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Humanismo Importante para Gil Vicente

Por:   •  9/4/2015  •  Resenha  •  1.374 Palavras (6 Páginas)  •  643 Visualizações

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Humanismo importante para Gil Vicente

A Idade Média passa a viver a dualidade das visões teocêntrica (ainda predominante até o Renascentismo) e antropocêntrica. Esse conflito propiciará grandes e profundas mudanças em Portugal. O teatro de Gil Vicente trará mais do que narrativas simples, mas mostrará essa dualidade vivenciada pelos portugueses dessa época. Evidenciando alguns questionamentos cultura da época. É o surgindo a visão humana no humanismo.

O Humanismo se vê rodeado pela Revolução Popular (1383), Esta atitude de pôr o homem no centro será de grande valor aos movimentos vindouros, mas, no Humanismo, será de grande contribuição às críticas de Gil Vicente, pois ele colocará as ideias contidas no ideário e cultura portugueses pontos conflitantes, de sorte que trará, ao menos, alguns questionamentos sobre os regimes da época.

Gil Vicente Não se sabe com exatidão as datas de nascimento e morte de Gil Vicente; assim, presume-se que o autor e dramaturgo português tenha nascido entre 1465 e 1466 e morrido entre os anos de 1536 e 1540. Pouco se sabe sobre sua vida, mas o que se tem registro é que tenha sido funcionário da Coroa. Escreveu diversas obras, dentre as mais populares “O Auto da Barca do Inferno”

 O que tornou Gil Vicente inovador do teatro

O teatro de Gil Vicente, que provém de tradições dramáticas presentes no fim da Idade Média, afasta-se totalmente dos princípios do teatro clássico, defendidos pelas novas teorias poéticas da época. O teatro clássico procurava ser tal como os antigos o praticavam e ensinavam: ele se caracterizava pela concentração dos efeitos emotivos, concentração obtida por meio da prática rigorosa da disciplina conhecida como das “três unidades”: unidade de ação (a peça deve organizar-se em torno de uma só ação principal), unidade de tempo (a ação deve restringir-se a um dia ou pouco mais) e unidade de lugar (a ação deve passar-se em um ou poucos lugares). Em vista dessa concentração, limitava-se o número de personagens, eliminavam-se os elementos que não contribuíssem para o efeito final e procurava-se unificar ao máximo o tom da peça. O auto de Gil Vicente, ao contrário, caracteriza-se pela amplitude temática, assim como pela tendência, cada vez mais visível ao longo da evolução de suas peças, de aumentar a população do palco, de ampliar a duração da ação (não da representação) e de permitir-se a mais audaciosa justaposição de lugares na sua época.


Características essenciais da obra vicentina

Costuma chamar-se a Gil Vicente o fundador ou pai do teatro português. Embora na Idade Média, como se disse, se efetuassem entre nós representações teatrais, sobretudo de carácter religioso, a sua estrutura, por rudimentar, não permite que as consideremos obras literárias em sentido estrito. Daí o interesse manifestado na Corte e até nas classes populares pelas inovações dos autos vicentinos.

  1. Influência de Encina: 

Escreveu as conhecidas Éclogas de Navidad e mistérios sobre a Paixão e a Ressurreição. Nas suas peças já é notória a transição do teatro medievo para o renascentista. Os temas bíblicos são evocados em ambientes de misticismo, tendo pastores por personagens e utilizando uma expressão retintamente popular (o saiaguês, falado na pequena comarca de Sayago, da província de Zamora).

 

     b) Evolução de temas.

   Depois de explorar com candura e simplicidade o teatro   bíblico-bucólico, tentou Gil Vicente um outro género dramático de maior efeito cénico: a farsa. Sem que os motivos religiosos tenham sido postos de parte, foi a sátira aos costumes da época que absorveu o melhor da atividade do dramaturgo numa segunda fase da sua vida de escritor


Principais obras de Gil Vicente e as suas importâncias

O melhor das suas obras encontra-se em suas peças populares, que vão abrir caminho para sua obra-prima, a trilogia das sátiras que compõem o “Auto das Barcas”: “Auto da Barca do Inferno” (1516), “Auto da Barca do Purgatório” (1518) e “Auto da Barca do Paraíso” (1519). Destacam-se também “O velho da horta”, “Auto da Índia” e “Farsa de Inês Pereira

Em “Auto da Barca do Inferno”, a mais conhecida de suas peças, as cenas ocorrem à margem de um rio, onde estão ancoradas duas barcas: uma é dirigida por um anjo e leva as almas que, de acordo com seu julgamento, irão para o céu; a outra é dirigida pelo diabo, que conduzirá as almas para o inferno.

As peças de Gil Vicente inspiraram várias outras produções, como algumas obras do Pe. Anchieta, voltada para a catequese dos índios no século XVI, “Morte e Vida Severina”, auto de Natal pernambucano, de João Cabral de Melo Neto e a peça mais popular e prestigiada de Ariano Suassuna, “Auto da Compadecida”, adaptada para a TV.


.  Comparações do teatro vicentino e moderno

Teatro vicentino: O teatro vicentino tem como característica principal a sátira (de fundo moralista). Por meio dela Gil Vicente criticou todas as camadas sociais: a nobreza, o clero e o povo. Apesar de sua extrema religiosidade o alvo das sátiras de Gil era o clérigo que se entregava enlouquecidamente aos amores proibidos, a venda de indulgências, à depravação dos costumes, ao misticismo e ao mundanismo.

Teatro moderno: a cultura e a representação dos hábitos e costumes de toda a sociedade, nada mais natural do que compartilhar as consequências benéficas da arte com todas as pessoas dentro do estado, indiferentemente de classes sociais. 
Com ideais inovadores, os textos Modernos 
buscaram dar mais veracidade as situações, viabilizando o contato maior com o público, principalmente por causa da verossimilhança das ações dos personagens em relação a sociedade

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