Morador De Rua

Meu projeto está focado em fotos retratando mendigos, moradores de rua. A idéia são retratos, enquadramento

no rosto tornando algo intimista e pessoal. Tenho interesse sobre o assunto já tem muitos anos e mudei

muito a minha percepção sobre eles. Acredito que a fotografia temática social ainda faça muito sentido no

Brasil, devido a nossa situação de pobreza generalizada. Eles estão lá, é da nossa realidade, por mais que na

maior parte do tempo algumas pessoas consigam ignorá-los. “Quando vamos fotografar a cidade, abrimos

os olhos e a mente, e nossa sensibilidade de fotógrafos deixa passar mais que o normal, enxergamos coisas

belas que nunca havíamos percebido, mas também enxergamos a miséria, bem nos olhos.”

Ao mesmo tempo que pretendo sim relatar a desigualdade social e o crescimento desordenado, quero

levantar o questionamento de quais seriam as consequências, opções ou fatores que levaram a pessoa tornarse

moradora de rua. Cada uma dessas pessoas tem uma razão para chegar nesse ponto e marginalizados, os

moradores de rua têm apresentação social de criminosos. Condições precárias de vida, carência material,

abandono, problema psicológico, usuários de drogas, crianças, adolescentes, adultos e idosos, o que inclui

uma série de fatores para cada uma dessas pessoas virarem moradoras de rua.

Minhas duas referências são:

Lee Jeffries: que faz exatamente o que eu tenho em mente, só retratos, com foco nas marcas, cicatrizes, mas

eu não conhecia o trabalho dele, tinha apenas visto algumas imagens e acho apaixonante. Ele é um fotógrafo

amador que ganhou atenção com as suas fotos retratando mendigos, ganho um prêmio de fotografia digital

de 2011, Jeffries retrata na Europa, como Londres, Paris e Roma, e nos Estados Unidos, como Los Angeles

e Nova York.

http://leejeffries.500px.com/

Thiago Fogolin: “Eu venho tanto aqui que quem passa deve achar que eu sou um deles”. Brasileiro, fez

em 2009, na Belas Artes, seu TCC com o tema: “O mundo é sortido, senhor.”- um livro de fotografia de 120

páginas, sobre os moradores de rua que conheceu em andanças pelo Vale do Anhangabaú e imediações da

Grande São Paulo. Hoje tem um acervo fotográfico de mais de 3 mil retratos tirados nas ruas.

“Ele revela a beleza das pessoas do centro, os malucos, os que estão à margem. Força a gente a interpretar

as coisas de outra forma. Onde a gente acha que encontraria só tristeza, a gente vê gente, levando a vida,

enlouquecendo,

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