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Problemas De Anestesa

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Por:   •  27/12/2013  •  1.153 Palavras (5 Páginas)  •  294 Visualizações

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Zonas e tipos de crescimento do Complexo Cranio-facial

Para compreendermos o crescimento de qualquer parte do organismo, precisamos de conhecer:

1. As zonas/lugares de crescimento;

2. O tipo de crescimento que se produz nesse lugar;

3. Os factores que determinam/controlam esse crescimento.

Existem 4 regiões que crescem de forma bastante diferente:

1. Abóbada craniana (os ossos que cobrem a superfície externa e interna do cérebro);

2. Base do crânio (abaixo do cérebro, que também é a linha divisória entre o crânio e a cara);

3. Maxilar/Complexo naso-maxilar (constituído por nariz, maxilar e pequenos ossos associados);

4. Mandíbula.

1. ABÓBADA CRANIANA

É constituída por ossos planos que se originam por ossificação intramembranosa, sem interposição de cartilagem.

O processo de crescimento é na sua totalidade o resultado da actividade perióstica na superfície destes ossos.

A remodelação e o crescimento produzem-se fundamentalmente nas suturas cranianas (zonas de contacto recobertas de periósteo que existem entre os ossos cranianos contíguos). No entanto, a actividade perióstica também modifica as superfícies internas e externas destes ossos planos.

Ao nascer, os ossos planos do crânio estão bastante separados por tecido conjuntivo intermédio relativamente laxo. Estes espaços abertos, ou fontanelas, permitem que o crânio se deforme bastante no momento do parto. Isto é muito importante para que a cabeça (relativamente maior) possa descer no parto.

Após o nascimento, a aposição de ossos ao longo dos bordos das fontanelas vai eliminando estes espaços abertos com muita rapidez, se bem que os ossos permaneçam separados durante muitos anos por uma sutura delgada coberta de periósteo, que se funde na idade adulta.

Apesar do seu pequeno tamanho, a aposição do osso neoformado nestas suturas é o principal mecanismo para o crescimento da abóbada craniana. Ainda que a maior parte desse crescimento se produza ao nível das suturas, existe uma tendência para eliminar osso da superfície interna da abóbada craniana, ao mesmo tempo que se acrescenta osso neoformado na superfície externa (esta remodelação das superfícies interna e externa permite modificar o contorno durante o crescimento).

2. BASE DO CRÂNIO

Os ossos da base do crânio, ao contrário da abóbada craniana, formam-se a partir de cartilagem e ossificação através de ossificação endocondral. Isto afecta, de uma forma especial, as estruturas da linha média. A base do crânio é, fundamentalmente, uma estrutura da linha média.

Os centros de ossificação do condrocrânio aparecem no começo da vida embrionária, marcando a localização definitiva dos ossos occipital, esfenóide e etmóide, que constituem a base do crânio.

À medida que avança a ossificação, persistem entre os centros de ossificação sincondroses (articulação por meio de cartilagem), que são franjas de cartilagem.

As sincondrose de crescimento mais importantes são:

• Sincondrose esfenooccipital;

• Sincondrose interesfenoidal;

• Sincondrose esfenoetmoidal.

Histologicamente, uma sincondrose parece uma placa epifisária de 2 caras. A zona entre os ossos é formada por cartilagem em crescimento. A sincondrose tem uma zona de hiperplasia celular no centro, com franjas de condrócitos em maturação que se estendem em ambas as direcções que acabam por serem substituídas por osso.

Uma diferença importante com os ossos das extremidades é que os ossos da base do crânio desenvolvem-se como articulações imóveis, ao contrário dos ossos das extremidades. Assim, a base do crânio parece-se mais com um osso longo, excepto pela presença de múltiplas sincondroses semelhantes a placas epifisárias.

As suturas cobertas por periósteo que existem noutros pontos, e que não contêm cartilagem, diferem muito das sincondroses cartilagíneas.

3. MAXILAR/COMPLEXO NASO-MAXILAR

O maxilar desenvolve-se por completo após o nascimento por ossificação intramembranosa. Dado que não se produz substituição de cartilagem, o crescimento produz-se de 2 formas:

• Por aposição do osso ao nível das suturas que ligam o maxilar com o crânio e a base do crânio;

• Por remodelação superficial.

Para além disso, ao contrário da abóbada craniana, as alterações superficiais que se observam no maxilar são bastante chamativos e tão importante como os que se produzem nas suturas. O maxilar é empurrado para frente devido ao crescimento da base do crânio, que se encontra por detrás do maxilar.

O padrão de crescimento da cara implica um crescimento” para fora desde debaixo do crânio”, o que significa que o maxilar cresce a uma distância considerável para baixo e para fora em relação ao crânio e base do crânio. Isto ocorro de 2 maneiras:

a) O

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