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Paralisia Cerebral

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Por:   •  19/3/2015  •  790 Palavras (4 Páginas)  •  426 Visualizações

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FISIOPATOLOGIA

A paralisia cerebral é um distúrbio sensoriomotor que afeta o controle da postura e do movimento. Os sinais estão presentes desde o inicio da vida. Refere-se a uma falta de oxigênio ou a alguma lesão relacionada ao cérebro ocorrida antes, durante ou logo depois do nascimento.

A criança freqüentemente tem problemas de percepção e de aprendizagem, assim como privação evolutiva dos movimentos e dificuldades funcionais da visão.

INCIDÊNCIA

A incidência está entre 1,5 e 2,5 por 1000 nascidos vivos nos países desenvolvidos, mas há relatos de incidência geral, incluindo todas as formas de 7:1000. No Brasil não há estudos conclusivos a respeito e a incidência depende do critério diagnóstico de cada estudo, sendo assim, presume-se uma incidência elevada devido aos poucos cuidados com as gestantes.

FORMAS DE PARALISIA CEREBRAL

Hemiparesia Espástica

A hemiparesia (hemiplegia) decorre de uma lesão do sistema corticoespinhal de um hemisfério cerebral. Uma causa comum é o acidente vascular cerebral no período intra-uterino. Acidentes vasculares também podem acontecer durante o processo do parto e no período neonatal. Outra causa comum é a hemorragia intraventricular, que ocorrem lactantes prematuros pequenos.

Tipicamente a hemiparesia compromete mais o membro superior; o braço e a perna são mais curtos e mais finos e pode haver uma escoliose compensatória. Acompanha-se de sinais espasticidade, hiper-reflexia e sinal de Babinski. O paciente assume atitude em semiflexão do membro superior, permanecendo o membro inferior hiperestendido e aduzido, e o pé em postura eqüinovara.

Diplegia ou Diparesia Espástica

A espasticidade predomina nas pernas, afetando com menor gravidade as mãos e a face. Os reflexos tendinosos são hiperativos e os artelhos e mostram virados para cima. As causas mais comuns são prematuridade com hemorragias bilaterais na matriz germinal. Um espasmo adutor é responsável pelas pernas em tesoura, e espasticidade acentuada pode impedir a deambulação.

Tetraplegia Espástica

É a variante mais grave de PC, associada freqüentemente a deficiência mental moderada a grave. Ela denota uma lesão difusa ou malformação no cérebro. Em alguns casos causam hemiplegia dupla, com as mãos mais gravemente atingidas que as pernas. Raramente conseguem andar, muitas são totalmente dependentes e necessitam de cadeira de rodas com suporte para pescoço e tronco.

PC Hipotônica

São flácidas, porém a maioria tem reflexos tendinosos hiperativos, geralmente há uma deficiência mental grave, com evidências de envolvimento cerebral difuso como, por exemplo, uma malformação grave.

PC Discinética

Movimentos involuntários anormais, incluindo atetose, coreoatetose ou distonia. A maioria dos casos ocorre após a hiperbilirrubinemia neonatal ou anoxia grave.

PC Atáxica

É rara e significa geralmente um desenvolvimento deficiente do cerebelo ou de suas vias. Ataxia do tronco e da marcha compromete mais que ataxia dos membros, mas algumas crianças levam muito tempo para aprender a se alimentar e tem muita dificuldade em aprender a escrever.

PC Mista

Refere-se à combinação de PC discinética com espástica ou de ataxia com atetose.

Além do distúrbio motor, obrigatório para a caracterização da paralisia cerebral, o quadro clínico pode incluir também outras manifestações como: deficiência mental, epilepsia, distúrbio visual e da linguagem, distúrbio de comportamento e ortopédicos.

DIAGNÓSTICO

Freqüentemente envolve retardo ou atraso no desenvolvimento motor, persistência de reflexos primitivos, presença de reflexos anormais.

Uma anamnese e exame físico devem eliminar a possibilidade de distúrbios progressivo do sistema Nervoso Central, incluindo as doenças degenerativas, tumor da medula espinhal ou distrofia muscular. Um eletroencefalograma (EEG) e tomografia computadorizada (TC) iniciais podem ser indicados para determinar a localização e extensão das lesões ou malformações congênitas associadas. Exames adicionais como testes das funções auditiva e visual.

PROGNÓSTICO

Depende do grau de dificuldade motora, da intensidade das retrações e deformidades esqueléticas. Mesmo que o quadro motor seja de bom prognóstico, existem três outros fatores que interferem no desempenho futuro do paciente: o grau de deficiência mental, o número de crises epilépticas e a intensidade do distúrbio de comportamento. Os pacientes com deficiência mental moderada ou grave, com epilepsia de difícil controle ou com atitudes negativistas ou agressivas, não tem condições de responder a reabilitação satisfatoriamente.

TRATAMENTO MÉDICO

Devem ser encaminhadas a um centro de avaliação especializado logo que sejam identificadas. Devem ser submetidas a estudos de neuroimagens para determinar a base do transtorno motor, a audição deve ser testada, a visão deve ser avaliada, pois muitas crianças com PC têm estrabismo e miopia. Avaliação das capacidades de comunicação e cognição. Avaliar se há necessidade de procedimento cirúrgico, como injeções de toxina botulínica, liberação de tendões ou transplantes.

TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Essencial para treinar a deambulação, controle postural, controle do equilíbrio, mudança de posição, alongar músculos espásticos e prevenir deformidades, estimular atividade de vida diária, orientação aos familiares de como proceder em casa, estimulo proprioceptivo e sensorial, transferência de peso.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ROWLAND, P. L. Merritt: tratado de neurologia. 11ª Ed. New York: Guanabara Koogan, 2007, p. 683-692.

UMPHRED, A. D. Reabilitação Neurológica. 4ª Ed. Califórnia: Manole, 2004, p. 272-279

LEITE, S. R. M. J.; PRADO, F. G. Paralisia Cerebral: aspectos fisioterapêuticos clínicos. Disponível em: <http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2001/Pages%20from%20RN%2012%2001-7.pdf>. Acesso em: 18 ago. 2013.

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