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PAPEL DO ENFERMEIRO EM HEMOTERAPIA

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Por:   •  13/9/2013  •  3.719 Palavras (15 Páginas)  •  1.668 Visualizações

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PAPEL DO ENFERMEIRO EM HEMOTERAPIA

JUNDIAÍ

2011

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

GRACIELI DE OLIVEIRA PAULO

MARLI DAMASIO

ROBERTA PANEGOSSIO EDER

ORIENTADOR: Profº. José Paulo Muniz, MBA em Administração hospitalar e auditoria, Docência em Pedagogia em ensino superior.

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Enfermagem do Centro Universitário Padre Anchieta para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

JUNDIAÍ

2011

Resumo

A qualidade alcançada pelos serviços de hemoterapia no Brasil e o desafio apresentado ao enfermeiro para se adequar a essa evolução, associados à carência de conhecimentos específicos motivaram essa revisão. Foi realizado um estudo de revisão bibliográfica, através da análise de artigos científicos já publicados, material disponível pela Internet, livros no período de 2005 à 2010. O estudo apontou a atuação do enfermeiro na triagem e na equipe transfusional. O enfermeiro, na triagem, desenvolve atividades de acolhimento, acolhendo e informando os usuários sobre questões referentes à doação de sangue. Identificou-se a realização de um trabalho em equipe nas quais os profissionais atuam articuladamente para atingir um objetivo comum. O enfermeiro sente-se valorizado no trabalho, e a educação permanente em saúde é apontada como a possibilidade de aquisição contínua de habilidades e competências para o processo de trabalho da enfermagem em serviços de hemoterapia. A escassez de trabalhos científicos, que contempla o papel do enfermeiro na hemoterapia do séc. XXI, aponta para a necessidade de uma discussão junto às universidades/faculdades para uma assistência hemoterápica de qualidade. A inserção da hemoterapia transfusional dentro das disciplinas de semiologia e semiotécnica estaria preparando melhor o graduando, proporcionando segurança para trabalhar nessa área e assegurando a qualidade dos serviços prestados.

Palavras chave: Hemoterapia; Enfermagem, Transfusão de Sangue, Papel do Profissional de Enfermagem.

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1. Introdução

A hemoterapia é uma especialidade da área da saúde que envolve conhecimentos específicos. É considerada como uma dos ramos mais recente da ciência de laboratório, considerando que, somente há cerca de 80 anos atrás, os grupos sanguíneos foram descobertos e alguns deles foram identificados, apenas, nos últimos 30 anos (Bordin et al, 2007) .

Na Antigüidade, o sangue era concebido como fluido vital que além de vida proporcionava juventude. Por isso, os povos primitivos untavam-se, banhavam-se e bebiam o sangue de jovens e corajosos guerreiros, esperando adquirir suas qualidades. E hoje o sangue é transfundido como uma das formas de preservar sua vida (Perelma et al, 2010).

O pioneirismo das transfusões artesanais realizadas por alguns cirurgiões, na tentativa de salvar vidas, marcou o início da história da hemoterapia. Hoje se vive uma prática comprometida com a excelência. Profissionais treinados em captação de candidatos trabalham enfatizando as doações voluntárias, altruístas e não remuneradas. São cuidadosos na ênfase dada aos comportamentos de risco para doenças sexualmente transmissíveis, ou contato com sangue contaminado (usuários de drogas ilegais injetáveis) (Ferreira, 2007).

A hemoterapia, ou medicina transfusional, vem assumindo um papel de extrema importância na medicina moderna. O surgimento de uma legislação própria, que propiciou, entre outros fatores, o fim da doação remunerada de sangue, possibilitou o aparecimento dos hemocentros e da rede pública hemoterápica nos estados brasileiros. Dentre os fatores que contribuíram para o avanço da hemoterapia no país, podem-se citar os fatores econômicos, o desenvolvimento da genética molecular e biotecnologia, a terapia celular, a inovação de equipamentos, a automação e computação, os sistemas da qualidade e o interesse do hemoterapeuta por áreas científicas de ponta. Não se pode olvidar o impacto que a pandemia do vírus da imunodeficiência humana causou nos processos hemoterápicos, da seleção de doadores a testes laboratoriais (Florizano e Fraga, 2007).

A hemoterapia é uma especialidade da medicina que atua de forma interdisciplinar, reunindo médicos, enfermeiros, bioquímicos e assistentes sociais entre outros profissionais da área da saúde (Camargo, 2007).

O papel da enfermagem em hemoterapia era irrelevante no passado e os serviços prestados eram realizados por técnicos de laboratórios (dados não publicados). Nas últimas décadas, principalmente a partir dos anos 90, houve profundas mudanças em relação à prática assistencial hemoterápica. A presença do profissional com conhecimento específico na área de atuação tornou-se fundamental. A enfermagem não ficou alheia a essa mudança e passou a desenvolver atividades em várias áreas: triagem clínica do doador, coleta de sangue, procedimento transfusional de hecomponentes e aplicação de hemoderivados (Benetti e Lenardt, 2006).

Como profissional responsável pelo serviço de hemoterapia, o enfermeiro presta assistência, orienta e supervisiona o doador de sangue, durante o processo hemoterápico nas possíveis intercorrências, elabora a prescrição de enfermagem necessária nas etapas do processo hemoterápico, avalia e realiza a evolução do doador e do receptor junto à equipe multiprofissional, executa e/ou supervisiona a administração e monitoração da infusão de hemocomponentes e hemoderivados, detecta as eventuais reações adversas, registra informações

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