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Aph (atendimento Prre Hospitalar

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Por:   •  4/3/2014  •  2.908 Palavras (12 Páginas)  •  774 Visualizações

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Trauma pode se referir a:

Trauma físico - ferida provocada em um organismo

Trauma psicológico - dano provocado à estrutura mental, sem lesão física aparente

IF Trauma - um clube de futebol da Noruega.

Trauma (série) - uma série de televisão estadunidense.

Trauma Records - uma gravadora estadunidense.

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Entrevista

Traumas

Dr. Dario Birolini, médico e professor titular de Cirurgia do Trauma na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, atua no pronto-socorro do Hospital das Clínicas (SP) e é diretor clínico do Hospital Sírio-Libanês (SP).

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Trauma é uma das principais causas de morte no País. Nas regiões sul e sudeste, onde o número de pessoas com mais idade é maior, ele ocupa o terceiro lugar entre as causas de mortalidade, precedido apenas pelas doenças cardiovasculares e neoplasias malignas. Já nas regiões norte e nordeste, o traumatismo é a segunda causa de morte e atinge, especialmente, os mais jovens.

Segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, os Indicadores Sociais que o IBGE divulgou em 24 de fevereiro de 2005 revelam que o aumento de mortes de jovens do sexo masculino por causas externas, como homicídios e acidentes, entre 1993 e 2003, mudou o perfil da população brasileira, tornando ainda maior o número de mulheres em relação ao de homens existentes no País (95,2 homens para 100 mulheres). A pesquisa sugere, também, que por trás das mortes violentas estão a expansão do tráfico de drogas e o acesso facilitado às armas de fogo.

O mais triste, porém, é que a taxa de mortalidade por traumatismos poderia ser reduzida com a conscientização da sociedade e uma política governamental consistente.

PRINCIPAIS CAUSAS

Drauzio – Quais são as características das principais causas de traumas em nosso País?

Dario Birolini – Você mencionou o trauma como a segunda ou terceira causa mais comum de morte no Brasil. Em números, isso significa alguma coisa em torno de 130.000 mortes por ano. Pode-se dizer que, enquanto conversamos durante meia hora, uma dezena de pessoas está morrendo vítima de violência física.

Considerando a faixa da população abaixo de 40 anos e, particularmente, o grupo mais jovem, com menos de 18, 20 anos, a morte por causas externas, ou seja, por violência de várias naturezas ocupa o primeiro lugar, o que permite concluir ser o trauma uma doença que afeta gente jovem e tem custo social muito grande.

As causas da violência obedecem às características econômicas e culturais da população. O que vale para o Brasil pode não valer para Itália, China, Japão, Alemanha ou Estados Unidos. Na Europa e no Oriente, por exemplo, o número de suicídios e muito maior do que no Brasil, onde as duas causas de morte mais frequentes são os homicídios e aquilo que se chama inadequadamente de acidentes de trânsito, porque envolvem veículos automotores de vários tipos (colisões, atropelamentos, etc.).

Sempre insisto em que a frequência dos homicídios, da violência interpessoal, é reflexo da realidade socioeconômica e cultural do País. Vale, também, a pena ressaltar um aspecto do qual as pessoas frequentemente se esquecem: quem sofre um ato de violência pode sobreviver, mas a grande maioria fica com sequelas importantes. Não tenho dados oficiais a respeito, mas posso afirmar com razoável segurança que para cada caso de morte correspondem pelo menos três sequelados. São cegos, amputados, paraplégicos, hemiplégicos, grandes queimados, portadores de sequelas que os obriga a modificar radicalmente o estilo de vida e comprometem seu futuro.

MUDANÇA DE PERFIL

Drauzio – Você tem uma experiência acumulada em várias décadas de serviço no pronto-socorro do Hospital das Clínicas de São Paulo. Nos últimos 20 anos, houve alguma mudança significativa no padrão dos traumas que ocorrem numa cidade grande como São Paulo?

Dario Birolini – A principal mudança foi o aumento progressivo da frequência com que ocorrem traumas e mortes violentas por agressão interpessoal e, infelizmente, a tendência é que continuem aumentando. Volto a insistir no ponto que isso reflete a transformação estrutural pela qual o País tem passado e exige nova postura não só do governo central, mas de cada um de nós, no sentido de começar a pensar no problema a fim de propor alternativas para tentar corrigi-lo.

ACIDENTES DE TRÂNSITO

Drauzio – Esse crescimento de casos se verifica também no número de acidentes automobilísticos?

Dario Birolini – Quando o Código de Trânsito foi implantado alguns anos atrás, houve um decréscimo no número de mortes que tinham como causa acidentes com veículos automotores. Hoje, parece que estamos voltando à situação anterior à vigência dessa lei, e as razões são muitas: baixo grau de adesão às regras de trânsito por parte dos motoristas, fiscalização ineficiente, abuso de álcool, entre outras. Para corrigir esse desvio seriam necessárias campanhas de esclarecimento para convencer a população

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