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Avaliação Da Influencia Dos Excipientes No Perfil De Dissolução De Capsulas Contendo Maleato De Enalapril

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Por:   •  25/9/2013  •  990 Palavras (4 Páginas)  •  466 Visualizações

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Entre as enfermidades crônicas consideradas de risco, a hipertensão arterial é uma das que mais acometem a população adulta mundial. Estima-se que de 15% a 20% desta população é hipertensa, sendo, portanto, a hipertensão, considerada como o mais importante problema de saúde pública nos países desenvolvidos (LARINI, 2008).

Por ser na maior parte do seu curso assintomática, seu diagnóstico e tratamento é frequentemente negligenciado, somando-se a isso a baixa adesão por parte do paciente ao tratamento prescrito. Estes são os principais fatores que determinam um controle muito baixo da HAS aos níveis considerados normais em todo o mundo a despeito dos diversos protocolos e recomendações existente e maior acesso a medicamentos.

Modificações de estilo de vida são de fundamental importância no processo terapêutico e na prevenção da hipertensão. Alimentação adequada, sobretudo quanto ao consumo de sal, controle do peso, prática de atividade física, tabagismo e uso excessivo de álcool são fatores de risco que devem ser adequadamente abordados e controlados, sem o que, mesmo doses progressivas de medicamentos não resultarão alcançar os níveis recomendados de pressão arterial.

Em uma pesquisa feita em 2010, mostra que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão era de 23,3%, um aumento de 1,7% em relação aos dados de 2006 que era de 21,6% (Ministério da Saúde, 2010).

O desenvolvimento do quadro de hipertensão está relacionado a fatores genéticos que pode ser motivado por uma predisposição quando os fatores ambientais específicos estão presentes, e, os fatores ambientais incluem obesidade, dislipidemia, consumo de bebidas alcoólicas, sedentarismo, tabagismo, dieta, menopausa e gravidez (LARINI, 2008).

As drogas anti-hipertensivas podem ser empregadas em monoterapia ou em terapias combinadas, o que muitas vezes é necessário esta associação de forma a manter uma redução eficaz da hipertensão (KOROLKOVAS et al., 1988).

Os agentes anti-hipertensivos são divididos em: Diuréticos, Inibidores Adrenérgicos, Vasodilatadores diretos, Antagonistas do sistema renina-angiotensina e Bloqueadores do canal de cálcio.

Os fármacos que interferem no sistema renina-angiotensina-aldosterona estão dispostos em duas classes: Inibidores da enzima conversora da angiotensina (ECA) e Antagonistas dos receptores da angiotensina (LARINI, 2008). A angiotensina é um peptídeo, formado através da renina no fígado, sendo depois transformada em angiotensina II.

A enzima conversora da angiotensina transforma a angiotensina I circulante no sangue dos pulmões em angiotensina II, esta ultima promove aumento da volemia e consequentemente da pressão arterial estimulando a reabsorção de sódio e água nos néfrons, estimula a produção de aldosterona no córtex das glândulas suprarrenais que por sua vez vai aumentar mais a absorção de água e sódio pelos rins e degrada as cininas que são substancias vasodilatadoras. Assim, a inibição da ECA resulta na diminuição dos níveis de angiotensina II e aldosterona na circulação evitando assim a vasoconstrição e aumento da volemia. Portanto, os fármacos inibidores da ECA promovem a vasodilatação tanto pela diminuição da quantidade de angiotensina II como pelo acúmulo de cininas, além de promoverem natriurese (maior excreção de água) pela diminuição da quantidade de aldosterona (LARINI, 2008).

Os inibidores da ECA afetam os vasos de capacitância e de resistência e reduzem a carga cardíaca, bem como a pressão arterial. Atuam, preferencialmente, sobre os vasos sanguíneos sensíveis à angiotensina, que incluem rim, o coração e o cérebro (H.P.RANG et al., 2007).

O presente trabalho visa estudar a influência dos excipientes no perfil de dissolução de cápsulas contendo maleato de enalapril.

O Maleato de Enalapril é um pró-fármaco que é hidrolisado antes da absorção formando um metabólito ativo, enalaprilato, um inibidor competitivo da enzima conversora de angiotensina (ECA). Dessa forma, tem sido muito utilizado no tratamento da hipertensão arterial sistêmica e outras doenças associadas (COZZOLI, et al., 2011; LARINI, 2008).

Os fármacos raramente estão sozinhos na formulação, e sim acompanhados dos excipientes. Estas substâncias são produtos auxiliares diretamente envolvidas na composição das diversas formulações farmacêuticas. Os excipientes contribuem tanto para a facilidade de formulação quanto para estabilidade do fármaco. Embora historicamente os excipientes tenham sido considerados inertes, já que não exercem ação terapêutica ou biológica na forma farmacêutica, hoje são vistos como capazes de influenciar a velocidade e/ou a extensão da absorção de um fármaco. Constituintes de diferentes sistemas terapêuticos viabilizam o sucesso da forma farmacêutica final, apresentando características e propriedades diferentes daquelas pertinentes aos fármacos. Excipientes farmacêuticos constituem elementos de elevado destaque na formulação dos medicamentos, uma vez que, exercem efetivo papel na garantia de obtenção da forma farmacêutica adequada ao uso e ao efeito terapêutico desejado, regendo e influenciando de maneira significativa a cedência do princípio ativo contido no medicamento (AULTON, 2005).

A absorção de fármacos a partir de formas farmacêuticas sólidas administradas por via oral depende de sua liberação, da dissolução ou solubilização do mesmo em condições fisiológicas e de sua permeabilidade através das membranas do trato gastrintestinal. Portanto, a dissolução in vitro é fundamental para prever o desempenho in vivo de formulações sólidas de uso oral (FARMACOPEIA BRASILEIRA, 2010a).

Além disso, nos últimos anos, o setor da farmácia magistral apresentou um grande crescimento, assumindo uma importância cada vez maior dentro do mercado de medicamentos e, conseqüentemente, contribuindo com a saúde pública brasileira. Assim, os controles dos processos de produção são ferramentas indispensáveis para alcançar um produto com qualidade estabelecida na farmacopéia e que possa ser manipulado, com parâmetros de qualidade, visando garantir segurança e eficácia à sociedade (FERREIRA, 2008).

O método de espectrofotométrica com detecção por UV é uma técnica analítica amplamente utilizada em laboratórios de análises, indústrias e centros de pesquisas cientificas, pois é uma técnica rápida e confiável para medidas, controle de qualidade, análises dinâmicas (SINGH, A.K. et al, 2007)

Apesar de existir vários métodos para quantificação do enalapril, a espectrofotometria na região UV é um dos métodos analíticos mais empregados, em função de robustez e custo relativamente baixo (BARBOZA, F.M. et al, 2010; FAVORETTO, L.B. et al, 2010).

A validação do método é de grande importância, tendo em vista que é esta validação que vai garantir que os resultados futuros sejam confiáveis. Consequentemente, o presente trabalho desenvolveu e validou um método analítico para a determinação de enalapril através da espectrofotometria na região UV (TAGLIARI, M.P. et al, 2012)

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