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Características da Caatinga Nordestina

Por:   •  6/2/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  858 Palavras (4 Páginas)  •  197 Visualizações

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Agricultura

Na Caatinga a principal atividade econômica exercida é a agropecuária, com grande

destaque para a criação de bovinos e principalmente caprinos. Na agricultura, o destaque

fica por conta da agricultura familiar possibilitada pela irrigação artificial através da

construção de açudes e de canais desenvolvidos no médio do vale São Francisco junto do

rio de Paraíba.

A agricultura familiar na caatinga representa grande parte das propriedades lá existente,

porém contra isso, essa maior parte de propriedades detém um número menor de área em

relação aos grandes donos de terra. No Brasil cerca de 15% dos donos de terra detém 75%

da área total e na caatinga não é diferente.

Atualmente o plantio na Caatinga vem se diversificando, com a implantação da cultura do

café, manga entre outras espécies que até então sua principal produção se encontrava nas

regiões sul, sudeste e centro-oeste. Também beneficiam os pequenos produtores com o

plantio de hortaliças embora o plantio de cana-de-açúcar seja uma das culturas mais

realizadas na região.

Mesmo com a modernização de formas de irrigação e de manejo, o extrativismo do bioma

faz com que produtores no período de entre safra usem a extração de lenha nativa de forma

ilegal e insustentável para complementar a renda, além de que muitas familias ainda tem

sua principal fonte de renda do extrativismo vegetal.

Hoje já estão sendo implantadas algumas medidas para reduzir esse extrativismo, como a

criação de áreas de proteção e de fiscalização do bioma. E esse cuidado deve ser tomado

devido a grande biodiversidade da caatinga, que ampara diversas atividades econômicas

voltadas para fins agrosilvopastoris e industriais, principalmente nos ramos farmacêutico,

de cosméticos, químico e de alimentos.

Manejo Sustentável

O manejo sustentável da Caatinga é uma técnica viável para o desenvolvimento, e a

inclusão da preservação florestal pode garantir a produção de madeira, carvão, forragem,

frutos, fibras, óleos extrativos e medicinais, de forma eficiente e equilibrada. Há muito tempo

ocorre a extração da vegetação original, parte pela extração seletiva das espécies de maior

interesse, uso das áreas para pastagem extensiva ou, ainda, pelo desmatamento para à

implantação de culturas agrícolas e pastagens cultivadas. No entanto, o sistema tradicional

de uso não tem se mostrado capaz de atender à demanda por produtos florestais,

principalmente energéticos, sem por em risco o equilíbrio dos ecossistemas.

A utilização da vegetação da Caatinga para a produção de lenha e carvão tem sido

intensiva, não havendo reposição florestal. Além da produção para fins energéticos, esse

complexo sistema produtivo deveria ser encarado como uma atividade de preservação da

biodiversidade, valorizando o seu potencial de suporte social, econômico e ambiental.

O Bioma Caatinga está altamente alterado pelas atividades humanas. Hoje mais da metade

das áreas da caatinga está degradada, e é considerado o terceiro bioma brasileiro mais

alterado pelo homem.

Entre as principais questões a serem respondidas para implantação do Manejo Florestal da

Caatinga, uma deve ser considerada como prioritária. O tamanho ideal da faixa a ser

cortada dentro de uma área de manejo, que propicie a regeneração da vegetação de

maneira a manter uma garantia mínima de manutenção da diversidade de espécies,

qualidade do solo e presença de polinizadores.

A implantação de uma Unidade Experimental no Campo Experimental da Caatinga na

Embrapa Semiárido está buscando responder este questionamento e esta unidade

enquadra-se na estratégia de implementação de uma rede de unidades experimentais de

manejo florestal no bioma Caatinga, envolvendo diversas organizações governamentais e

não-governamentais, integrantes da Rede de Manejo Florestal da Caatinga (RMFC).

O trabalho faz parte da rede experimental de Parcelas Permanentes dessa Rede, tendo

como principal função investigar qual a influência da largura da faixa de corte para a

regeneração e recuperação da vegetação nativa, configurando um

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