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Doenças Auto-Imunes

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Por:   •  13/12/2014  •  5.730 Palavras (23 Páginas)  •  1.213 Visualizações

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Doenças Auto-imunes

ARTRITE REUMATOIDE

A artrite reumatóide é uma doença inflamatória crónica que provoca dor, rigidez, aumento da temperatura e tumefacção das articulações. Ao longo do tempo, as articulações afectadas podem ficar deformadas, desalinhadas e destruídas. O sistema imunitário ataca a articulação e o tecido que reveste a cápsula da articulação (denominado sinovial) pode tornar-se espessado. Com a progressão da reacção inflamatória, pode ocorrer um desgaste dos ligamentos, cartilagens e ossos adjacentes. A artrite reumatóide geralmente ocorre com um padrão simétrico, o que significa que, se um joelho ou uma mão estiverem afectadas, o joelho ou a mão do outro lado do corpo geralmente também estão.

A artrite reumatóide afecta geralmente mais do que uma articulação ao mesmo tempo. As articulações frequentemente afectadas incluem as das mãos, dos punhos, dos pés, dos tornozelos, dos cotovelos, dos ombros, das ancas, dos joelhos e do pescoço. A artrite reumatóide pode causar deformação das articulações, perda de mobilidade articular e diminuição da força. Podem surgir também tumefacções duras denominadas nódulos reumatóides, que se desenvolvem debaixo da pele, especialmente em volta do cotovelo. Embora esta doença afecte mais frequentemente as pessoas com idade compreendida entre os 20 e os 50 anos, também pode afectar crianças e idosos. É mais frequente no sexo feminino. Atinge cerca de 40.000 portugueses.

Sintomas

As manifestações da doença incluem dor, tumefacção, diminuição da mobilidade, aumento da temperatura e tensão em volta das articulações afectadas, que incluem mais frequentemente as mãos e os punhos, os pés e os tornozelos, os cotovelos, os ombros, o pescoço, os joelhos e as ancas, geralmente com um padrão simétrico. Ao longo do tempo, as articulações podem ficar deformadas. Também apresentam fadiga, rigidez e dores, particularmente de manhã e à tarde, perda de peso, febre baixa e sudação, dificuldade em dormir e fraqueza e perda de mobilidade.

Diagnóstico

Não existe nenhum exame que isoladamente permita fazer o diagnóstico da doença. Podem ser pedidas análises de sangue. Um anticorpo anormal, denominado factor reumatóide, é encontrado no sangue de 60 a 70% dos doentes com artrite reumatóide. No entanto, a presença de factor reumatóide não implica necessariamente que um doente tenha artrite reumatóide. Um anticorpo mais recentemente reconhecido, denominado anti-CCP, parece ser um indicador mais específico de artrite reumatóide.

Apesar das radiografias poderem ajudar no diagnóstico da doença, muitas vezes só com a evolução da doença é que é possível estabelecer o diagnóstico de artrite reumatóide com segurança.

Tratamento

O tratamento da artrite reumatóide melhorou dramaticamente nos últimos 50 anos. Uma abordagem abrangente, que combina medicamentos (esteroides, analgésicos e medicamentos anti-reumáticos), repouso equilibrado com exercício, modificações do estilo de vida e, por vezes, cirurgia, pode ajudar muitas pessoas a levarem uma vida normal. Os objectivos mais importantes no tratamento da artrite reumatóide são a manutenção da capacidade funcional do doente, a redução da dor e a prevenção de uma futura lesão articular. Se estes objectivos forem alcançados, a qualidade e a esperança de vida podem ser normais. Por outro lado, o tratamento pode acarretar efeitos adversos, sendo necessário ponderar os riscos e os benefícios de qualquer medicação.

ESCLEROSE MÚLTIPLA

A esclerose múltipla é uma doença caracterizada por zonas isoladas de desmielinização nos nervos do olho, no cérebro e na medula espinal. A designação “múltipla” advém do facto de ocorrerem diversos focos de desmielinização no sistema nervoso. Os sintomas e sinais neurológicos da esclerose múltipla são tão diversos que os médicos podem falhar o diagnóstico quando aparecem os primeiros sintomas. Dado que o curso da doença costuma piorar lentamente com o tempo, as pessoas afectadas têm períodos de remissão, que alternam com surtos da doença. Esta doença é mais comum em indivíduos do sexo feminino.

Causas

A causa da esclerose múltipla é desconhecida, mas suspeita-se que um vírus ou um antigénio desconhecido sejam os responsáveis que desencadeiam, de algum modo, uma anomalia imunológica, que costuma aparecer numa idade precoce. Então o corpo produz anticorpos contra a sua própria mielina; isso ocasiona a inflamação e a lesão da bainha de mielina.

Parece que o factor hereditário desempenha um certo papel na esclerose múltipla. Cerca de 5 % dos indivíduos com esclerose múltipla têm um irmão ou uma irmã com a mesma afecção e 15 % têm algum familiar que sofre dela.

Os factores ambientais também desempenham um papel. A doença manifesta-se em 1 de cada 2000 indivíduos que passam a primeira década da sua vida em climas temperados, mas só 1 em 10 000 dos nascidos nos trópicos. A esclerose múltipla quase nunca ocorre em pessoas que passaram os primeiros anos da sua vida perto do equador.

Sintomas

Os sintomas aparecem, geralmente, entre os 20 e os 40 anos. A desmielinização costuma aparecer em qualquer parte do cérebro ou da medula espinal e os sintomas dependerão da área afectada. A desmielinização nas vias nervosas que transmitem sinais aos músculos é a causa dos problemas de mobilidade, enquanto a desmielinização nas vias nervosas que conduzem a sensibilidade ao cérebro causa alterações sensitivas.

Os sintomas mais frequentes de manifestação inicial são o formigueiro, os entorpecimentos ou outras sensações nos membros, no tronco ou na cara. A pessoa pode perder a força ou destreza de uma perna ou de uma mão. Algumas desenvolvem só sintomas nos olhos e podem experimentar perturbações visuais como visão dupla, cegueira parcial e dor num olho ou visão esfumada. Os sintomas iniciais da desmielinização podem consistir em leves alterações emocionais ou mentais, cujo aparecimento ocorre, muitas vezes, meses ou anos antes de se ter identificado a doença.

A esclerose múltipla segue um curso variado e imprevisível, podendo ser agravada por factores tais como calor, febre ou infecções. Apesar das dificuldades que advêm da doença, a maioria das pessoas com esclerose múltipla tem uma expectativa de vida normal.

Diagnóstico

Os

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