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Glandula Mamária

Artigo: Glandula Mamária. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/10/2013  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  690 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO

O sistema mamário é um órgão complexo que foi desenvolvido para utilizar os nutrientes absorvidos no trato gastrointestinal ou oriundos das reservas corporais do animal. Esses nutrientes encontram-se disponíveis na corrente sangüínea para a síntese de leite pela glândula mamária. O leite é produzido continuamente e armazenado até sua retirada pela mamada ou pela ordenha manual ou mecânica. O sistema mamário está preparado para desempenhar essas funções imediatamente após o primeiro parto, quando ocorre o início do período da lactação. Sendo assim, o entendimento básico da estrutura anatômica, da síntese e da retirada do leite da glândula mamária torna-se importante para melhor compreensão da função da glândula mamária (SILVA, 2013).

A glândula mamária é considerada uma parte do sistema reprodutor, e a lactação pode ser considerada como a fase final da reprodução. Para a maioria dos mamíferos, pode se dizer que uma falha em aleitar, tal como uma falha em ovular, é uma falha em reproduzir (MORAES, 2013).

2 ESTRUTURA DA GLANDULA MAMÁRIA NAS DIFERENTES ESPÉCIES

As glândulas mamárias de bovinos, ovinos, caprinos, equinos e baleias estão localizadas na região ingnal; as de primatas e elefantes, na região torácica; as de suínos, roedores e carnívoros, ao longo da superfície ventral do tórax e do abdome (PARK; LINDBERG, 2006).

Tabela 1: Diferença morfológica entre as espécies.

Fonte: Moraes, 2013

3 GLÂNDULA MAMÁRIA DE RUMINANTES

O desenvolvimento da glândula mamária inicia-se no feto. Já no segundo mês de gestação a teta começa a formar-se e a desenvolver-se continuadamente. Quando o feto atinge os seis meses o úbere já está com as quatro glândulas, o ligamento mediano, as tetas e a cisterna glandular formados.

O desenvolvimento dos dutos condutores de leite e o tecido secretor estarão formados entre o parto e a puberdade. O úbere continua o desenvolvimento em termos das quantidades e tamanho das células por toda a primeira e até a quinta lactação, e a capacidade de produzir leite aumenta de maneira correspondente. Apesar de não ser totalmente aproveitada essa evolução pois a vida média produtiva de muitas vacas hoje é em torno de 2,5 lactações (ALFA LEITE, 2013).

A glândula mamária das vacas de leite consiste de quatro glândulas separadas sendo cada qual com uma teta. O leite que é sintetizado em urna glândula não passa para qualquer das outras glândulas. O lado direito e esquerdo do úbere estão separados pelo ligamento mediano, enquanto que a separação entre a parte posterior e anterior é menos definida (ALFA LEITE, 2013).

O parênquima da glândula mamária se desenvolve mediante a proliferação de células epiteliais que surgem do cordão mamário primário. As células epiteliais acabam formando estruturas circulares denominadas alvéolos que são as unidades secretoras de leite da glândula mamária. Os alvéolos são recobertos por células contráteis de natureza mioepitelial e que respondem ao reflexo de ejeção do leite e se organizam em lóbulos cada um deles envolvidos por um septo de tecido conjuntivo. A união dos lóbulos formam os lobos. Os sitemas de ductos conectam os alvéolos com as cisternas (no caso de vacas e cabras) ou diretamente nas tetas permitindo a passagem do leite da área de formação para o exterior (WEBVIDEOQUEST, 2013).

Figura 1: Principais regiões e tecidos que compões o úbere.

Fonte: WEBVIDEOQUEST, 2013

Por meio de intensa seleção genética, a vaca leiteira está adaptada para a produção de grandes volumes de leite. As estruturas mamárias que em animal usa para produzir leite estão localizadas no úbere, o qual está localizado na parte posterior do abdome, para que o bezerro tenha fácil acesso ao leite. O úbere é uma glândula secretora composta por quatro quartos funcionalmente separados (SILVA, 2013).

A glândula mamária de uma vaca com alto teor de leite pode produzir e armazenar mais de 20 kg de leite entre cada ordenha. Além disso, o tecido da glândula mamária é bastante volumoso e pesado. Por exemplo, em uma vaca adulta o peso total do úbere pode chegar a 50 kg. O sistema de suporte dessa glândula é feito por um conjunto de tecidos que fornecem sustentação à glândula mamária, destacando-se os ligamentos suspensórios. Em cada lado, o ligamento suspensório lateral, que é composto de tecido fibroso, é inserido nos ossos púbicos e formam um suporte muito resistente para o úbere. No centro deste encontra-se o ligamento suspensório medial, o qual fixa o úbere à parede abdominal e à pelve, sendo o sistema suspensório de extrema importância. Quando se observa a porção posterior do úbere, pode-se identificar uma linha média que o divide em duas partes. A elasticidade do ligamento medial permite absorver os impactos resultantes da movimentação do animal; contudo, esse ligamento sofre certo relaxamento com o avançar da idade e com a constante produção de leite. Pode ocorrer rompimento ou distensão excessiva desse conjunto de tecidos, causando a formação do úbere pendular, o que acarreta dificuldade de ordenha, maior predisposição a lesão nos tetos e maior risco de infecções intramamárias. A seleção genética para obtenção de animais com ligamento medial mais

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