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Moradores De Rua

Artigo: Moradores De Rua. Pesquise 859.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  9/4/2014  •  2.486 Palavras (10 Páginas)  •  738 Visualizações

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Introdução

Considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória. ( Decreto Nº 7.053 de 23 de dezembro de 2009)

Fortaleza é a capital do estado do Ceará e possui população aproximadamente de 3.597 (2012), em relação á população que vive em situação de rua Fortaleza não se sabe mensurar a totalidade, pois a última pesquisa realizada pelo IBGE foi em 2008 quando foram contabilizados somente 1.701 pessoas em situação de rua, mas podemos perceber que esse número são superiores á esses citados.

Apresentaremos neste trabalho um pequeno pedaço da existência no tempo de moradores de rua, que embora tenham números expressivos em nossa capital, mas muitas vezes são considerados invisíveis no meio da sociedade, sendo esquecidos, ignorados e tratados de forma indiferente pela maioria dos cidadãos.

Muitas das situações de indigência estão associadas a problemas relacionados com atritos e conflitos familiares, toxicodependência, alcoolismo, patologias do foro psiquiátrico (como depressão, distúrbios de ansiedade, perturbações bipolares, psicoses, anorexia, bulimia, entre outros), desemprego, violência, exclusão social, perda da autoestima, entre outros fatores. Os moradores de rua obtêm normalmente os seus rendimentos através de subsídios de sobrevivência estatais ou através da prática da mendicância à porta de igrejas, nos arredores da praça pública, em semáforos ou em locais bastante movimentados como os centros das grandes metrópoles.

Desenvolvimento

Essa pesquisa foi realizada em 2008, sendo que hoje no ano de 2014 Fortaleza não sabe exatamente quantos moradores de rua tem, mas dados extra-oficiais apontam a existência atual de mais de 3.000 pessoas morando nas ruas da cidade , segundo uma matéria publica no jornal o diário do nordeste no dia 18.02.2014 cerca de 100 moradores de rua ocupam a Praça do ferreiro, as árvores servem como casa, bancos como camas e cabides e a fonte como chuveiro e lavanderia de roupas. Quem passa pelo espaço lamenta que os espaços dos bancos são "marcados". "Pode observar, eles botam peças de roupas em vários pontos como marcando o território, sobrando pouca coisa para quem costumava sentar para descansar, conversar ou simplesmente ver o tempo passar", denuncia o aposentado José Henrique Teixeira. Ele conta que há pelo menos 20 anos passa por ali duas vezes na semana. A Praça tem policiamento, e fiscais da Secretaria do Centro (Sercefor) atuam para evitar o comércio ambulante no equipamento, no entanto, eles não podem fazer nada para coibir a presença dos sem tetos. "A praça é pública, e eu posso ficar sim aqui o quanto quiser, pois não tenho para onde ir", declara um deles que não disse o nome.

A Prefeitura de Fortaleza, por meio do Centro Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop, que possui unidades no Centro e Benfica, tem a finalidade de assegurar atendimento e atividades direcionadas ao fortalecimento de vínculos interpessoais e/ou familiares para a construção de novos projetos de vida, desde 2007 das 3.241 pessoas atendidas pelo Centro Pop, 73% afirmaram ser usuárias de substâncias psicoativas, 19% afirmaram que não são usuárias e 8% não quiseram informar. A unidade tem o registro de 644 mulheres, o que significa que o público feminino representa 19% dos adultos que procuram o centro. E 4500 moradores de rua disputam 70 vagas em casas de acolhimento todos os dias. De acordo com a Setra, o perfil de maior incidência na população de rua é o de homens com idade entre 26 e 35 anos, ensino fundamental incompleto, com origem de Fortaleza, com vínculo familiar fragilizado ou rompido, e que não desenvolve nenhum tipo de trabalho/renda. Além disso, as drogas, principalmente o crack, fazem parte do dia a dia de grande parte deles. Sabemos muito bem que os abrigos são insuficientes para atender a demanda dessa população que a cada dia cresce, mas haverá uma ampliação nos mesmo, serão construídos mais um centro pop e a Setra também aguarda pela promessa da Prefeitura de Fortaleza da instalação de banheiros erestaurantes populares. O secretário confia em uma parceria envolvendo a pasta e as regionais da Capital. "As principais reclamações dos moradores de rua é a falta de banheiros e de alimentos nos fins de semana e feriados. Estamos estruturando uma política de segurança alimentar.

Existem muitas ONGs (Organizações Não Governamentais) que ajudam esses moradores de ruas das mais diferentes formas, como disponibilizando locais para dormir, lavar ruas roupas, tomar banho e ainda há pessoas que realizam distribuição de sopas todas as noites, fazendo com que os que não conseguiram um lugar para dormir pelo ao menos se alimentem antes de enfrentar a noite.

Ainda segundo a pesquisa realizada, os principais motivos pelos quais essas pessoas passaram a morar na rua se referem ao alcoolismo ou ao uso de drogas (13%), problemas familiares (12,9%) e desemprego (12.1%) sendo que 38% dos entrevistados preferiram não responder a esta questão. Eu procurei a Pastoral do Povo de rua e conversei com a Senhora Fernanda e ele me disse o seguinte: “essa pesquisa foi muito cruel com a população de rua porque ela planta mais de 12% vão para rua por conta das drogas, essa pesquisa a Pastoral do Povo de rua e as entidades que conhecem essa população de rua não concordam porque quando agente encontras as pessoas em situação de rua, que conhece, conversa, escuta suas historias, olha no olho, faz com elas um caminho de volta, agente percebe que nem sempre são é as drogas e nem o álcool, essas pessoas vem para rua a partir de uma quebra, uma ruptura dos vínculos familiares”.

Art. 5o São princípios da Política Nacional para a População em Situação de Rua, além da igualdade e equidade:

I - respeito à dignidade da pessoa humana;

II - direito à convivência familiar e comunitária;

III - valorização e respeito à vida e à cidadania;

IV - atendimento humanizado e universalizado; e

V - respeito às condições sociais

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