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A FISIOLOGIA DA EXERTIA EM ROSA DO DESERTO “UMA REVISÃO BIBLIOGRAFICA”

Por:   •  14/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.092 Palavras (5 Páginas)  •  142 Visualizações

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A rosa-do-deserto (Adenium obesum (Forssk.)) é uma planta herbácea, suculenta da família

Apocynaceae, tem como centro de origem o Sul da África e a Península Arábica.

Morfologicamente possui um espessamento do colo e sistema radicular, tal adaptação está

ligada ao armazenamento de água e nutrientes, a qual proporciona a sua sobrevivência em

locais áridos. No Brasil, recentemente a rosa-do-deserto tem sido de grande importância para

floricultores e paisagistas por conta de seu alto valor ornamental, contudo, não existem técnicas

e informações agronômicas que possam dar suporte a um sistema de produção comercial.

(SANTOS et al., 2015).

A propagação de A. obesum é realizada principalmente por sementes, uma vez que as

plantas originadas de sementes exibem mais Caudex inchado e raízes primárias do que aquelas

propagadas de estacas (COLOMBO et al., 2015). De acordo com Colombo (2015) a formação

das sementes ocorre por autopolinização ou polinização cruzada. A polinização manual é

realizada retirando uma ou duas pétalas da flor receptora, para expor as anteras. Em seguida,

as anteras devem ser removidas com uma pinça para coletar os grãos de pólen, que são

transferidos para o estigma da flor receptora. Após 90 dias de polinização das flores, o folículo

começa a deiscência e as sementes podem ser coletadas para a semeadura.

A germinação das sementes é comumente realizada em diferentes substratos, que são

escolhidos de acordo com a disponibilidade local do material. Substratos à base de casca de

pinheiro semi-compostada empregados na germinação de sementes de A. obesum,

proporcionando taxas de emergência> 93% (COLOMBO et al., 2017). Esses resultados

colaboram com os observados em testes de germinação realizados em laboratório, confirmando

o elevado potencial de germinação desta espécie (COLOMBO et al., 2015; COLOMBO et al.,

2017). Em contrapartida, substratos com alta capacidade de retenção de água, se manuseados

incorretamente, podem diminuir a emergência das mudas devido ao apodrecimento das

sementes.

Segundo Colombo (2018), a alta comercialização da A. obesum, é resultado de hibridização

e apresenta alta taxa de segregação quando propagado por sementes, principalmente, cultivares

com flores dobradas. Assim, a propagação vegetativa do Adenium sp. tem se destacado pela

manutenção das características da cultiva. A propagação por corte e enxerto são os mais

comuns.

A enxertia é uma técnica de remodelação por via assexuada, da qual são unidos dois

indivídos, cultivar-copa e portaenxerto, com o intuito de formar uma nova planta, o enxerto.

Com a enxertia, adere-se características de interesse genótipos, com o objetio, em geral, à

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adaptação edafoclimática, diversificação de produção e melhoria da qualidade dos frutos

(ORAZEM et al., 2011; FORCADA et al., 2012; PEREIRA, 2012; HUSSAIN et al., 2013).

O processo da técnica de um enxerto envolve três etapas principais, a proliferação de calo

com implantação de contato entre as regiões cambiais da cultivar-copa e do portaenxerto, a

diferenciação de células parenquimáticas do calo em novas células cambiais, que iram se

conectar aos câmbios da cultivar-copa e do portaenxerto, e a formação de novos floema e

xilema (ERREA,1998; HARTMANN et al., 2010; PINA et al., 2012).

Alguns autores consideram que a formação de xilema e floema é apontada como

fundamental para o sucesso da enxertia, sendo antes da conclusão da terceira etapa, motivo de

duvida da compatibilidade das plantas (HARTMANN et al., 2010; PINA et al., 2012). A

cultivar-copa e o portaenxerto geralmente pertencem à mesma espécie ou a espécies muito

próximas dentro de um gênero botânico (ZARROUK et al., 2010).

Associada as pesquisas Pereira (2014) em seu estudo de enxertia e Colombo (2018) em

seu estudo propagativo da rosa do deserto, podemos demonstrar a seguinte analise: A produção

de mudas de Adenium por enxertia tem se destacado nos últimos anos, principalmente, devido

às demandas do mercado consumidor por novas variedades, como flores dobradas e novas

cores. Assim, a enxertia permite a produção de mudas desses materiais altamente segregados

em porta-enxertos produzidos por sementes, que apresentam um caudex inchado, característico

do gênero Adenium. Mudas com um ano de idade já podem ser utilizadas como porta-enxertos,

desde que tenham o caudex desenvolvido o suficiente para a enxertia. Enxerto em Adenium

pode ser realizado pelo método de enxerto ou um método semelhante à abordagem

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