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Proporção Aurea

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Por:   •  5/11/2014  •  1.117 Palavras (5 Páginas)  •  425 Visualizações

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Proporção áurea

A Razão Áurea representa a mais agradável proporção entre dois segmentos ou duas medidas.

A proporção áurea foi muito usada na arte, em obras como O Nascimento de Vênus, quadro de Botticelli, em que Afrodite está na proporção áurea. Essa proporção estaria ali aplicada pelo motivo de o autor representar a perfeição da beleza.

Em O Sacramento da Última Ceia, de Salvador Dalí, as dimensões do quadro (aproximadamente 270 cm × 167 cm) estão numa Razão Áurea entre si. Na história da arte renascentista, a perfeição da beleza em quadros foi bastante explorada com base nessa constante. Vários pintores e escultores lançaram mão das possibilidades que a proporção lhes dava para retratar a realidade com mais perfeição.

A divisão áurea por detrás do olhar de Mona Lisa

Mona Lisa é uma pintura, do mestre Leonardo da Vinci, das mais intrigantes da História da Arte. O presente ensaio gráfico sugere que ele teria usado uma malha geométrica (grid) na estrutura do quadro, partindo da simetria dos eixos (vertical e horizontal), em comunhão com a proporção áurea (divisão áurea ou divina proporção), a qual teria sido utilizada na segunda parte do processo.

Para atingir-se a porção áurea de um segmento, é necessário que o mesmo seja multiplicado por 0,618[1] (também conhecido como número de ouro). A fim de facilitar o entendimento, parte-se de números exatos, desse modo, para uma medida de 10 unidades, o seu segmento áureo deverá medir 6,18 unidades.

Traçado geométrico da divisão áurea

Fig. 1. Determinação do segmento áureo.

A princípio o quadro será dividido em quatro partes iguais. Vê-se que o eixo de simetria vertical - que parte do ponto médio - passa pelo olho esquerdo de Mona Lisa, tangenciando a íris no lado interno.

Fig. 2. O eixo vertical de simetria passa pelo olho esquerdo da figura.

Após a divisão simétrica, a divisão áurea será aplicada na parte superior do quadro, por três vezes consecutivas, até que se chegue à altura dos olhos. Na primeira construção geométrica da divisão áurea, observa-se que a linha passa pela boca da modelo.

Fig. 3. A primeira divisão áurea passa pela boca da modelo.

Na segunda divisão áurea (num processo espelhado), vê-se que o traçado geométrico passa pela testa de Mona Lisa, dando a impressão de que esse traçado não leva a lugar algum. Mas isso é apenas uma impressão passageira, antes da terceira construção.

Fig. 4. A segunda divisão áurea passa pela testa da modelo.

A terceira divisão áurea envolve os dois traçados anteriores e determina de forma muito aproximada, a altura dos olhos de Mona Lisa. O fato de o olho esquerdo estar sobre a linha central contribui para a modelo pareça estar olhando para quem a observa. A posição do tronco e a torção da cabeça participam do “efeito”.

Fig. 5. A terceira subdivisão áurea determina a altura dos olhos.

Ao traçar-se a divisão áurea da base do quadro, é possível ver que a linha passa pelo canto do olho direito da figura, acomodando o olhar da modelo entre a linha divisória central e as divisões áureas do grid que foi sendo estabelecido.

Fig. 6. Os olhos de Mona Lisa estão compreendidos num grid geométrico.

É difícil supor que Da Vinci não tenha feito algumas construções geométricas propositais, mesmo que não tenha se preocupado com a precisão cirúrgica, pois a pintura goza de uma liberdade de expressão.

Além de ter estreado a técnica do Sfumatto; ter abordado um retrato de forma inovadora, preferindo o meio corpo contra uma paisagem, em vez de um simples busto; ter pintado um sorriso que varia de acordo com o estado emocional de quem observa a figura; Leonardo usou um grid que contém simetria e proporções áureas, agregando uma dimensão espiritual ao olhar de Mona Lisa, pois o mestre florentino acreditava que os olhos eram a janela da alma.

As posições da cabeça, dos ombros, dos braços e das mãos sugerem uma estrutura piramidal (figura 7), do mesmo tipo que pode ser encontrada na pintura “A Virgem dos Rochedos”.

Com o desenho geométrico da divisão áurea na base da tela, com os eixos de simetria, com as subdivisões áureas, e ainda com a estrutura piramidal da pose da modelo, têm-se um grid dinâmico e harmonioso. Mesmo com todas essas análises não se pode afirmar que Leonardo lançou mão de régua e compasso para compor Mona Lisa, até porque ele provavelmente tinha talento e experiência suficientes para buscar essas relações de proporção de forma intuitiva.

Fig.

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