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A Classe Asteroidea

Por:   •  31/5/2017  •  Seminário  •  1.973 Palavras (8 Páginas)  •  1.338 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

A estrela-do-mar é um animal invertebrado do filo dos Equinodermos da classe Asteroidea.

O filo Equinodermos é constituído por cerca de 7.000 espécies, distribuídas em cinco classes: Asteroidea, Crinoidea, Echinoidea, Holothuroidea e Ophiuroidea.

O nome vem do grego: echinos = espinho, e derma = pele, e se refere às projeções em forma de espinhos ou tubérculos presentes na superfície do corpo.

As estrelas-do-mar pertencem à classe Asteroidea do grego “aster”= estrela, “eidos” = forma, então são animais com forma de estrela. Existem cerca de 1.800 espécies catalogadas. Asteroideas são organismos bentônicos encontrados em ambientes marinhos.

 Podem conter de 5 a 50 braços. Seu corpo pode ser liso, granuloso ou coberto com espinhos. Podem ter de alguns centímetros até cerca de um metro de diâmetro. Pode se reproduzir por regeneração, ou seja, se um braço desse animal for cortado, pode desenvolver uma nova estrela-do-mar. 

O corpo é duro e rígido, devido ao seu esqueleto interno, mas, no entanto, pode ser quebrado em diversas partes quanto tratado violentamente. Mesmo assim, este animal consegue dobrar-se e deslocar os braços para se mover.

A movimentação é feita com a ajuda dos seus pés ambulacrários. A sua respiração é feita através das brânquias. A sua reprodução pode ser sexuada, ou assexuada, ou seja, pode envolver gametas femininos ou masculinos (sexuada) ou ter origem apenas num ser, sem que haja junção de dois tipos de gametas (assexuada).

O seu sistema digestivo é completo, a face oral fica voltada para o substrato e abriga a boca e o seu orifício retal situa-se na parte superior. São carnívoras. Comem animais tais como cracas, anêmonas de mar, gastrópodes, ouriços do mar, caranguejos, peixes mortos e até mesmo outras estrelas-do-mar.

Não possuem cérebro, por isso são menos nervosas e o seu sistema nervoso é constituído por um anel nervoso peribucal com nervos radiados.

  1. OBJETIVOS

O objetivo do presente trabalho é: conhecer a classe Asteroidea que pertence ao filo Equinodermos e abriga as Estrelas-do-Mar, detalhar seu corpo, anatomia externa e interna, reprodução, alimentação, importância ecológica e econômica, seus sistemas, habitat, características, sistema ambulacral que é um sistema exclusivo da classe, locomoção e curiosidades.


  1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

As estrelas-do-mar são animais dotados de cinco ou mais braços, o que lhes dá a aparência de estrela. Elas pertencem ao grupo dos Equinodermos e vivem em todos os oceanos do mundo, mas não são peixes. Os peixes têm espinha dorsal, as estrelas-do-mar não têm.

Existem cerca de 1.800 espécies de estrela-do-mar. Sua coloração pode ser marrom, vermelha, laranja, rosada, dentre outras. Podem variar de menos de 2 cm a mais de 1 m de diâmetro, embora a maioria são de 12 a 24 cm.

O corpo tem um disco no centro, do qual se projetam os braços, embora cinco seja o número mais comum, algumas espécies chegam a ter cinquenta braços. O disco e os braços são cobertos por pequenos espinhos. Muitas estrelas-do-mar têm capacidade de regeneração, ou seja, quando elas perdem um braço, outro cresce no lugar.

3.1 CARACTERÍSTICAS

As estrelas-do-mar constituem um grupo particular de animais marinhos, que compreende cerca de 1800 espécies presentes em quase todas as latitudes. É um equinodermo pentâmero, com um disco central e braços dispostos radialmente.

A sua superfície aboral ou superior é geralmente coberta de espinhos calcários, os quais são partes do esqueleto, dando um aspecto rígido e áspero. Locomove-se com os pés ambulacrários. Se colocada com a região oral para cima, a estrela-do-mar dobra os braços até encontrar apoio para os pés ambulacrários e desvira o corpo para que a região oral fique voltada para baixo. A boca encontra-se no centro da superfície oral, virada diretamente para o substrato.

Não possuem dentes e a boca está geralmente protegida por uma espécie de armadura formada pelos espinhos mais internos dos sulcos ambulacrários. Um sulco ambulacrário mediano, orlado de espinhos, estende-se ao longo da superfície oral de cada braço e dele se projetam muitos pés ambulacrários. Pequenas brânquias dérmicas (pápulas ou papilas) projetam-se da cavidade do corpo entre os espinhos para a respiração e excreção.

Ao redor dos espinhos e pápulas há pequenos pedicelários em forma de pinça, que têm como função manter a superfície do corpo livre de detritos e de pequenos organismos, podendo auxiliar ainda na captura de alimento. Na extremidade de cada braço há um tentáculo mole, tátil e uma mancha ocelar, sensível à luz. O orifício retal é uma abertura diminuta próxima ao centro da superfície aboral e nas proximidades da placa madrepórita.

3.2 HABITAT

Com exceção de algumas espécies que habitam águas salobras, Asteroidea são organismos bentônicos encontrados em ambientes marinhos. Presume que não foram capazes de invadir o ambiente terrestre e de água doce devido à sua respiração cutânea e pela falta de estruturas excretoras e osmorreguladoras.

3.3 ALIMENTAÇÃO

As estrelas-do-mar são conhecidas pelo seu apetite e pelas suas estratégias de alimentação. Cospem seu pegajoso e ácido estômago para fora de seu corpo, capturam sua presa e a digerem por horas, às vezes até dias. As espécies carnívoras predam esponjas, bivalves, caranguejos, corais, poliquetas e outros equinodermos. Algumas são necrófagas, alimentando-se de peixes e invertebrados mortos, outras ainda são detríticas alimentando-se da matéria orgânica e organismos microscópicos presentes no substrato, ou ainda suspensívoras alimentando-se de partículas em suspensão.

A eversão do estômago durante o processo de alimentação é característico das estrelas-do-mar carnívoras, no caso dos bivalves, a estrela-do-mar coloca-se sobre a presa e com a força dos seus braços e dos seus pés ambulacrários exerce uma pressão crescente que pode atingir 1,3 kg sobre as valvas do bivalve que com um certo tempo se cansa e relaxa. Após a alimentação o estômago é recolhido por contração e relaxamento dos músculos do corpo.

  1. REPRODUÇÃO

São dióicos, algumas hermafroditas, possuem reprodução sexuada e assexuada.

Sexuada com libertação dos gametas na água e posterior fertilização externa. O ovo fecundado geralmente desenvolve-se numa larva livre-natante de simetria bilateral que sofrerá no decurso do seu desenvolvimento a metamorfose mais complicada para se transformar num adulto de simetria radial.

Algumas delas têm a capacidade de se reproduzirem assexuadamente por fissão, um processo de divisão do corpo que resulta em novos indivíduos completos e funcionais geneticamente semelhantes à estrela-mãe.

Esta reprodução assexuada ocorre quando uma estrela se fragmenta, voluntariamente ou não, perdendo um dos seus braços com cerca de 1/5 do disco central, a estrela-do-mar mãe tem a capacidade de regenerar o braço perdido, e o braço perdido tem a capacidade de originar uma nova estrela-do-mar, esse processo pode levar até um ano. Não apresentam dimorfismo sexual, ou seja, não tem diferença entre o macho e a fêmea.

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