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Analogia: O "bem" E O "mal" Na Obra De Gil Vicente.

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Por:   •  25/3/2015  •  2.498 Palavras (10 Páginas)  •  1.258 Visualizações

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Analogia: O “bem” e o “mal” na obra de Gil Vicente.

A literatura é comparada e considerada à arte, pois através dela, leitores obtêm o contato com experiências, imaginações, sonhos, desejos do autor da obra. O leitor é capaz de sentir e imaginar sem que precise vivê-las assim como o autor.

A maioria das obras literárias serve como um instrumento de comunicação, conhecimento, informação e também de compreensão sobre nossa própria identidade. Observando as mudanças e o comportamento do homem no decorre dors anos até os dias contemporâneos.

Literatura é a arte de compor obras em que a linguagem é usada esteticamente e em que é usada uma língua como meio de expressão. Analisando minunciosamente, esse significado deixa em aberto algumas dúvidas, pois nem todos os textos conhecidos são considerados como obras literárias. Não há critério para definir quais as diferenças entre um texto “literário” e outro sem essa característica.

Segundo José de Nicola, o que torna um texto “literário” é a função poética da linguagem, ou seja, a forma da escrita e de passar a mensagem é mais importante do que o conteúdo. Podendo ser apresentado de diversas maneiras, como música, poesia, teatro, entre outras.

Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso.

Fernando Pessoa. P.505

O texto literário apresenta a ficção, não faz necessariamente parte a realidade. A função estética em que o autor tenta a partir de sua visão apresentar a realidade e de certa forma fazer com que o leitor traga essa realidade para si e para o mundo em que vive.

Em vários textos algumas palavras assumem significados diferentes dos conhecidos e a subjetividade de cada autor evidencia experiências, emoções e sentimentos chamada de plurissignificação.

A palavra literatura é derivado do termo latim litterae, que faz referência ao conjunto de conhecimentos e competências para escrever e ler bem. O conceito está relacionado com a arte da gramática, da retórica e da poética.

Com todas essas informações a literatura é de grande influência em todo o mundo, a partir desse conceito conhecemos os textos como obra de arte. Porém esse conceito não surgiu do nada. A literatura é agrupada em várias escolas literárias, cada uma com suas características, épocas distintas, autores diferentes, críticas a realidade. As escolas literárias correspondem aos acontecimentos históricos que envolvem a escrita. E essas escolas fazem parte de épocas diferentes. Em Portugal, as épocas foram divididas em: Época Medieval, Época Clássica, Época Moderna e Época Contemporânea. Foram agrupadas assim, pelo fato das circunstâncias como as condições do meio, as influências filosóficas e políticas.

O movimento classicista por sua vez faz parte da Época Clássica, teve origem na Itália e se disseminou por todo o continente europeu graças à criação da imprensa. Esse período literário fundamenta-se basicamente no controle entre razão e emoção, prevalecendo a razão nas decisões, opiniões e nas obras dos escritores classicistas. Foi marcado por algumas características gerais identificadores desse período: o racionalismo, uso de linguagens sóbrias, simples, claras, busca do equilíbrio formal, entre outras.

Teve como cenário principal o período renascentista, cujo ser humano começa a adquirir e possuir novos valores, novos pensamentos passam a vangloriar-se por descobrir que podem raciocinar e tem essa capacidade.

A filosofia do antropocentrismo, cujo o homem é considerado o centro do universo passa a dominar a época. A vida do homem deixou de estar centrada em Deus (teocentrismo) e passou a ser centrada em si próprio, como se o homem fosse o personagem principal de toda a existência.

No período classicista observa-se também uma critica às visões de mundo pautada pela religião. A igreja católica possuía grande poder no Estado. Comerciantes, artesãos e reis, todos estavam submissos à Igreja. E por isso faziam o que era correto aos olhos do papa, e assim seria correto e melhor aos olhos da sociedade.

Os autores dessa escola literária procuraram em suas obras apresentar um pouco da realidade atual da época em que os homens poderiam fazer o que quisessem, tinham escolhas e livre pensamento, contudo as consequências de atos errados não iriam ser deixadas de lado, e sim vividas com a razão e não emoção.

Vários autores destacaram-se, dentre eles Gil Vicente, considerado o primeiro grande dramaturgo português. Criou textos e histórias especificamente para representar a ação.

Não se sabe ao certo o local onde nasceu e nem a data exata. Há indícios de que tenha nascido em 1466. Aceitam-se a ideia de forma quase unânime de que ele nasceu em 1465. O local do seu nascimento pode ter sido Lisboa, Beiras, Barcelos. Só há a certeza que sua nacionalidade é portuguesa. Morreu em lugar desconhecido, talvez em 1536, pois foi a partir desse ano que se encontra documentos escritos por ele.

As obras de Gil Vicente transmitem uma visão de dois mundos: o céu e o inferno. A inocência e a malicia que é denominado pelo Platonismo. O Platonismo é uma corrente filosófica desenvolvida por Platão, grande filósofo da antiguidade na qual se entende por uma busca metódica do saber humano. Abusou também das figuras de linguagens que por meio indireto (personagens) mostrava ao público críticas que de alguma forma iriam inquietar e deixar dúvidas na sociedade atual. Fazendo com que pessoas ao se contatarem com suas obras tivessem o exercício de pensar e criar imaginações que levariam a uma posição racional.

Através de suas obras, nas quais muitas começavam com a palavra chave “auto”, ele tem a intenção de fazer com que o leitor imagine que “auto” tem haver com si mesmo, tendo como cenário um porto imaginário.

A obra analisada será o “Auto da Barca do Inferno”. Representa a barca comandada pelo diabo que conduzirá a barca para o inferno, do outro lado tem-se a barca com um anjo que terá como destino o céu.

Existe um recurso dentro da língua portuguesa

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