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A HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA

Por:   •  19/4/2021  •  Artigo  •  1.285 Palavras (6 Páginas)  •  253 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ-UESPI[pic 1][pic 2]

CAMPUS PROF. ARISTON DIAS LIMA - SÃO RAIMUNDO NONATO - PI

LICENCIATURA PLENA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DISCIPLINA: HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA

PROF.: MSc UESLEI SILVA LEÃO

ATIVIDADE

  • Heróis e vilões da agricultura orgânica e da fertilização química: produtividade versus sustentabilidade

O Brasil, que nos anos 70 ainda dependia da importação de alimentos básicos, teve nas últimas quatro décadas um dos mais destacados desempenhos mundiais em inovação e produção agropecuária. O salto da nossa produção agropecuária não teve paralelo em nenhuma outra região do mundo. No início dos anos 60, quando o Brasil tinha uma população de cerca de 70 milhões de habitantes, o País colheu 17,2 milhões de toneladas de grãos, cultivando uma área de, aproximadamente, 22 milhões de hectares. A produtividade média era muito baixa, de 783 quilos por hectare. Em 2010, a produtividade média dos cultivos de grãos no Brasil já alcançara 3.173 quilos por hectare, um salto de 774%. Portanto, a ideia de que a agricultura brasileira é atrasada e seus produtos de baixo nível tecnológico é falsa e ultrapassada. Com estes avanços em eficiência, a agricultura brasileira foi capaz de responder às demandas de uma população urbana crescente, ofertando alimentos mais acessíveis e baratos, que contribuíram para a redução de pressões inflacionárias e para o alívio das desigualdades sociais no País. Adicionalmente, a diversificação e a intensificação das exportações agrícolas, ao longo das últimas décadas, geraram substanciais superávits na balança comercial brasileira. (Lopes,2012)

Não somente no Brasil mais em todo o mundo um dos destaques na produção de alimento é a chamada: agricultura orgânica. Ela faz parte do conceito abrangente de agricultura alternativa, o qual envolve também outras correntes, tais como: agricultura natural, agricultura biodinâmica, agricultura biológica, agricultura ecológica e permacultura. Todas essas correntes adotam princípios semelhantes que podem ser resumidos nas seguintes práticas: a) reciclagem dos recursos naturais presentes na propriedade agrícola, em que o solo se torna mais fértil pela ação benéfica dos microrganismos (bactérias, actinomicetos e fungos) que decompõem a matéria orgânica e liberam nutrientes para as plantas; b) compostagem e transformação de resíduos vegetais em húmus no solo; c) preferência ao uso de rochas moídas, semi-solubilizadas ou tratadas termicamente, com baixa concentração de nutrientes prontamente hidrossolúveis, sendo permitida a correção da acidez do solo com calcário calcítico ou dolomítico; d) cobertura vegetal morta e viva do solo; e) diversificação e integração de explorações vegetais (incluindo as florestas) e animais; f) uso de esterco animal; g) uso de biofertilizantes; h) rotação e consorciação de culturas; i) adubação verde; j) controle biológico de pragas e fitopatógenos, com exclusão do uso de agrotóxicos; k) uso de caldas tradicionais (bordalesa, viçosa e sulfocálcica) no controle de fitopatógenos; l) uso de métodos mecânicos, físicos e vegetativos e de extratos de plantas no controle de pragas e fitopatógenos, apoiando-se nos princípios do manejo integrado; m) eliminação do uso de reguladores de crescimento e aditivos sintéticos na nutrição animal; n) opção por germoplasmas vegetais e animais adequados a cada realidade ecológica; e o) uso de quebra-ventos. Sendo assim considerada uma forma alternativa e eficiente de produção de alimento e preservação da natureza. (Lopes, 2012)

 Nas últimas décadas, a intensificação da produção de alimentos conduziu à utilização desregrada de adubos e à gestão incorreta dos resíduos orgânicos produzidos nas explorações pecuárias. Este sistema de produção levou à contaminação difusa das águas superficiais e subterrâneas, ameaçando não apenas a sustentabilidade ambiental, mas também a saúde humana. As causas potenciais de contaminação não dizem respeito apenas à aplicação de fertilizantes químicos, mas também à fertilização orgânica.

No método convencional, o uso de fertilizantes minerais é muito usual. Estes são de mais fácil aplicação, principalmente no que diz respeito à aplicação da dose ideal de nutrientes para as plantas, podendo apresentar alguns riscos para o ambiente quando não se obedece às boas práticas agrícolas, isto é, quando a quantidade de nutrientes aplicada é superior à quantidade requerida pelas plantas. A principal preocupação reside na possível contaminação dos solos e da água com nitratos e/ou fosfatos (De Bon, 2001). O modo de produção biológico não permite a utilização de fertilizantes químicos, a base de toda a produção em horticultura biológica é a fertilidade do solo. Assim, é fundamental mantê-la ou aumentá-la, recorrendo a práticas como as rotações de culturas, as consociações, a adubação verde e a fertilização orgânica. Contudo, estas práticas nem sempre são suficientes para satisfazer as necessidades das culturas hortícolas que exigem elevadas quantidades de azoto num período de tempo relativamente curto. Nessas situações é necessário recorrer a fertilizações orgânicas complementares, que devem ser feitas com especial cuidado de forma a evitar o excesso de nitratos nas hortaliças e a contaminação das águas subterrâneas (Dias, 2009).

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