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Costumes E Cultura Nordestina

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Por:   •  31/10/2013  •  4.580 Palavras (19 Páginas)  •  905 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Rio grande do Norte, Pernambuco, Ceara, Paraíba, Bahia, Sergipe e Maranhão, Piauí e Alagoas.

2. COSTUMES

De acordo com o dicionário Aurélio, cultura é “conjunto dos conhecimentos adquiridos; a instrução, o saber: uma sólida cultura.” E sociologicamente falando, seria “conjunto das estruturas sociais, religiosas etc., das manifestações intelectuais, artísticas etc., que caracteriza uma sociedade: a cultura inca; a cultura helenística”

Os nordestinos criaram hábitos e costumes sui generis, fruto da miscigenação de três populações: a europeia (os portugueses), a africana (os escravos) e a ameríndia (os nativos locais). Essas três raças geraram a população nordestina e todas as suas raízes culturais.

A Literatura de Cordel é uma das principais manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, sobre os mais variados assuntos: desafios, histórias ligadas à religião, política, ritos ou cerimônias. É o estilo literário com o maior número de exemplares no mundo. Para os nordestinos, a Literatura de Cordel representa a expressão dos costumes regionais.

3. COSTUMES ALIMENTARES

4. FOLCLORE

O Nordeste brasileiro não teve a influência marcante de outras culturas (com exceção a portuguesa e a africana)

É comum a associação de praias, jangadas, pescadores, coqueiros, cangaço, e/ou carros-de-boi ao Nordeste. O folclore regional, por sua vez, é muito rico e abrangente, incluindo, entre outros elementos, o artesanato, as superstições e crendices, a linguagem popular, a literatura de cordel, os cultos, os folguedos populares, a culinária, os brinquedos populares, as artes e técnicas, as festas tradicionais, as adivinhações, os pregões e os remédios populares.

Em se tratando de festas populares, no carnaval de Pernambuco podem ser apreciados os maracatus, caboclinhos, pastoris, à la ursas, clubes de frevo, entre outros elementos. O pastoril, um dos importantes folguedos nordestinos, é representado no período de 23 de dezembro a 6 de janeiro, e consta de bailados, danças, cantos, diálogos, recitativos (em louvor ao nascimento de Jesus), por parte de duas alas: as pastoras do cordão azul e as do cordão encarnado. Elas dançam e cantam:

Boa-noite, meus senhores todos,

Boa-noite, senhoras também;

Somos pastoras

Pastorinhas belas

Que alegremente

Vamos a Belém...

O maracatu é um outro folguedo nordestino, criado pelos negros que buscavam manter o rigor da nobreza, os símbolos do poder e os acessórios de uma realeza européia. Para tanto, associaram a força agregadora da unidade social e os preceitos religiosos. No Recife, a organização e o estabelecimento da prática do Reinado do Congo ocorreu em 1674, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Lá, foram realizadas eleições entre os escravos, a fim de escolher quem seria o rei e a rainha.

O maracatu, portanto, representa uma oportunidade de reviver momentos das relações de poder entre senhores e escravos. Nele, o complexo religioso do Xangô também se faz presente. Os grupos levam estandartes exuberantes, bordados com fios dourados sobre veludo e cetim, a nobreza com as suas coroas, espadas, cetros, capas, as damas da corte levando calungas, todos ao som de um conjunto de instrumentos de percussão. Somente a partir da abolição da escravatura, o maracatu passou a fazer parte do ciclo carnavalesco, resumindo-se ao desfile da corte real negra e obedecendo ao estilo das procissões católicas.

Apesar de serem tratados como pertencentes à "segunda categoria", vale destacar a beleza dos maracatus rurais, uma outra apresentação folclórica do carnaval oriunda dos municípios da zona canavieira de Pernambuco. Seus principais personagens são os lanceiros (ou caboclos de lança), os tuxaus, as baianas, um tirador de loas e a orquestra.

Os Caboclinhos, Cabocolinhos, ou Caboclos, representam um folguedo de origem indígena que se apresenta, durante a festa carnavalesca, nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Ceará. São uma espécie de reisado com bailados mímicos. Tem sua origem em danças executadas por crianças e adolescentes tupinambás do sexo masculino. Foi através desses bailados e brincadeiras que os missionários, no século XVI, conseguiram ganhar a confiança dos índios e, em especial, dos mais jovens. O fato está registrado no livro "Tratado da terra e gente do Brasil", escrito em 1584 pelo padre Fernão Cardim.

Como caboclinhos (filhos de caboclos ou descendentes de índios) participam meninos de 10 a 15 anos de idade. Eles usam tangas, cocares, braceletes de penas de peru, brincos (feitos de conchas, dentes ou sementes), colares, machadinha, arco-e-flecha, cocares de penas e pintam o corpo com ocre. O grupo possui, no máximo, vinte integrantes. Em som ritmado, todos acionam seus arcos-e-flechas de madeira e dançam ao som de instrumentos indígenas: maracás, reco-recos e pífanos. Quem comanda o grupo é o "caboclo velho", um adulto que é considerado o rei ou o mestre.

Os caboclinhos do Rio Grande do Norte, em particular, são bem diferentes: não usam penas em seu vestuário, seu bailado possui maior vibração e alegria, não utilizam o arco-e-flecha como instrumento de guerra, mas para dar ritmo às danças, e não restringem suas apresentações ao período de carnaval.

O bumba-meu-boi é uma das representações folclóricas mais importantes do Nordeste. Esse espetáculo deve ter sido introduzido, também, no século XVI, no período do ciclo econômico do gado. Segundo os estudiosos, apesar de não possuir uma origem africana, o bumba é um espetáculo de negros, onde eles se apresentam conformados com a sua inferioridade social e transformam a sua dor em comicidade.

A história é bem simples: um certo homem branco, dono de um boi, vê um homem negro roubar-lhe o animal, com o objetivo de retirar sua língua. Por qual razão? Porque

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