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A CORRELAÇÃO DIRETA ENTRE A CIRCUNFERÊNCIA

Por:   •  4/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.881 Palavras (8 Páginas)  •  326 Visualizações

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CORRELAÇÃO DIRETA ENTRE A CIRCUNFERÊNCIA DO PESCOÇO E A LARGURA DA CINTURA, MITO OU VERDADE?

Daniella O. Santos¹; Ivana S. Muniz¹; Jéssica S. Prado.

¹-Estudante do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB, Estrada do Bem Querer, km 4, Lot. Itamarati, Vitória da Conquista- BA, 45083-900.

(Dr.daninha2@gmail.com)

RESUMO

De acordo o conhecimento popular para saber se uma roupa da região inferior do corpo cabe ou não, basta feche-la na circunferência do pescoço, se a medida for equivalente a do pescoço caberá na cintura. O objetivo do estudo foi observar se realmente há uma correlação entre a circunferência do pescoço e a largura da cintura. A metodologia do estudo insistia na amostra de 30 pessoas no centro da cidade de Vitória da Conquista – Bahia local ao qual poderia haver uma maior abrangência de dados. Os resultados obtidos demonstraram que há uma correlação direta entre a circunferência do pescoço e a largura da cintura, logo, o conhecimento popular estaria correto.

Palavras chave: indicadores antropométricos, medida e marcador

INTRODUÇÃO

O alto índice de gordura é associado a várias doenças crônico-degenerativas não transmissíveis, como diabetes e algumas doenças cardiovasculares (TIBANA et al., 2012). Logo, indicadores antropométricos são vastamente utilizados na área médica para verificação da distribuição de gordura corporal.

A circunferência da cintura (CC) e a circunferência do pescoço (CP) e a relação cintura/estatura (RCE), são exemplos de indicadores antropométricos, sendo que a circunferência do pescoço também pode indicar se a pessoa desenvolveu alguma doença cardiovascular (DCV), por ser um indicador de gordura subcutânea na parte superior do corpo (MAGALHÃES et al., 2014).

Uma “lenda urbana” amplamente utilizada por vendedores ambulantes diz que há uma correlação da circunferência do pescoço com o largura da cintura, ou seja, de acordo com eles não há a necessidade de provar as roupas da região inferior, se ela fechar perfeitamente ao redor do seu pescoço, ela irá caber. E foi com base nessa lenda urbana que nasceu a proposta da realização de um estudo dessa suposta correlação.

METODOLOGIA

O estudo foi realizado no centro da cidade de Vitória da Conquista, local este escolhido pelo fato de abranger uma maior diversidade de pessoas não só de Conquista, mas também da região Sudoeste. Essa pesquisa baseou-se em comprovar se há correlação entre a CF (circunferência do pescoço) e a LC (largura da cintura).

Antes de tirar as medidas das pessoas foram selecionados alguns critérios que garantiram a independência das amostras a serem coletadas. Para isso foram descartadas mulheres que estivessem grávidas, pois isso iria alterar a largura da cintura afetando assim os dados; pessoas que apresentavam algum tipo de doença que poderia influenciar na circunferência do pescoço ou na largura da cintura (tireoide, caxumba, barriga d’água) e pessoas que estivessem em grupo.

Para evitar as pseudo- réplicas citadas anteriormente pegou-se medidas de pessoas aleatórias no Centro, evitando pegar pessoas de um grupo em comum justamente para evitar de pegar indivíduos de uma mesma família. A cada 1min foram selecionadas pessoas aleatórias que estivessem passando a nossa frente, descartando as medidas de pessoas que apresentavam algo que alterava as medidas pedidas. Para realizar as medidas utilizou-se dois pedaços de barbante, um para o pescoço e o outro para a cintura. No momento de realizar as medidas as pessoas pegavam o pedaço de barbante e elas mesmas mediam a CF e a LC.

Esses barbantes eram marcados na medida exata que as pessoas tiravam, a medida do pescoço feita pelo barbante foi passada para uma régua e a medida da cintura também realizada com um barbante foi passada para uma fita métrica. A circunferência do pescoço teve a unidade de medida em centímetros (cm) e a largura da cintura teve unidade de medida em metros (m).

Foram coletadas 30 amostras, após a coleta os dados foram inseridos no programa RStudio, no qual houve a análise dos dados. Para começar a análise dos dados foi determinado um alfa de 0,005 , ou seja, há meio por cento de chances da hipótese nula está certa (Ho = r menor ou igual a zero) e 99,5% de chances da hipótese científica ( r maior que zero) que diz que há uma correlação direta entre essas duas medidas.

No RStudio testou-se a normalidade dos dados e como a probabilidade obtida foi maior que o alfa definido assumiu-se que os dados são normais (gráfico 1.0 e 1.1). Nesse mesmo programa tirou-se a média e o desvio das duas medidas e testou-se a linearidade dos dados e se eles realmente tinham uma correlação direta ou não através de um teste de covariância (gráficos 1 e 1.1).

[pic 1]

                       Gráfico 1.0: Normalidade da circunferência do pescoço.

[pic 2]

                                     Gráfico 1.1: Normalidade da largura da cintura.

RESULTADOS

Através dos dados obtidos pode-se perceber que há uma correlação direta entre a CF e a LC (T=5,43; GL= 28; P= 4,2 x 10 -6 e r= 0,72). Ou seja como a probabilidade (P) é maior que o alfa definido e a correlação (r) é maior que zero, admite-se que há uma correlação direta entre essas duas medida, ou seja a medida que uma aumenta a outra também irá aumentar e à medida que uma diminuir a outra também diminui.

Como a CF e a LC são dados independentes, obteve-se um desvio padrão e uma média para cada uma dessas medidas. O CF teve desvio padrão e média de 3,63 e 36, 20 respectivamente e a LC teve desvio padrão e média de 0,08 e 0,35 respectivamente.  A figura em forma de gráfico a seguir mostra a linearidade dos dados e a correlação direta que há entre as duas medidas (gráfico 2).

[pic 3]

Gráfico 2: Linearidade e correlação direta da circunferência do pescoço e largura da cintura

DISCUSSÃO

           O objetivo do presente estudo foi comparar a CF e LC a fim de analisar se há uma relação entre as variáveis. Confirmando a hipótese, há uma correlação direta entre as medidas em pessoas da região Sudoeste da Bahia.

            STABE et al. (2012) obteve resultados que mostraram que a circunferência do pescoço é um método inovador para determinar a distribuição de gordura corporal, sendo assim quanto maior a CF maior será a LC.

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