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Exame de ultra-som

Tese: Exame de ultra-som. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  11/6/2014  •  Tese  •  1.594 Palavras (7 Páginas)  •  445 Visualizações

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Baseada nos Livros:

Eletrofisioterapia e Eletroacupuntura – Manual Clínico. Afonso Salgado. 1ed. Editora Andreoli. 2013.

Eletrotermoterapia – Teoria e Prática. Jones E. Agne. 1 ed. Editora Orium. 2005.

Eletroterapia Explicada – Princípios e Prática. Val Robertson. 4 ed. Editora Elsevier. 2009.

Aula Prática – Ultra-Som

O ultra-som (us) é gerado por transdutor que transforma energia elétrica em mecânica e é definido como uma forma de onda com frequência maior que 20000 Hz. O transdutor contém um cristal com propriedade piezoelétrica. Quando um corrente alternada- gerada na mesma freqüência que a ressonância do cristal – é propagada por meio do cristal piezoelétrico, este se espande e contrai, criando um efeito chamado piezoelétrico.

A transmissão de som focalizada é produzida pela maior freqüência de ondas sonoras emitidas por uma fonte. Em tecidos biológicos, quanto menor a freqüência das ondas sonoras, maior a profundidade de penetração.

Algumas propriedades são comuns tanto ao som audível quanto ao ultra-som, como a capacidade de atravessar materiais – causando leve mobilidade circular – gradualmente vai diminuindo de intensidade à medida que as ondas vão se distanciando da fonte de origem. A energia acústica depende da colisão molecular para ser transmitida.

Efeitos Térmicos

Aceleração do processo metabólico, redução ou controle da dor ou espasmo, alteração da velocidade de condução nervosa, aumento da amplitude de movimento, aumento da circulação e aumento da extensibilidade dos tecidos. As estruturas com maior coeficiente de absorção são aquelas com maior quantidade de colágeno, enquanto as menos aquecidas são aquelas com maior quantidade de água.

Efeitos Não-Térmicos

Responsável pelo aumento do cálcio intracelular, da permeabilidade da membrana plasmática, degranulação dos mastóides, da liberação da histamina e fatores quimiotáticos, da resposta dos macrófagos e quantidade de síntese de proteínas e fibroblastos.

Nessa forma, os efeitos não-térmicos são usados principalmente para alterar a permeabilidade da membrana celular, auxiliando no processo de reparação dos tecidos, como nos casos de ulceras, incisões cirúrgicas, lesões tendinosas e fraturas, redução do edema e tratamento de trigger-points.

Tipos de Ultra-som

• Continuo e Pulsado

• Freqüências entre 1 e 3 Mhz

• Aplicação total de 15 minutos

• Mínimo de 1 minuto por cm2

• Aplicação em áreas pequenas

Contraindicações

• Casos de câncer

• Caso de gravidez (abdome, lombar e pelve)

• SNC

• Olhos

• Marca-passo

• Tromboflebite

• Órgãos Genitais

Precauções:

• Inflamação aguda (altas intensidades)

• Implantes mamários (calor pode causar pressão e levar a ruptura)

• Disco epifisário (altas intensidades)

• Fratura (altas intensidades).

Princípios de Aplicação

Acoplador

A transmissão adequada de energia ultrassônica para os tecidos depende de um acoplador que forneça um bom casamento da impendância acústica entre o metal do cabeçote transdutor e a pele. Não há virtualmente transmissão de ultrassom do transdutor para o ar; a energia é refletida de volta, causando seu aquecimento e possivelmente danificando o próprio transdutor. A água é um bom acoplador, mas tem que ser mantida de alguma forma entre o entre o cabeçote de tratamento e os tecidos. É feito, consequentemente, por meio de gel ou almofada de gel, mantido em um plástico, bolsa de borracha ou a parte do corpo dever ser imersa em água com o cabeçote de tratamento.

Movimento Contínuo do Cabeçote

Com todos os métodos para ambas as aplicações, contínua e pulsada, o cabeçote de tratamento deve ser movido continuamente em relação ao tecidos pelas seguintes razões:

• O feixe do ultrassom é muito irregular no campo próximo; assim um aplicador estacionário poderia produzir áreas de superaquecimento no tecido do paciente.

• As altas intensidades, um excesso de aquecimento local ocorrer e causar dano ao tecido.

O movimento constante do cabeçote de tratamento significa que a energia do ultrassom que alcança o osso não será localizada, mas distribuída sobre uma área maior de superfície óssea. Ao mesmo tempo, a dose distribuída ao tecido mole que recobre o osso é mais uniformemente espalhada, pois as regiões de alta intensidade do cabeçote são movidas em circulo durante o tratamento e assim não são produzidos pontos com excesso de aquecimento no tecido tratado.

Método de Aplicação

Com todos os métodos de aplicação, um meio acoplador deve ser utilizado entre o cabeçote sonoro e o tecido tratado. A água é um meio acoplador adequado, mas géis tixotrópicos, em termos práticos, são superiores.

Aplicação por Contato Direto

A energia do ultrassom é transferida ao tecido por um meio acoplador que normalmente é um gel tixotrópico. Esses géis fazem acoplamento ideal para o ultrassom. Eles são géis grossos quando aplicados à pele, mas tornam-se líquidos quando sofrem vibração do feixe de ultrassom. As propriedades tixotrópicas significam que no feixe do ultrassom o gel fluira e preencherá facilmente o intervalo entre a pele e o cabeçote de tratamento. O fluxo é necessário porque o intervalo irá variar enquanto o cabeçote de tratamento estiver em movimento. O gel fora do feixe do ultrassom é grosso e não escorrega. Isto minimiza desorganizações e mais importante, assegura que durante o movimento do cabeçote haja sempre região circunvizinha grossa de gel.

