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DOENÇAS OCUPACIONAIS

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Por:   •  8/10/2013  •  976 Palavras (4 Páginas)  •  1.352 Visualizações

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São consideradas doenças ocupacionais as doenças que estão diretamente ligadas ás atividades desempenhadas pelo trabalhador no ambiente de trabalho, que podem se dividir em duas vertentes: doenças profissionais ou doenças do trabalho.

Doenças profissionais são causadas por fatores inerentes á atividade laboral e possuem nexo causal presumido, já as doenças do trabalho são causadas pelas circunstâncias do trabalho e sua relação com o trabalho deve ser comprovada.

Até os anos 60, no Brasil, a única medida tomada perante os profissionais era com relação a acidentes de trabalho. Devido ao surgimento repentino de médicos do trabalho, por conta da demanda, a preocupação dos empregadores em relação á doenças ocupacionais de seus funcionários, começou a ser tratada com mais seriedade.

Doenças relacionadas á ruídos, radiações, poeiras e agentes químicos ficaram cada vez mais frequentes devido ao crescimento da indústria no país na década de 70. Já na década de 80, quando a informática começou a se instalar nas empresas, surgiram novas doenças relacionadas a isso, como por exemplo, a tenossinovite (atrito excessivo do tendão que liga o músculo ao osso), que são relacionadas a riscos ergonômicos e de postura. Em 2000, quando o profissional começou a ser mais exigido em relação as suas funções mentais e de comportamento humano, juntamente com suas funções trabalhistas, doenças de caráter psicossociais apareceram com mais frequência.

Existem ferramentas que a empresa pode utilizar para diminuir a incidência de doenças dessa natureza, como por exemplo, a análise ergonômica que avalia as condições físicas do local de trabalho, e o exame médico, que avalia regularmente as condições do profissional mostrando se ele está apto a desenvolver aquela função ou não.

Quanto á legislação, a Previdência Social, desde 1997, decretou o pagamento de um tributo chamado Seguro de Acidente de Trabalho que impõe o pagamento de 100% dessa taxa para empresas que não possuem condições devidas de trabalho, e para empresas que possuem ótimas condições, é feita a redução de 50% do mesmo tributo.

2 PERDA AUDITIVA RELACIONADA AO TRABALHO (PAIR)

As consequências diretas da exposição ao ruído ocupacional são razoavelmente conhecidas.

Submetido a valores críticos de níveis de ruído, o ser humano é afetado, adversamente, em seu bem estar físico e mental (RUSSO, 1993). Os efeitos dependem da intensidade e da duração da exposição. No entanto, existem também importantes aspectos extra auditivos que merecem uma avaliação mais apurada, a ponto de alguns autores considerarem a surdez como um mal menor frente a outras alterações físicas e psíquicas causadas pelo ruído (COSTA, 1994).

A PAIR caracteriza-se na forma das lesões auditivas por ação do ruído. Os afetados começam a ter dificuldades para perceber os sons agudos, tais como telefones, apitos, tic-tac do relógio, campainhas etc. E logo a deficiência se faz extensiva até a área média do campo audiômetro, comprometendo frequências da chamada zona de conversação e consequentemente afetando o reconhecimento da fala.

De acordo com a gravidade da lesão, podem ser identificadas as seguintes características que poderão acompanhar o quadro:

I. ZUMBIDOS – Ilusão auditiva, ou seja, uma sensação sonora produzida na ausência de fonte externa geradora de som (BENTO, 2005);

II. DIFICULDADE NO ENTENDIMENTO DA FALA – Obstáculos no entendimento da mensagem, mesmo quando esta é suficientemente intensa para que a ouça;

III. SENSAÇÃO DE PLENITUDE DENTRO DO OUVIDO – Após algum tempo passado em ambiente com níveis elevados de ruído, tem a impressão de “ouvido cheio ou tapado”.

3 DEMARTOSE OCUPACIONAL

Para SALIM (2001), “toda alteração de pele, mucosas e anexas causadas, condicionada, mantida ou agravada por tudo aquilo que seja utilizado na atividade profissional ou existia no ambiente de trabalho”.

As dermatoses são lesões de pele que normalmente são desenvolvidas via contato á substância causadora, geralmente nas mãos, antebraços, pés, pernas e abdome.

As causas decorrentes á dessa doença podem se dividir em grupos de risco:

I. AGÊNTES QUÍMICOS - responsáveis por cerca de 80% das dermatoses ocupacionais, destacando-se o cimento, borracha, derivados de petróleo, cromo, níquel, etc.

II. AGÊNTES BIOLÓGICOS – bactérias, fungos, leveduras e insetos, especialmente nos trabalhos de manipulação de couro ou carne animal, tratadores de aves ou animais, peixeiros, açougueiros, jardineiros, balconistas de bar, barbeiros, atendentes de sauna etc.

III. AGÊNTES FÍSICOS – calor, frio, vibrações, eletricidade, radiações ionizantes, micro-ondas, laser e agentes mecânicos.

Dermatoses causadas pelos agentes citados acima decorrentes da exposição ocupacional e das condições de trabalho são responsáveis por desconforto, dor, prurido, queimação, reações psicossomáticas e outras que geram até a perda do posto de trabalho.

4 LESÃO POR ESFORÇO REPETITIVO (LER)

É o desgaste de alguma parte do corpo, no que se envolvem lesões musculares e desgaste nas articulações e nervos, causando dores e inflamações.

A lesão é causada pelo mesmo movimento repetido por um longo período de tempo, como por exemplo, nas profissões de costureiras, motoristas, pianistas e trabalhos que envolvam a digitação em computadores, que pode ser agravada por práticas de postura incorreta, levantamento de pesos que forçam determinada musculatura, sedentarismo, falta de alongamento dos músculos antes da atividade realizada etc.

Os sintomas mais conhecidos da síndrome são dores nas partes afetadas. A dor é semelhante a dor de reumatismo ou de esforço estático, como por exemplo, a dor causada quando se segura algo com o braço, por longo tempo, sem movimentá-lo. Há formigamentos e dores que dão a sensação de queimadura ou, às vezes, frio localizado.

Como a LER é considerada uma doença ocupacional, o que equivale a um acidente de trabalho, deve-se comunicar os órgãos competentes caso ocorra. Uma das vertentes citadas na Norma Reguladora são das recomendações ergonômicas relativas ao ambiente de trabalho, dentre elas a de trabalho efetivo de digitação que não pode ultrapassar 5 horas por dia e que a cada 50 minutos de digitação, deverá haver uma pausa de 10 minutos.

REFERÊNCIAS

NUDELMANN, Alberto A.. Pair: Perda Auditiva Induzida pelo Ruído. Porto Alegre: Bagaggem Comunicação Ltda., 1997.

MONTEIRO, Antonio Lopes. Acidentes do Trabalho e doenças ocupacionais. 6° Edição. São Paulo: Saraiva, 2010.

MENDES, René. Patologia do Trabalho. São Paulo: Atheneu, 1995.

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