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O Amor Nos Tempos Do Colera

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Por:   •  28/8/2014  •  833 Palavras (4 Páginas)  •  691 Visualizações

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Um romance de realismo fantástico que fala sobre um amor sem barreiras num cenário de uma pequena cidade do Caribe em fins do século XIX. O amor de dois jovens e suas cartas transbordando de emoção e lirismo são interrompidas pelos preconceitos e hipocrisias da sociedade da época. Florentino Ariza jura amor eterno a Fermina Paza e mesmo quando sua amada casa-se com Juvenal Urbino, sua jura persiste e espera 53 anos, 7 meses e 11 dias, quando seu rival morre, para ter seu amor em seus braços.

A obra remete a uma pertinente reflexão, afinal como e a até que ponto o amor e o cólera estão entrelaçados, visto que essa doença está como pano de fundo dessa obra literária. O cólera é uma diarreia aguda causada por uma bactéria, que se multiplica rapidamente na luz intestinal, acarretando diarreia de tal intensidade que se torna frequentemente mortal.

O sentimento do amor do personagem Florentino Ariza nasce no momento em que ele vê Fermina Daza pela primeira vez, isso pode ser visualizado no seguinte discurso:

“mas a menina levantou a vista para ver quem passava pela janela, e esse olhar casual foi à origem de um cataclismo de amor que meio século depois não tinha terminado ainda”. (GARCÍA MÁRQUEZ, 1985, p. 74)

Neste momento, aquele homem foi contagiado pela doença, mas sendo a do cólera do

amor, visto que em várias passagens do livro essa analogia pode ser constatada. Por exemplo:

Antes que Florentino Ariza lhe contasse que tinha visto, sua mãe já o descobrira, porque

ele perdeu a fala e o apetite e passava as noites em claro rolando na cama, mas quando

começou a esperar a resposta à sua primeira carta, sua ansiedade se complicou com

caganeiras e vômitos verdes, perdeu o sentido da orientação e passou a sofrer desmaios

repentinos, e a mãe se aterrorizou porque seu estado não se parecia com as desordens do

amor e sim com os estragos da cólera. (GARCÍA MÁRQUEZ, 1985, p. 81)

Os sintomas daquela doença só aumentavam e pioravam o estado da saúde amoroso

daquele homem, comprometendo de certo modo sua sanidade mental, visto que chegou a comer plantas e a beber perfume, pois ao fazer isto, tinha a sensação que estava provando do saber da sua amada Fermina Daza.

Foi essa a época em que cedeu aos ímpetos de comer as gardênias que Trânsito Arizo

cultivava nos canteiros do pátio, e desse modo conheceu o sabor de Fermina Daza. Foi

também a época em que encontrou por acaso num baú de sua mãe frasco de um litro da

água de colônia [...] não resistiu à tentação de prová-la para buscar outros sabores da

mulher amada. Continuou bebendo do frasco até o amanhecer, embebedando-se de

Fermina Daza com goles abrasivos, primeiro nas tascas do porto e depois absorto no mar,

que contemplava do cais onde faziam amores precários os amantes sem teto, até que

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