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Hepatite

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Por:   •  21/3/2014  •  Resenha  •  1.570 Palavras (7 Páginas)  •  669 Visualizações

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A hepatite C é uma doença de notificação compulsória, que acomete homens e mulheres em todas as idades é causada pelo vírus da hepatite C (VHC) e que afeta sobretudo o fígado. A infecção é muitas vezes assintomática, embora a infecção crônica possa levar à fibrose do fígado e por fim à cirrose, que normalmente só se manifesta passados vários anos. Em alguns casos, os indivíduos com cirrose contraem Insuficiência hepática ou cancro do fígado, podendo haver ainda complicações que representam vários riscos imediato de vida, como varizes esofágicas ou gástricas.

O contágio com VHC é feito através de contato sanguíneo, associado sobretudo ao uso de seringas, material médico mal esterilizado e transfusões sanguíneas. Estima-se que em todo o mundo sejam afetadas pela hepatite C 130 a 170 milhões de pessoas. A existência da hepatite C foi proposta durante a década de 1970 e demonstrada em 1989. A doença afeta apenas o ser humano e os chimpanzés.

O vírus permanece no fígado em cerca de 85% dos casos de infecção. Esta infecção crônica pode ser tratada com medicação: a terapia convencional consiste numa combinação de peginterferona e ribavirina, os quais podem ser complementados com boceprevir ou telaprevir em determinados casos. A taxa de sucesso do tratamento situa-se entre os 50 e 80%. Os indivíduos que desenvolvam cirrose ou cancro do fígado podem vir a necessitar de um transplante de fígado. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado, embora o vírus normalmente se volte a manifestar mesmo depois do transplante. Não existe ainda uma vacina eficaz contra a doença.

Transmissão vertical

A transmissão vertical da hepatite C de uma mãe infectada para o filho ocorre apenas em menos de 10% das gestações Não há medidas que possam diminuir o risco. Não é ainda claro o momento em que durante a gravidez se dá o contágio, mas pensa-se que possa ocorrer entre a gestação e o parto. Os trabalhos de parto longos estão associados a um maior risco de transmissão. Não há ainda provas de que a amamentação transmita o VHC embora, como medida preventiva, a mãe portadora da doença seja aconselhada a evitar amamentar caso os mamilos se apresentem gretados, haja hemorragias locais, ou se se verifique que os níveis virais estão altos.

EPIDEMIOLOGIA

Estima-se que vivam entre 130 e 170 milhões de pessoas com hepatite C crônica, o que corresponde a 3% da população mundial. Anualmente, são registados 3 a 4 milhões de novos casos, e mais de 350.000 pessoas morrem a cada ano devido a doenças relacionadas com a hepatite C. O número de infecções cresceu significativamente ao longo do século XX como consequência do contágio relativo ao consumo de drogas injetáveis, medicação intravenosa ou equipamento médico mal esterilizado.

Entre os portadores crônicos da doença, o risco de contrair cirrose durante um prazo de vinte anos varia consoante os estudos efetuados, mas estima-se que seja entre 10% e 15% para os homens e entre 1% e 5% para as mulheres. Desconhece-se a explicação para esta diferença. Uma vez contraída cirrose, a taxa de risco de contrair hepatocarcinoma é de 1% a 4% ao ano.

Nos Estados Unidos, cerca de 2% da população é portadora do vírus da hepatite C,6 e anualmente são registados de 35.000 a 185.000 novos casos. A taxa de novas infecções tem vindo a diminuir de forma significativa no Ocidente desde a década de 1990 como consequência do rastreio de sangue em transfusões.

SINTOMAS

Os sintomas podem não se manifestar durante anos. Inicialmente, as pessoas infectadas podem apresentar sintomas semelhantes aos da gripe, como cansaço, náuseas e dores abdominais. Na forma crônica, a morte das células do fígado leva à cirrose e a pessoa infectada pode apresentar sintomas como: icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), dor nos músculos e articulações, perda de apetite e urina escura.A hepatite C pode levar a outros problemas graves, como câncer de fígado e insuficiência hepática.

DIAGNOSTICO

Estão disponíveis vários testes de diagnóstico de hepatite C, entre eles a detecção do anticorpo do VHC através do ELISA, o Western blot, e a análise quantitativa da reação em cadeia da polimerase (RCP) do ARN do VHC. O ARN do vírus consegue ser detectado pela RCP normalmente entre uma a duas semanas depois da infecção, enquanto que métodos com base na detecção de anticorpos só possam ser feitos passado muito mais tempo, uma vez que os anticorpos demoram comparativamente muito mais tempo a ser formados.

Define-se como hepatite C crônica qualquer infecção em que o VHC persista por mais de seis meses, tendo como base a presença ou não do seu ARN. As infecções crónicas são geralmente assintomáticas durante as primeiras décadas, e descobertas frequentemente através da investigação de altos níveis de enzimas hepáticas ou durante exames de rotina em grupos de alto risco. Os exames não conseguem distinguir entre infecções agudas ou crónicas.

SORLOGIA

A detecção de Hepatite C tem normalmente início com um exame sanguíneo que detecta a presença de anticorpos do VHC, recorrendo-se a um imunoensaio enzimático. Caso o resultado seja positivo, é realizado um novo teste que confirme o imunoensaio e que determine a carga viral. A verificação do imunoensaio anterior é feita com recurso a um ensaio de imunoblot recombinante, e determina-se a carga viral através da reação em cadeia da polimerase do RNA do VHC. Caso não se detecte o RNA do vírus mas o imunoblot seja positivo, significa que a pessoa já teve anteriormente uma infecção que entretanto desapareceu, quer de forma espontânea quer com recurso a tratamento. Caso o imunoblot seja igualmente negativo, significa que o primeiro imunoensaio estava errado e se tratou de um falso positivo. É preciso entre seis e oito semanas a partir da data de infecção para que o imunoensaio possa apresentar resultados positivos.

Os níveis de enzimas durante a fase inicial da infecção variam bastante e, em média, só começam a subir sete semanas depois da infecção. O nível de enzimas hepáticas tem pouca relação com a intensidade da doença.

PROGNOSTICO

A resposta ao tratamento varia consoante o genótipo do vírus. A resposta é positiva em 40% a 50% dos indivíduos infectados com o genótipo 1 depois de 48 semanas de tratamento. Em indivíduos infectados com o genótipo 2, a resposta é positiva em 70% a 80% dos casos após 24 semanas de tratamento. Para o genótipo 4 a resposta positiva é de 65% após 48 semanas de tratamento.

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