composição genética atual das diversas culturas de plantas é o resultado da domesticação e melhoramento que elas foram submetidas durante os séculos. O início do melhoramento vegetal coincide com o início da agricultura. Ambos evoluíram paralelamente na direção de aumentos na qualidade e na produtividade das culturas domesticadas pelo homem.

O melhoramento tem contado com o auxílio de algumas valiosas ferramentas naturais. Dois dos principais fatores da evolução, a recombinação e a seleção, têm sido intensivamente utilizados, com o emprego de métodos refinados desenvolvidos na primeira metade do século XX. As mutações, o terceiro grande fator da evolução, são instrumentos adicionais, capazes de auxiliar os métodos convencionais de melhoramento, para o aumento da variabilidade genética das espécies.

O século XX presenciou grandes avanços na prática do melhoramento, como a automatização de plantio, a colheita de experimentos com maquinaria especializada; a informatização da maioria dos programas de melhoramento no mundo e a rapidez no processamento e divulgação de dados, associados às práticas da genética, da mutagênese, da cultura de células e tecidos e também aos conhecimentos de estatística, bioquímica, fisiologia, e mais recentemente, da biologia molecular. A primeira planta transgênica, na qual um gene de bactéria foi inserido de forma estável no genoma vegetal, foi produzida em 1983.

Tudo indica que o número de variedades transgênicas de várias espécies, a serem lançadas comercialmente nos próximos anos, irá aumentar de forma substancial. Variedades resistentes a herbicidas já estão no grupo de produtos predominantes para a maioria das espécies, seguidas de resistência a insetos, entre outros. A entrada, em maior escala, das plantas transgênicas no mercado gerará novos pacotes tecnológicos (com uso de herbicidas e outros insumos) e possibilitará a prática da agricultura em grandes extensões. As contribuições da biotecnologia para a agricultura já se fazem sentir em vários países, onde variedades transgênicas vêm ocupando grandes áreas de plantio com diferentes espécies. Será que tal prática conduzirá a agricultura a riscos?

A situação com variedades de algodão, milho, soja, dentre outras, portadoras do gene Bt (Bacillus thuringienses), que confere resistência a alguns lepidópteros, pode ser diferente. A transformação de diferentes espécies vegetais com o mesmo gene de resistência, isto é, clonado da mesma estirpe de Bacillus thuringienses, poderá resultar em um risco endêmico, caso o inseto. Eu consumo vegetais transgênicos em minha alimentação? Eles podem prejudicar minha saúde ou trazer problemas ambientais? Como atingimos as atuais culturas vegetais? Quais as técnicas mais comuns para clonagem vegetal? 10 supere a resistência conferida pelo gene Bt, fenômeno denominado de vulnerabilidade biotecnológica interespecífica.

Mais informações interessantes

- Veja alguns resultados concretos já obtidos no melhoramento de plantas:

  • Genes de resistência a herbicida, insetos e a vírus;
  • Genes que modificam a composição de lipídios (óleos);
  • Genes com diferentes vitaminas (arroz pró vitamina A);
  • Genes para maturação retardada (longa vida);
  • Genes para a produção de fitoterápicos para a fabricação de remédios;
  • Genes para a fixação do Nitrogênio;
  • Vacinas comestíveis – vacinas contra difteria em bananas.

Qual é, então, o papel da clonagem vegetal? Por que clonar variedades? A resposta parece óbvia: a reprodução exclusiva de indivíduos com fenótipos favoráveis.

A técnica da clonagem in vitro de plantas é conhecida também como micropropagação. A micropropagação é, portanto, uma forma rápida de multiplicar uma determinada planta, ou genótipo, que apresente características agronômicas desejáveis. Essas características podem ser, por exemplo, elevadas produtividade, elevada qualidade de grãos ou frutos, tolerância a pragas ou doenças, entre outras. Dentre as vantagens da micropropagação, podemos citar a rapidez na produção de um grande número de mudas. A partir de uma planta de bananeira, por exemplo, podem ser obtidas através da micropropagação aproximadamente 100 mudas, no prazo de 8 meses. Em condições de campo são obtidas até 12 mudas em um período similar. Quanto às orquídeas, leva-se cerca de dois anos para a obtenção de uma boa muda utilizando-se os métodos convencionais enquanto que, através do cultivo in vitro de meristemas, é possível a produção de centenas de mudas nesse mesmo período de tempo. A micropropagação tem demonstrado grande importância prática e potencial nas áreas agrícolas, florestal, na horticultura, floricultura, bem como na pesquisa básica. A multiplicação in vitro de plantas de importância econômica, em larga escala, tem resultado na instalação de verdadeiras ¨fábricas de plantas¨, as chamadas biofábricas comerciais, baseadas no princípio de linha de produção.

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