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Os Tubarões e Rais do Brasil

Por:   •  2/12/2020  •  Pesquisas Acadêmicas  •  2.915 Palavras (12 Páginas)  •  162 Visualizações

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TUBARÕES E RAIAS DO BRASIL

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 1

2 TUBARÕES E RAIAS DO BRASIL 2

2.1 RAIAS 2

2.2 TUBARÕES 3

2.2.1 Ataques de tubarões 5

2.3 DIVERSIDADE E ECOLOGIA 6

3 RISCOS DE EXTINÇÃO 7

4 CONCLUSÃO 8

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9

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1. INTRODUÇÃO

Aproximadamente 1.100 espécies de Chondrichthyes (tubarões, raias e quimeras) são hoje conhecidas no mundo, o inventário faunístico mais recente para águas brasileiras compilou a ocorrência de 160 espécies de elasmobrânquios (tubarões e raias). Entretanto, o conhecimento pleno da riqueza de espécies de Chondrichthyes no Brasil ainda está longe de ser alcançada porque faltam pesquisas no campo de inventários faunísticos e isto se deve à falta de recursos para pesquisa e conservação (QUIEROZ et al., 2008).

Tubarões e raias são predadores, utilizando de presas pelágicas de grande porte (peixes, tartarugas, mamíferos aquáticos) à presas pequenas como invertebrados com exoesqueleto duro que trituram com dentes achatados (caso das raias), e mesmo plâncton (filtradores – tubarão-baleia, mantas) (POUGH et al., 2008).

Em termos da costa brasileira como um todo, desde 1977 foram descritas 15 novas espécies de elasmobrânquios marinhos no Brasil ou que ocorrem também no Brasil, das quais 13 no Sudeste e Sul e duas do Norte e Nordeste (ROSA & GADIG, 2014). Tubarões e raias estão distribuídos em todos os oceanos, em águas tropicais, subtropicais, temperadas e frias. Podem ocorrer desde regiões costeiras até grandes profundidades, ocupando numerosos ambientes como recifes de coral, estuários e águas oceânicas, desde a superfície até áreas profundas (BORNATOWSKI & ABILHOA, 2012).

A América do Sul apresenta um grande número de espécies de peixes tropicais de água doce, dentre os quais encontramos também uma grande variedade de raias de água doce. Estas raias habitam a maioria dos sistemas hídricos das regiões tropicais da América do Sul. As primeiras citações de elasmobrânquios para a costa do Brasil são encontradas nas cartas de Pero Vaz de Caminha, quando considera a biota marinha do sul da Bahia (LOWE-McCONNELL, 1998).

Em seu ambiente natural, a maior ameaça a estes animais é a atividade antrópica. Muitas populações de elasmobrânquios em todo o mundo estão em depleção devido à pesca, com algumas espécies já ameaçadas de extinção. Isto acontece devido a quatro fatores: 1) a degradação dos ambientes costeiros em que se desenvolvem; 2) a captura acidental (by-catch) e, nos últimos anos, dirigida; 3) o aumento do esforço de pesca, e ainda pela 4) estratégia de vida das espécies (CAMHI et al., 1998).

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2. TUBARÕES E RAIAS DO BRASIL

Tubarões e raias são animais que estão amplamente distribuídos em todos os oceanos do planeta, e podem ocorrer em muitas regiões variadas, desde áreas costeiras até grandes profundidades, ocupando numerosos ambientes. É estimado que, no mundo inteiro, são conhecidas cerca de 500 espécies de tubarões e 570 espécies de raias. E entre esse total há aproximadamente 136 espécies que ocorrem nas regiões costeiras do Brasil. Há cerca de 81 espécies de tubarões e 55 espécies de raias brasileiras. Esses números podem variar do local onde a espécie foi descoberta (BORNATOWSKI & ABILHOA, 2012).

1. RAIAS

As raias normalmente vivem solitárias, deitadas junto ao fundo marítimo. É um peixe achatado no sentido dorsoventral com suas barbatanas peitorais expandindo-se e ligando-se à cabeça, gerando formas triangulares, que se assemelham a asas. As raias "típicas" têm as barbatanas peitorais como uma extensão do corpo, de forma arredondada ou em losango, pelo que se refere ao seu corpo como o "disco". Podem formar pequenos grupos durante a época da migração. Alimentam-se de moluscos, crustáceos e pequenos peixes. Espécie ovovivípara que costumam produzirem de 2 a 4 filhotes a cada vez (NETO & JUNIOR, 2010).

As espécies de água doce são originárias da Bacia Amazônica, da Bacia do Prata e dos rios do sistema Orinoco na América do Sul. No caso do Brasil, estes peixes localizam-se em maior número no vale médio do Rio Negro no estado do Amazonas, Região Norte, como, por exemplo, as raias dos gêneros Potamotrygon e Plesiotrygon (NETO & JUNIOR, 2010).

Não é sempre que dá para encontrar raias nas águas brasileiras, além de lugares certos, como foi citado anteriormente, tem o período que é mais fácil de vê-las. Elas costumam aparecer no litoral do sudeste no inverno, é muito comum vê-las no Parque Estadual Marinho da Laje de Santos. Segundo estudos sobre esse animal, seria um momento de reunião reprodutiva (NETO & JUNIOR, 2010).

* Raia de Fogo (Potamotrygon motoro)

Oriunda do Brasil, no rio Tocantins, a Raia de Fogo é uma das 3 espécies de raias pretas existentes. Atinge mais de 60 cm de diâmetro em adultos. As manchas no corpo destas arraias são compostas por um círculo claro cercado por um anel escuro exterior. Padronização é altamente variável, talvez para combinar com os habitats diferentes em que estes ocorrem peixes (CANTINI, 2008).

Reproduz por método sexuado (fecundação), e apresenta um período de gestação varia entre 26 e 28 semanas, dando origem em média 7 espécimes com cerca de 6 a 10cm. O macho apresenta o clásper, um par de órgãos sexuais, localizado entre a nadadeira anal. A amplitude etária para os machos é de 4 anos. O acasalamento entre essa espécie é difícil em aquários, mas na natureza ocorre em setembro e outubro, com ele arraias jovens nascendo cerca de cinco meses depois (BORNATOWSKI & ABILHOA, 2012).

Seus habitats naturais são rios e lagos, além de habitarem as águas costeiras quentes, principalmente sobre fundos de coral, pedras e algas calcáreas. É uma das poucas espécies

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