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Genetica DNA

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Por:   •  19/9/2014  •  Artigo  •  669 Palavras (3 Páginas)  •  278 Visualizações

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O DNA livre está presente na circulação de todas as pessoas. Trata-se de DNA fragmentado que é liberado para a circulação a partir das células quando ocorre apoptose. Em indivíduos saudáveis, a maior parte do DNA livre tem origem na medula óssea, mas a sua quantidade aumenta em situações de lesão tecidular e maior renovação celular, como o cranco ou após um enfarte de miocárdio.

Em mulheres grávidas, além dos fragmentos de DNA materno, que têm um tamanho maior que 500 pares de bases, existem em circulação nucleossomas com sequências de DNA com menos de 300 pares de bases que pertencem ao feto. A porcentagem de DNA fetal em circulação na mãe varia entre 5 e 10 % da totalidade de DNA fetal livre é muito provavelmente originário do trofoblasto e da placenta, pois a sua presença na circulação materna pode ser detectada desde os 35 dias pós-conceção, isto é, antes do estabelecimento da circulação materno-fetal, assim como em gestações anembrionadas. Verificou-se ainda que, em casos de patologia da placenta, como a pré-eclâmpsia, a quantidade de DNA fetal livre está significativamente aumentada.

A concentração de DNA fetal livre na circulação materna decresce rapidamente após a dequitadura, apresentando uma semivida de 16 a 30 minutos e desaparece na totalidade até às duas semanas do pós-parto. Este aspecto faz com que este seja um bom substrato para o DPN não invasivo, ao contrário das células fetais que podem persistir durante anos na circulação da mãe.

A distinção entre os fragmentos livres de DNA fetal e materno constituiu o primeiro grande desafio para o desenvolvimento de técnicas de DPN não invasivo. Como metade do genótipo fetal é de origem materna, as primeiras aplicações do DNA fetal livre no DPN não invasivo limitaram-se apenas à identificação de genes ou alelos que pudessem estar presentes no feto, mas nunca na mãe, tal como sequências do cromossomo Y, ou gene RHD fetal em grávidas Rhesus (RhD) negativas. Nesses casos, a presença dos genes em questão confirma a sua origem fetal. Mais recentemente, o desenvolvimento das técnicas de contagem molecular recorrendo a equipamentos de sequenciação massiva passou a permitir, analisar quantitativamente a totalidade de DNA livre em circulação, abrindo portas do DNP não invasivo das mais variadas patologias monogênicas e aneuploidias.

Todos os testes têm, contudo, limitações. Resultados falsos negativos podem surgir por ausência de DNA fetal na amostra analisada. Por forma a evitar os resultados falsos negativos foram desenvolvidos controles internos para confirmar a presença de DNA fetal nas amostras. Para isso podem ser aproveitadas as diferenças epigenéticas entre genes placentares e maternos, em especial a metilação diferencial. Por exemplo, a região promotora do gene supressor tumoral RASSFIA está hipermetilada no tecido placentário ( de onde se origina o DNA fetal livre) e hipometilada nas células sanguíneas maternas. O RASSFIA metilado é por isso um marcador universal do DNA fetal e a sua presença na amostra de sangue materno a analisar indica com segurança a presença de DNA fetal livre.

Resultados falsos positivos podem surgir por contaminação na coleta ou no laboratório, gravidez gemelar ou moisacismo placentar. Para diminuir a probabilidade de contaminação é necessário adotar medidas rígidas de controle de qualidade em todos os passos,

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