A Disponibilização do Conhecimento de Biologia

Prática de Ensino de Biologia no Ensino Médio

Alun@: Mário Sérgio Cervoni

RGM: 22446605

Polo: Ribeirão Preto

Tutora: Andrea Charquesi

Qual a importância e como devem ser utilizados os recursos didáticos durante a prática do processo de ensino-aprendizagem?

O processo de ensino-aprendizagem é um processo complexo através do qual o professor tem o papel de guiar o aluno levando-o à construção do conhecimento, dentro desse contexto um ponto fundamental é a transmissão da informação. As informações estão disponibilizadas em diversos recursos, como por exemplo escrito ou visual, sendo que no processo de ensino-aprendizagem esses elementos são denominados de recursos didáticos.

Um documento publicado pelo Ministério da Educação em 2009 (Brasil, 2009) classifica os principais recursos audiovisuais e recursos didáticos que são utilizados na educação brasileira. Esse documento também estabeleceu critérios para que esses recursos sejam utilizados de maneira eficiente. Podemos citar como critérios de maior destaque a adequação aos objetivos propostos pela aula, as habilidades que pretende desenvolver nos alunos (cognitivas, afetivas ou psicomotoras), deve possuir um baixo custo, ter uma manipulação acessível e despertar a atenção e a curiosidade dos alunos.

        O recurso didático mais tradicional e comumente usado na maioria dos processos de ensino-aprendizagem é a transmissão da informação via oral, através das aulas ditas tradicionais. Embora esse recurso seja de grande utilidade, ele não deve ser o único utilizado em sala de aula, pois, muitas vezes o professor ao ministrar o conteúdo das aulas por meio da fala acaba deixando pouco espaço para os alunos participarem, prejudicando o processo da construção do conhecimento.

Durante a exposição das informações de forma oral o professor deve ser capaz de contextualizar o conteúdo que está sendo ministrado e relacionar com outras disciplinas. Além disso, o conteúdo transmitido de forma oral deve estar associado com informações visuais, por exemplo, através do uso de imagens, modelos ou esquemas. Informações visuais sempre trazem grandes contribuições para o entendimento do conteúdo que foi exposto de forma oral, permitindo ao aluno entender os conceitos do processo.

Embora os conteúdos visuais facilitem em grande parte o processo de ensino-aprendizagem, simplesmente expor imagens e vídeos ou direcionar os alunos a pesquisa-las não é suficiente, uma vez que a imagem por si só não pode ser considerada uma fonte de aprendizagem. Após os alunos terem acesso ao conteúdo e gerarem suas conclusões sobre o que foi exposto, o professor precisa atuar como um orientador e mediar a interpretação das imagens, verificando se o aluno compreendeu de fato o conteúdo que foi apresentado e esclarecer as dúvidas que surgirem durante a interpretação do conteúdo (Carneiro, Barros e Jotta, 2007).

Outro recurso didático imprescindível no processo de ensino-aprendizagem é a informação textual. Esse recurso atua como uma base do planejamento, trabalho e estudo tanto para alunos como para os professores e pode apresentar-se em diversos formatos, por exemplo, livros didáticos, manuais e apostilas (Câmara, 2012). Uma vez que existem diversos recursos textuais, é importante saber definir qual o modelo mais adequado de acordo com cada situação.

A maioria das escolas públicas utilizam o livro didático como material de estudo, embora, já existam escolas públicas que utilizam o sistema de apostilamento, um sistema que atualmente é mais utilizado em escolas particulares. Para ter maior controle da qualidade dos livros didáticos o Ministério da Educação lançou o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), que tem por objetivo a fiscalizar, eleger e distribuir livros didáticos mais adequados às instituições, principalmente as públicas.

Além dos recursos citados acima, também devemos considerar os espaços onde ocorrem os processos de ensino-aprendizagem, que podem ir além do espaço tradicional da sala de aula. De acordo com Gohn (2006) podemos definir três tipos de educação – formal, informal e não formal. Segundo essa classificação a educação formal é a desenvolvida nas escolas; a educação informal é aquela em que o indivíduo aprende, por exemplo, com a família e amigos ou no bairro onde vive; a educação não formal é a que ocorre em espaços e ações coletivas do cotidiano.