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Fichamento - Processo Criativo

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Por:   •  22/9/2014  •  2.311 Palavras (10 Páginas)  •  660 Visualizações

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Criatividade é o típico conceito que resiste a várias definições, pois, não há um consenso sobre o mesmo, apenas uma imensidão de divergências de opiniões e teorias. Para muitos ser criativo é um dom, logo, surgem amplas exemplificações que podem ser postas em conjunto para tentar definir esse conceito, como pessoas que sabem desenhar, tocar algum instrumento, ter alguma habilidade manual “especial”, enfim, o que a maioria das pessoas não fazem ou não sabem. Para que haja a criatividade, é preciso que exista um inventor que tenha capacidade de reorganizar fatos e elementos de modo original, para que o mesmo possa inventar e dá existência a algum produto que não exista anteriormente e que possa ser útil a sociedade. “Diz Ghiselin que a medida da criatividade de um produto está na extensão em que ele reestrutura nosso universo de compreensão”.” Ou, segundo Laklen, a medida da criatividade é a extensão da área da ciência que a contribuição abrange.” Ghiselin e Laklen medem a criatividade pelo método da abrangência, ou seja, quanto mais uma ideia seja moldada, quanto mais tem-se uma base de conhecimentos, uma bagagem formal ou informal, mais experiências, o individuo será cada vez mais apto a desenvolver a criatividade. Dentre esses conceitos, um dos pontos relacionados é a inovação. A ideia do novo, de inovar, traz consigo um tipo de novidade que será adequado à situação anteriormente utilizada, é necessário à criatividade para o aperfeiçoamento do produto. Para muitos, a criatividade está relacionada apenas com a arte. Criatividade vai alem disso, é uma capacidade humana que não está confinada apenas no meio artístico. Abrange o campus da ciência e é necessária a nossa vida. Sendo assim, pode-se afirmar que um comportamento ‘exploratório’ do ser humano irá trazer consigo outro fator de suma importância para o desenvolvimento da criatividade, a imaginação. “Assim, um dos sentidos de criar é imaginar. Imaginar é a capacidade de ver alem do imediato, do que é de criar possibilidades novas. É responder à pergunta: Se não fosse assim, como poderia ser?” E em cima disso, imaginar, criar, seguir um caminho saindo do conhecido, do imediato e assumir os riscos buscando o novo. Em meio a esse contexto, não poderia faltar à inspiração, cujo fator é o processo da união de várias ideias que é posta em execução no nosso subconsciente. Nesse processo, a imaginação é ativada proporcionando possibilidades às quais poderão ser executadas caso sejam trabalhadas e moldadas à situação. A inspiração trabalhará no nosso intelecto pesando-as, julgando-as e adequando-as.

Podemos afirmar que a criatividade pode ser desenvolvida ou repremida. Assim, conclui-se que criatividade não é um dom, e sim uma capacidade que todos nós temos, basta ser desenvolvido através de métodos físicos e psicológicos, como ler, ouvir, ver, experimentar, testar alternativas, refinar as melhores ideias, etc. Para um verdadeiro criador o fenômeno da contemplação é indispensável e essencial em toda criação. Quando uma pessoa contempla, além de conhecer a fundo o produto, de buscar o seu mundo, entrará em campo emoções, prazeres, que também podem ser entendidos através da estética.

Quando falamos em estética logo vêm em mente às expressões de beleza física, cuidados com a pele, cirurgias plásticas, etc. Nesse modo, a estética está sendo utilizada como uma qualidade, mas a mesma vai, além disso. Estética é utilizada principalmente nas artes, para estudar o belo, e o prazeroso, exprimindo a beleza em modo sensível, fazendo com que uma obra de arte seja contemplada e sentida. A ideia de beleza e do belo foi discutida de Platão ao classicismo, através de vários filósofos. Chega-se a conclusão que o produto ou objeto é belo quando o mesmo tem a capacidade de realizar suas funções, com autenticidade, adequando-se a uma cultura e ao tempo, em que a sociedade vive. Sendo assim, cada objeto estabelece seu tipo de beleza. Através dessas ideias, o feio foi deslocado do assunto para o modo de representação.

O entendimento do mundo feito através da arte irá relacionar todos esses conceitos e principalmente a intuição. A intuição expressada pela arte traz consigo o entendimento não apenas do concreto, na utilização do raciocínio lógico, mas da imaginação e do sentimento. Uma verdadeira obra de arte é considerada intuitiva. Para aprecia-las o artista utiliza várias formas, como os cinco sentidos, uso das cores, da luz, representando os símbolos da natureza e da vida humana. A imaginação será responsável em fazer a interligação entre o vivido e o pensado, sendo manifestado pelo sentimento. O sentimento despertado não é o sentimento de uma obra, mas sim o que conseguimos extrair do mesmo através do conhecimento e teremos como resposta um tipo de emoção. Assim, o sentimento é o conhecimento que esclarece o que motiva a emoção, que sentiremos em prol de uma dada obra de arte. Para termos essa emoção, é preciso educar-nos. Convivemos com várias obras de artes em nosso dia a dia e não percebemos, é preciso ter a intenção de procura-las, contempla-las, analisa-las, ter contato, afinar a nossa sensibilidade, buscar historicamente a época, a classe em que pertence ou pertenceu, o artista, sentir o que ela quis transparecer e através daí impor a nossa opinião podendo chegar ao nível da recepção critica, ao julgamento da obra. “Entender a ideia de uma obra de arte é mais como ter uma nova experiência do que como admitir uma nova proposição.” Portanto, o artista tem todo o direito de exprimir as experiências que são passadas em sua época e as condições sociais oferecidas. É importante frisar que, a apenas a arte tem a capacidade de lidar com tudo isso, eleva o homem ao conhecimento, a compreensão da realidade, a um estado de fragmentação a um estado de ser íngreme, ajuda a transformação da sociedade, e a suportar a decadência em que passa o mundo. Para isso, precisamos do artista, como um supremo feiticeiro.

Desde o surgimento da obra de arte, a mesma foi utilizada para várias funções, tal como contar um fato histórico, marcar uma data de relevada importância, despertar o sentimento religioso... Apenas nesse século que a arte desvinculou desse valor e passou a ter seu próprio valor estético. A partir daí, pode-se distinguir três funções principais para a arte. Sendo elas: Pragmática ou utilitária; Naturalista; Formalista. Na forma pragmática a arte é usada principalmente a fins pedagógicos, religiosas, políticas ou sociais. Caso a finalidade da obra ou o fim da mesma for atingido a certo serviço a mesma será considerada obra de arte, sem levar em consideração o interesse e o valor estético. A função naturalista remete ao interesse do conteúdo, ou seja, a obra tem uma função referencial

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