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Embriologia

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Por:   •  15/7/2014  •  2.176 Palavras (9 Páginas)  •  1.369 Visualizações

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Embrionário Humano

Atualmente há um interesse crescente em torno do desenvolvimento humano desde o período que precede o nascimento (chamado de desenvolvimento embrionário). Este é um processo contínuo que tem seu início quando um ovócito (óvulo) é fertilizado por um espermatozóide. Algumas fases se combinam e transformam o ovócito fertilizado (totipotente) em um organismo multicelular, são elas: a divisão, a migração e a morte celular junto à diferenciação, aocrescimento e ao rearranjo celular. Apesar da maioria das mudanças ocorrerem nos períodos embrionários e fetais, acontecem também muitas mudanças significativas e igualmente importantes no período posterior ao nascimento, na sequência das fases de infância, adolescência e início da fase adulta.

Com isso é fácil dizer que o desenvolvimento não termina ao nascimento, aliás se inicia com a fertilização, pois a partir de então ocorre mudanças que vão além do crescimento, como por exemplo o desenvolvimento dos dentes e das mamas. O cérebro triplica seu peso entre o nascimento e os 16 anos de idade, contudo o desenvolvimento estará completo por volta dos 25 anos, podendo variar de indivíduo para indivíduo.

Clivagem: formação da mórula e da blástula

Na espécie humana, aproximadamente 30 horas após a fecundação, o zigoto inicia a primeira divisão, dando origem a dois blastômeros. Entre o 3º e o 4º dia após a fecundação, o embrião encontra-se no estagio de mórula. Posteriormente, forma-se a blástula, também chamada de blastocisto, que chega ao útero.

O blastocisto apresenta-se como uma esfera formada por uma camada externa de células, denominadas trofoblastos (do grego: nutrir) ou trofectoderme. Essa camada envolve uma cavidade interna, a blastocele, dentro da qual se observa um pequeno acúmulo de células, o botão embrionário ou embrioblasto.

O blastocisto, envolve pela zona pelúcida, é conduzindo para o útero por ação de cílios do tecido que reveste a parede interna da tuba uterina. A zona pelúcida é essencial nessa etapa, pois impede a adesão do blastocisto à parede da tuba uterina. Chegando ao útero, o embrião libera-se da zona pelúcida e tem início o processo de implantação na parede uterina.

O blastocisto inicia o processo de implantação na mucosa uterina por volta do sexto dia após a fecundação. Nesse momento, começam a ocorrer modificações intensas no blastocisto.

Além das modificações que envolvem a formação do corpo do embrião, surgem estruturas anexas que não fazem parte diretamente do corpo dele, mas que são fundamentais para sua sobrevivência até o nascimento. Essas estruturas anexas são chamadas membranas extraembrionárias (ou anexos embrionários) e correspondem a quatro tipos: cório, âmnion, vesícula vitelina (ou saco vitelino) e alantoide.

Assim que o blastocisto se fixa à mucosa uterina, as células do trofoblasto multiplicam-se ativamente e diferenciam-se em duas camadas:

• Citotrofoblasto: camada formada por células individualizadas;

• Sinciotrofoblasmo: camada formada pela fusão de células, originando um sincício: (vários núcleos imersos em uma matriz citoplasmática comum).

O sinciciotrofoblasto produz enzimas que digerem a parede do útero, permitindo a penetração do embrião na mucosa uterina. Por volta do sétimo dia, o embrião está implantado superficialmente no tecido uterino.

O sinciciotrofoblasto produz substancias que regulam a resposta imunológica do corpo da mãe, evitando que o embrião seja rejeitado, como um corpo estranho. Esse sincício secreta também o hormônio gonadotropina coriônica (hCG), responsável pela retenção do embrião na parede uterina. A quantidade de hCG ao final da segunda semana de gestação já é suficiente para ser detectada no sangue da mãe, sendo possível fazer analise do sangue materno para confirmar a gravidez.

Nesse período de implantação no endométrio, há no botão embrionário diferenciação de uma camada de células chamada hipoblasto ou endoderme primitiva.

No final da segunda semana, o embrião está totalmente envolto pela mucosa uterina. Os trofoblastos dão inicio à formação do córion e das vilosidades coriônicas. Estas são projeções dos citotrofoblastos que ficam envoltas por lacunas formadas pelo sangue que escapa dos vasos sanguíneos maternos, rompidos pela ação das enzimas dos trofoblasto. Os elementos nutritivos contido nesse segue são aproveitado pelo embrião. Nessa área de contato com o sinciciotrofoblasto, a mucosa uterina se torna rica em vasos sanguíneos importantes para a nutrição do embrião, formando a chamada decídua. A decídua mais o córion formam a placenta primária.

No botão embrionário do blastocisto, organiza-se agora outra camada de células, o epiblasto. A partir desse momento, o botão embrionário modifica-se em um disco formado por duas camadas celulares: o hipoblasto, que já havia se diferenciado e, sobre ele, o epiblasto.

As células do hipoblasto multiplicam-se e diferenciam-se na endoderme extraembrionária, que forma a vesícula vitelina. A função dessa estrutura, como o próprio nome diz, é armazenar vitelo, substância nutritiva importante para fornecer alimento ao embrião durante seu desenvolvimento.

As células do epiblasto participam da formação de todo o corpo do embrião e da ectoderme extraembrionário, que formará o âmnios.

Entre o âmnios e as células do epiblasto que vão formar o corpo do embrião, está a cavidade aminiótica, cheia de líquido que protege o embrião contra choques mecânicos e contra a dessecação.

Algumas das células da endoderme da membrana vitelina darão origem a outro tecido extraembrionário: a mesoderme extraembrionária, que envolve todo o âmnios e a vesícula vitelina. Nessa mesoderme, surgem cavidades cheias de líquidos, que se fundem formando uma ampla cavidade, o celoma extraembrionário.

O termo celoma é empregado para cavidades complemente delimitadas por tecidos de origem mesodérmica. Em uma fase mais avançada do desenvolvimento do embrião, também haverá formação de celoma no seu corpo, falando-se em celoma embrionário.

Com o surgimento do celoma extraembrionário, a mesoderme extraembrionária se separa em duas porções: a que fica em contato com os citotrofoblastos e a que fica em contato com o âmnios e a vesícula vitelina.

A mesoderme extraembrionária que fica em contato com citotrofoblasto completa a diferenciação do córion e inicia a formação

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