As exigências essenciais de um acoplador são:

• Uma impedância acústica semelhante aos tecidos

• Alta transmissibilidade para o ultrassom

• Baixa suscetibilidade para a formação de bolhas

• Uma natureza quimicamente inativa

• Um caráter hipoalergênico

• Relativa esterilidade

Aplicação com Imersão em Água

Uma aplicação de imersão usa água como único acoplador. Água e gel de ultrassom são semelhantes em todas as “exigências essenciais” exceto a suscetibilidade para a formação de bolhas. A menos que água seja desgaseificada, o ar na solução tenderá a formar bolhas entre o cabeçote de tratamento e a pele. Estas bolhas bloqueiam e refletem o ultrassom, a menos que sejam manualmente removidas assim que visíveis pelo operador.

Usada quando não for possível contato direto pela forma irregular da área, ou pela sensibilidade local. Usado em tratamento para mão, antebraço, pé e tornozelo. Distância do eletrodo para a região 1 a 2 cm. Aumentar a intensidade de saída para 30 ou 50%.

Aplicação com Bolsa de Água

Se uma bolsa plástica macia for usada, a bolsa deformará criando um molde nos contornos da pele e do cabeçote de tratamento, assegurando uma transmissão eficiente de energia do ultrassom. Uma camada fina de acoplamento deveria ser usada, entre a pele e a bolsa e também entre o cabeçote de tratamento e a bolsa, eliminando qualquer espaço de ar.

Usada quando a técnica por imersão não for recomendada. Utilizar sacola plástica ou preservativo. Encher de água e retirar todo o ar de dentro. Essa bolsa deve manter 1 cm a distância do cabeçote ate a pele

Método de Aplicação

Paciente

Explicação: a natureza, a duração do tratamento e a necessidade de um acoplador são explicadas ao paciente. As sensações subjetivas do paciente devem ser coletadas durante o tratamento.

Teste o Cabeçote – em meio hídrico

Preparação da Área

Limpe a área e aplique o acoplador á superfície da pele. Posicione-se correta e confortavelmente diante da área a tratar e posicione seu paciente de maneira confortável, propiciando acesso a área a ser tratada.

Ajuste

O cabeçote deve manter-se em contato total com a pele durante todo o tratamento. Aplique o acoplador, repouse o cabeçote de tratamento da região com pressão suficiente apenas para assegurar o contato durante o tratamento, maximizando a transmissão da energia do ultrassom. A partir disso ligue o aparelho, mantenha o contato do cabeçote de tratamento e comece a movê-lo.

Instrução e Advertência

Peça a seu paciente para manter a região a ser tratada, calma e relaxada. Lhe informando se alteração nas sensações.

Aplicação

O cabeçote de tratamento é movido continuamente sobre a superfície com uma mesma pressão plana para ambas as aplicações, continua ou pulsada. A superfície de emissão deve ser mantida paralela à superfície da pele para reduzir a reflexão e deve ser pressionada com firmeza suficiente para excluir a presença de ar. A velocidade do movimento deve ser lenta o bastante para permitir que os tecidos se deformem e então permaneçam em contato completo com o cabeçote de tratamento, porem rígida o suficiente para prevenir o desenvolvimento de áreas com excesso de aquecimento, ao usar intensidades mais altas de tratamento. Uma velocidade padrão é de 4 cm/s.

Padrões de Movimento

Dose

3 fatores devem ser considerados ao decidir qual dose usar:

- Tamanho da área a ser tratada

- Profundidade da lesão

- Fase e natureza da lesão

Parâmetros que influenciam a dose incluem:

- Modo contínuo ou pulsado

- Frequência 1 ou 3 MHz

- Intensidade

- Outros fatores como equipamento especifico usado, a área efetiva de radiação (ERA) do cabeçote de tratamento e duração, freqüência e numero total de sessões.

Aplicação

Ciclo

- 100% (continuo): quando o objetivo for aumento da temperatura do tecido.

- 20% ou menos: quando somente os efeitos não térmicos são desejados.

Calculo da Dose do Us

1. Freqüência do Ultrassom

O ultrassom de 3 MHz é absorvido mais rapidamente nos tecidos e consequentemente considerado para lesões superficiais.

O ultrassom de 1 MHz é absorvido mais devagar com progressão através dos tecidos, e pode ser mais eficaz em uma maior profundidade maior.

2. Razão do Pulso

Determina a concentração da energia em função do tempo e determina a proporção em que a maquina está ligada e desligada. Uma razão do pulso de 1:1 significa que a maquina entrega uma unidade de energia (ON) seguida por uma duração igual sem nenhuma energia entregada (OFF) o ducty cicle da maquina é 50%. 1:4 é 20 % etc.

A seleção do pulso mais apropriada depende essencialmente do estado dos tecidos. Quanto mais agudo mais sensível ele é. Usa-se um ducty cicle mais baixo.

Em Casos Agudos: 1:4 são os melhores tratamentos.

Casos Crônicos: 1:2 e 1:1

3. Intensidade do Tratamento do Ultrassom

Um fator importante é que um parte da energia liberada do ultrassom à superfície do tecido se perderá antes de atingir o tecido alvo. A intensidade requerida na lesão:

Estado do Tecido Intensidade (w/cm2)

Agudo 0,1 – 0,3

Sub-agudo 0,2 – 0,5

Crônico 0,3 – 0,8

4. Tamanho da Lesão

Quanto maior for a lesão, maior será a duração do ultrassom requerido. Usa-se o método de estimar o número de vezes que o cabeçote do ultrassom pode ser localizado sobre o tecido alvo. Um minuto por cabeçote.

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