LASER INFRARROJO

LASER INFRAVERMELHO

A palavra LASER em inglês é um acrônimo de ¨Light Amplification by estimulated Emission of Radiation¨ , ou seja, ¨Amplificação da luz por Emissão Estimulada de Radiação¨. O laser é um dispositivo que gera radiação eletromagnética, onde luz e radiação são usadas de forma indistinta.

Por ser uma emissão de luz coerente, monocromática, com grande concentração de energia o laser é capaz de provocar alterações físicas e biológicas. A monocromaticidade significa que a luz laser é composta por fótons, todos da mesma cor e com o mesmo comprimento de onda, por isso não sofrem decomposições quando incidem em um prisma. Essa característica é importante devido à absorção seletiva do tecido humano. Coerência quer dizer que as ondas viajam ordenadamente em relação ao tempo e suas amplitudes são iguais, mantendo-se ao longo do tempo e espaço. Unidirecionalidade) refere-se ao paralelismo existente entre o feixe e o eixo do tubo que produz esse tipo de energia, a luz laser segue uma direção única e praticamente não se diverge. A unidirecionalidade dos fótons em um só sentido e a coerência de emissão é que possibilita a elevada concentração de energia, servindo de base para utilização do laser como instrumento terapêutico (GUIRRO. GUIRRO, 2004).

Em 1917, Einstein desenvolve a teoria quântica e deste modo lança os fundamentos da teoria do laser ao propor o conceito da emissão estimulada. A radiação laser é produzida quando um átomo se encontra no seu estado excitado, cujos elétrons podem retornar a níveis mais baixos de energia á partir da estimulação (colisão) por um fóton incidente. Quando o elétron sofre esse salto quântico e retorna para sua orbita original ele emite um foto de luz com as mesmas características do fóton incidente, caracterizando assim o fenômeno de caracterização estimulada de radiação, o qual sofre um efeito de amplificação, proporcionando uma grande quantidade de fótons idênticos através da rápida excitação do meio gerador de radiação (BAXTER, 19997, LOW REED 2001).

FIGURA 1: Ilustração do espectro eletromagnético. Sendo ë = comprimento de onda e E = Energia do fóton.

O laser é um método terapêutico seletivo e específico que possui uma vasta aplicabilidade, estendendo-se desde as pesquisas cientificas mais fundamentais até benefícios na área da medicina.

Em 1971, Mester e colaboradores introduziram um novo conceito de aplicação clinica do laser terapêutico sugerindo um provável efeito bioestimulante produzido pelo laser (BRUGNERA E PINHEIRO 1990).

O laser terapêutico encontrado na prática clinica e laboratorial encontra- se na faixa do visível e infravermelho, com destaque para o de hélio-neônio (HE-NE), na faixa do visível, e os de arseneto de gálio (GA-As) e os de arseneto de gálio e alumínio (GA-AL-As), também denominados de semi-condutores ou diódicos. O intervalo espectral mais utilizado encontra-se entre os comprimentos de onda entre 630 a 1300nm (nanômetro), constituindo a janela terapêutica para tecidos biológicos (ORTIZ, BRASILEIRO 2004, BAXTER 1997, KITCHEN BAZI 1996).

De acordo com Veçoso (1993) para que a radiação a laser produza efeito sobre o corpo humano é necessário que ela seja absorvida pelo mesmo, ou seja, é necessário que aconteça uma interação das estruturas moleculares e celulares . Para Karu (1987) a energia dos fótons de uma radiação laser absorvida por uma célula será transformada em energia bioquímica, ou seja, a uma direta ativação da síntese de enzimas e essa luz age em especial nas mitocôndrias, lisossomos e membranas. As alterações no potencial de membrana causadas pela energia de fótons no infravermelho produzem efeitos foto-fisícos e foto-elétricos que se traduzem intracelularmente em síntese de ATP (ALMEIDA LOPES, 1999).

O uso clínico do laser infravermelho permitiu a técnica chamada de laser terapia. Segundo Tuner e Hold (2007) laser terapia baseia-se em efeitos fotoquímicos e fotobiológicos nas células denominando o emprego da luz na região do vermelho ou infravermelho