TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Marcadores Bioquimicos Do Infarto Agudo Do Miocárdio

Artigo: Marcadores Bioquimicos Do Infarto Agudo Do Miocárdio. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  23/10/2014  •  1.539 Palavras (7 Páginas)  •  1.412 Visualizações

Página 1 de 7

Marcadores Bioquímicos do Infarto Agudo do Miocárdio

As doenças cardiovasculares representam um grave problema para a saúde pública, pois afetam milhões de pessoas em todo o mundo. De acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde em 2011, as doenças cardiovasculares eram responsáveis por 29,4% de todas as mortes registradas no país em um ano. A alta frequência do problema coloca o Brasil entre os 10 países com maior índice de mortes por doenças cardiovasculares.

Dentre as doenças cardiovasculares, o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), principal causa de morte nos países industrializados, está relacionado à Doença Arterial Coronariana (DAC), no qual há deposição de placas de gordura nas paredes das artérias coronárias. Quando essas placas obstruem o fluxo sanguíneo para o coração, o músculo cardíaco começa a morrer por falta de sangue/oxigênio.

Exames para diagnóstico:

Eletrocardiograma (ECG - detecta alterações na presença de um infarto);

Angiografia coronariana (passagem de um cateter através de um vaso sanguíneo -- caso identifique uma o obstrução, a desobstrução é feita no mesmo momento para restaurar o fluxo sanguíneo normal para o coração);

Dosagem de enzimas cardíacas.

Os marcadores bioquímicos do IAM estão em evolução constante, valorizando os mais sensíveis e mais específicos. Para evitar falsas interpretações, devem-se conhecer os sítios fisiológicos de cada marcador, principalmente quando este é originário de diferentes órgãos. É importante analisar o menor tempo para o marcador se elevar na corrente sanguínea e o tempo que leva para retornar aos valores de referência. Esse intervalo é denominado “janela diagnóstica”.

Os marcadores bioquímicos da IAM podem ser classificados em:

MARCADORES CLÁSSICOS

Aspartato aminotransferase – AST

Aspartato aminotransferase, antes denominada de transaminase glutâmico oxalacética (TGO) está presente nas fibras musculares esqueléticas e cardíacas, nos parênquimas hepático, pancreático e renal, nos eritrócitos e no sistema nervoso central. Foi a primeira enzima utilizada para diagnóstico de pacientes com infarto do miocárdio. Seu uso com esta finalidade foi abandonado em razão do surgimento de outros marcadores mais sensíveis e mais específicos.

Desidrogenase Láctica/Lactato Desidrogenase – LDH

Comparando a AST com a LDH, a última se mostra mais favorável por ser mais sensível. Composta por 5 subunidades (isoenzimas), a LDH necessita do fracionamento da dosagem da fração cardíaca LDH_1. Há riscos de o IAM apresentar resultados falso positivos se o paciente possuir lesões no parênquima renal ou doença hemolítica devido ao efeito cumulativo que lesões nesses órgãos apresentam. Confrontada com os novos marcadores a LDH apresenta uma janela diagnóstica tardia. Tendo em vista sua ampla distribuição em diferentes tecidos, resultando em baixa especificidade, a LDH não é mais recomendada para o diagnóstico ou acompanhamento do paciente com lesão cardíaca.

Cratinoquinase/Adenosina Trifosfato: Creatinina N-Fosfotransferase) CK/CPK

A CK é uma enzima composta pela união de duas subunidades do tipo B e/ou M, em três combinações possíveis:

isoenzima CK-BB: próstata, útero, placenta, tiróide, cérebro e musculatura lisa;

isoenzima CK-MB: 1% da CK total em músculo esquelético e 45% em músculo cardíaco;

isoenzima CK-MM: 99% da CK total em músculo esquelético e 55% em músculo cardíaco.

Elas encontram-se no citosol das células ou associadas a estruturas miofibrilares. Além dessas três isoenzimas citosólicas (CK-BB, CK-MB, CK-MM), existem ainda duas isoformas mitocondriais (CK-Mt) e duas isoformas macromoleculares denominadas Macroquinases. A CK-Mt difere das outras na mobilidade eletroforética e imunologicamente. No coração ela corresponde a 15% do CK total.

A isoenzima CK-MB é a opção mais adequada, especialmente se a dosagem de uma das troponinas não estiver disponível. Esta isoenzima possui elevadas sensibilidade e especificidade para o diagnóstico de lesão do músculo cardíaco.

Existem várias metodologias para dosagem no CK-MB, destacando-se:

Imunoinibição: Metodologia mais empregada para a dosagem da CK-MB. Basea-se na inibição das unidades M com um anticorpo M e na dosagem posterior da fração B da MB circulante, uma vez que a fração BB predomina no cérebro, sendo contidas pelas meninges. Para poder identificar a presença de frações atípicas é recomendável a solicitação de dosagem CK total junto com a CK-MB. Os valores de CK e CK-MB são próximos nesses casos.

Quimioluminescência: Metodologia que emprega um anticorpo monoclonal específico para a fração MB e não sofre interferência de frações atípicas circulantes.

Eletroforese: Metodologia bastante sensível e específica principalmente quando se usa alta voltagem (1450v) possibilitando o fracionamento da CK-MB em CK-MB_1 e CK-MB_2, tornando o diagnóstico mais precoce. Ainda está restrita à pesquisa, por ser uma técnica de alto custo.

Cromatografia em Coluna: É a técnica de separação cuja fase estacionária acontece dentro de um tubo. Utiliza-se uma coluna de vidro aberta na parte superior e munida de uma torneira na extremidade inferior, por onde eflui o líquido. Dentro da coluna encontra-se a fase estacionária constituída por um enchimento sólido no caso da cromatografia de adsorção, ou por uma fase líquida no caso da cromatografia de partição. A fase móvel é líquida em ambos os casos.A ordem das substâncias dependerá da sua polaridade.

Dentre os marcadores clássicos do IAM, a dosagem CK-MB é a mais indicada.

NOVOS MARCADORES

Troponinas

Troponinas são proteínas estruturais envolvidas no processo de contração das fibras musculares esqueléticas e cardíacas. O complexo troponina é composto por três proteínas: troponina T, troponina I e troponina C. Como existem diferenças antigênicas entre as troponinas dos músculos esqueléticos e cardíacos, o uso de anti-soros específicos permite a identificação e quantificação de cada uma delas. As troponinas T e I são consideradas como os marcadores bioquímicos mais específicos e sensíveis para

...

Baixar como (para membros premium)  txt (10.8 Kb)  
Continuar por mais 6 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com