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Infarto Agudo Do Miocárdio

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Por:   •  11/5/2014  •  1.639 Palavras (7 Páginas)  •  1.369 Visualizações

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Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)

Definição:

Consiste em uma área circunscrita de necrose tecidual causada por isquemia absoluta prolongada por obstrução arterial ou venosa no tecido miocárdico (BRASILEIRO FILHO, 2009).

Ocorre quando o suprimento de sangue a uma parte do músculo cardíaco é reduzido ou totalmente suprimido, com consecutiva formação de áreas de necrose, quando uma artéria coronária está contraída ou obstruída, parcial ou totalmente (LEITE et al., 2007).

À medida que as células são privadas de oxigênio, a isquemia se desenvolve, ocorre a lesão celular e, com o passar do tempo, a falta de oxigênio resulta em infarto ou morte das células (BRUNNER; SUDDARTH, 2005).

Com a supressão total ou parcial da oferta de sangue ao músculo cardíaco, ele sofre uma injúria irreversível e, parando de funcionar, leva o que resta do coração à morte súbita, morte tardia ou insuficiência cardíaca (LEITE et al., 2007).

Manifestações Clínicas:

Consiste em uma pressão desconfortável no tórax ou nas costas, com duração de alguns minutos, geralmente a dor se espalha para ombros, pescoço ou braços, sendo acompanhadas de tonturas, suor, náuseas, respiração curta ou falta de ar (LEITE et al., 2007).

Segundo Brunner e Suddarth (2005): os sinais e sintomas mais comuns apresentados pelos pacientes são dor torácica, dispnéia, sudorese, palidez, náuseas e vômitos, ansiedade e inquietação.

Diagnóstico

O paciente admitido com hipótese diagnóstica de IAM deve ser avaliado imediatamente, uma vez que o retardo na instituição da terapêutica adequada pode significar maior perda de miocárdio e aumento da mortalidade (BARRETO, 1993).

Os critérios diagnósticos incluem história de dor torácica prolongada que não alivia com nitrato sublingual, alterações eletrocardiográficas e curva enzimática compatível (BARRETO, 1993). De acordo com Piegas (2004) os critérios para diagnóstico do IAM são baseados na história clínica, desconforto precordial sugestivo de isquemia, alterações em traçados do eletrocardiograma, aumento e queda das enzimas cardíacas (CK fração MB).

Tratamento:

A meta do tratamento consiste em minimizar a lesão miocárdica, preservar a função miocárdica e evitar as complicações (BRUNNER; SUDDARTH, 2005). O paciente deve ser internado imediatamente, de preferência onde se disponha de monitorização eletrocardiográfica continua. A atenção irá voltar-se à: restrição da atividade física; sedação do doença e alivio da dor, prevenção e tratamento oportuno das complicações e repouso absoluto no leito, durante os dois ou três primeiros dias de internação (HILLIS, et al, 1989)

O grupo farmacológico de escolha para o tratamento são os trombolíticos (grupo de drogas que possuem a propriedade de dissolver o coágulo e restabelecer o fluxo de sangue). A angioplastia coronariana é uma técnica que possibilita a dilatação e a desobstrução da artéria relacionada ao infarto ou zona isquêmica. De acordo com o grau de obstrução, usa-se um stent (pequena mola de metal), que se introduz contraído até o local certo, fazendo com que dilate, e consequentemente, alarga a zona estreitada da artéria (FIGUEIREDO, et al, 2009).

Cuidados de Enfermagem:

Segundo Figueiredo et al (2009) ao assistir um cliente que sofreu um IAM, é fundamental que o enfermeiro tenha uma visão abrangente e valorize os aspectos biopsicosociais que integram a vida do ser humano. Os principais objetivos das ações de enfermagem junto ao cliente com IAM são: avaliação sistemática de sinais e sintomas relacionados à isquemia, verificação periódica dos sinais vitais, realização de exame físico sistemático e minucioso, realização de eletrocardiograma, monitoração cardíaca contínua, garantia de acesso venoso pérveo, administração de medicamentos prescritos, administração de oxigênio conforme prescrição, promoção de repouso no leito, oferecimento de dieta de forma fracionada, avaliação dos exames laboratoriais. É importante que, durante as orientações o enfermeiro valorize o conhecimento do cliente de sua família em relação a doença e identifique possíveis recursos para apoiá-los durante a reabilitação cardíaca.

Infarto do Ventrículo Direito (VD)

Em virtude do infarto do miocárdio comprometer predominantemente o ventrículo esquerdo (VE), a disfunção hemodinâmica que surge no infarto (quase invariavelmente) é a dessa cavidade, contudo, recentemente, passa-se a constatar a existência do infarto ventricular direito e sua concomitante disfunção hemodinâmica. Ocorre em minoria de pacientes, mas, em alguns desses, as alterações hemodinâmicas provocadas atingem proporções catastróficas (HILLIS et al., 1989).

O VD é considerado apenas condutor de sangue, com pouca ou nenhuma importância hemodinâmica. Essa impressão mudou a partir da década de 70 quando Cohn et al, descreveram as características hemodinâmicas e as implicações terapêuticas do infarto predominante do VD (THOMAZ et al, 2010).

O infarto solitário do VD é raro e, na grande maioria dos casos, se dá em associação ao infarto inferior do VE. A artéria coronária direita irriga tanto a parede livre do VD quanto a parede inferior do VE. A completa oclusão dessa artéria, sobretudo de localização proximal, é quase sempre o fenômeno responsável pelo infarto do VD (HILLIS et al., 1989).

O infarto do VD é diferente do infarto do VE, mas não menos importante no que diz respeito à necessidade de pronto diagnóstico e tratamento. Essas diferenças fisiopatológicas implicam a forma de tratamento bem como o seu prognóstico. O reconhecimento precoce do infarto do VD é importante porque se associa a mais morbimortalidade imediata e de particularidades em seu tratamento (THOMAZ et al., 2010).

Manifestações clínicas

Nos pacientes em que predomina esse tipo de infarto, a queixa é de desconforto retro-esternal, muitas vezes acompanhadas de náusea, vômito e sudorese. Ao contrário do paciente com extenso infarto de VE, a dispneia é sintoma incomum. Ao exame físico, há caracteristicamente distensão venosa jugular, redução do débito cardíaco (com hipotensão e com vasoconstrição periférica) e nenhum sinal de congestão vascular pulmonar (HILLIS et al., 1989).

Diagnóstico

O infarto do ventrículo direito difere em suas características fisiopatológicas. O pronto diagnóstico desse tipo de infarto

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