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Gil Vicente

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Por:   •  8/11/2013  •  339 Palavras (2 Páginas)  •  992 Visualizações

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Quando se fala em Gil Vicente, é preciso, antes, entender o que são autos. Auto é o nome genérico dos textos poéticos da Idade Média, usados nas representações teatrais, carregados de religiosidade. No teatro vicentino vamos encontrar uma grande produção de autos, dos quais muitos deles, além da religiosidade, apresentam temas profanos e satíricos.

Gil Vicente é considerado o criador do teatro popular em Portugal. Sua primeira apresentação, em 1502, foi o Auto do vaqueiro ou o Auto da visitação, dedicada ao filho recém¬nascido do rei D. Manuel, no quarto de D. Maria, esposa do rei. A peça fez tanto sucesso que o levou a elaborar outras, igualmente cheias de êxito. O teatro de Gil Vicente baseia-se principalmente na sátira (as farsas), que ele utilizava para criticar e denunciar os erros, a corrupção e a falsidade de todas as camadas sociais: da nobreza, do povo e do clero - apesar de ser uma pessoa profundamente religiosa.

Gil Vicente era autor e ator e suas representações, cheias de improvisos já previstos. Sua obra é rica, densa e

variada. Sua produção contém 44 obras e sua galeria de tipos humanos é imensa: o padre corrupto, o cardeal ganancioso, o sapateiro que explora o povo, a beata, o médico incompetente, os aristocratas decadentes, etc. Seus personagens não têm nome - são sempre designados pela profissão, assim registrando os tipos sociais que faziam parte da sociedade da época.

Apesar de subvencionado pelo rei, Gil Vicente nunca se deixou intimidar, expressando o que realmente pensava e tecendo suas críticas com independência de espírito. O teatro era sua arma de combate e de denúncia contra a imoralidade. Sua linguagem, bastante simples, espontânea e fluente. Assim como os cenários e as montagens.

Suas principais obras são: Monólogo do vaqueiro ou Auto da visitação, Trilogia das barcas (Auto da barca do inferno, Auto da barca do purgatório, Auto da barca da glória), Auto da alma, Farsa de Inês Pereira, Juiz da beira, Auto da feira, Quem tem fareI os?, Auto da Lusitânia, Auto da índia e Floresta de enganos (sua última peça).

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