TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

Obesidade

Artigo: Obesidade. Pesquise 860.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  27/8/2014  •  Artigo  •  1.203 Palavras (5 Páginas)  •  418 Visualizações

Página 1 de 5

A obesidade infantil é uma doença nutricional que tem gerado muita preocupação por parte dos médicos, não só pelo grande aumento na sua freqüência mas também por suas conseqüências sociais, psicológicas e orgânicas. Torna-se cada vez mais importante a prevenção e tratamento precoces, devido as ligações que a O.I. (obesidade infantil) apresenta com doenças da vida adulta, como hipertensão arterial, diabetes e doenças cardiovasculares; além de alterações ortopédicas e dermatológicas. São comuns alterações como hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, micoses, estrias, deslizamento de cabeça de fêmur, osteocondrite de joelho, etc...

Estudos realizados nos EUA demonstram uma prevalência entre 10 e 30% de O.I., com um aumento de 50% nos últimos 20 anos. No Brasil, mais de 15% das crianças são obesas e 50% estão acima do peso ideal. Menos de 3% destas crianças apresentam alguma alteração endócrina ou metabólica, sendo que mais de 95% são obesas devido a causas exógenas, como excesso de alimentação e/ou falta de atividade física.

Nos países industrializados, a maior incidência de O.I. encontra-se entre as populações de baixa renda, devido a falta de acesso a programas educacionais e ao consumo de alimentos de baixo custo, que têm maior valor energético. Já nos países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, a O.I. surge como um grave problema entre as classes sociais mais privilegiadas, pois o estilo de vida urbano favorece o sedentarismo. A carência de espaços para a realização de atividades esportivas e o medo da violência nas ruas faz com que as crianças passem boa parte do tempo dentro de suas residências, frente à TV, computadores e videogames, atividades estas que gastam pouca energia e favorecem o consumo de alimentos.

? consenso que cerca de 70% das crianças obesas se transformarão em adultos obesos e que boa parte delas têm pelo menos um dos pais portadores desta distrofia. O risco para a obesidade é tanto maior quanto mais velha for a criança, mais intensa for a doença e quando ela estiver presente também em seus pais. Além disso, o adulto cuja obesidade iniciou-se na infância apresenta maior dificuldade em relação à perda de peso.

Os fatores genéticos são os grandes determinantes da doença, mas ela pode ser decorrente também de fatores culturais e psicossociais. A obesidade só ocorre quando houver um desequilíbrio ente a ingestão e o consumo de energia. Portanto, é necessária a presença de um ambiente favorecedor; e a maior oferta calórica é o principal fator para este desequilíbrio.

Problemas psicológicos também estão presentes na gênese da obesidade infantil, pois podem alterar o comportamento da criança em relação aos alimentos, transformando-os em símbolo de segurança e afeto. Muitas vezes, uma alteração de comportamento leva a criança a isolar-se, realizando menos atividade física e com isso facilitando o ganho de peso.

Existem vários índices para avaliar a obesidade infantil, porém o mais utilizado pelos pediatras são: o acompanhamento da curva de crescimento realizado durante as consultas de rotina e o Öndice de Massa Corpórea (IMC). Nestas avaliações pode-se estimar uma tendência precoce à doença e iniciar condutas de prevenção, o que é ainda o melhor tratamento.

O objetivo final desse tratamento é a mudança no estilo de vida de toda a família e sua participação é fundamental para a obtenção de bons resultados.

A abordagem deve ser multidisciplinar, envolvendo acompanhamentos pediátricos, nutricionais, psicológicos e atividade física regular para todas as crianças; sempre por profissionais especializados nesta área. Visa-se à diminuição da relação entre o Peso e a Altura da criança sem que haja alteração da velocidade de crescimento. Na obesidade leve e moderada o objetivo é diminuir o ganho de peso e não reduzi-lo, visto que a criança estando em crescimento haverá uma normalização natural da relação peso/altura; e somente na obesidade grave necessitamos de diminuição de peso.

* Lílian Simone Gonçalves Zaboto é pediatra e atua em Puericultura e Obesidade Infanto-juvenil.

** Artigo originalmente publicado no site Obesidade na Infância.

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

--------------------------------------------------------------------------------

Tags:

Altura, Artigo, Brasil, Estudos, Existem, Lílian, Massa, Obesidade, Problemas, TV

Perfil:

PDI

Notícias relacionadas

5 lições de carreira difíceis de aprender

Faça o download grátis da obra Os Maias, de Eça de Queirós

Reforço da memória acontece no período de ondas lentas do sono, aponta pesquisa

Bolsas relacionadas

Concurso MMIRG

Programa Top España 2014

Programa Top China 2014

Cursos relacionados

...

Baixar como (para membros premium)  txt (7.5 Kb)  
Continuar por mais 4 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com