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RELATÓRIO DE TIPAGEM SANGUÍNEA

Por:   •  20/2/2018  •  Relatório de pesquisa  •  1.274 Palavras (6 Páginas)  •  1.014 Visualizações

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

CAMPUS JOÃO PESSOA

SAMARA LAVÍNNYA SERRANO DE SOUZA ARAÚJO

RELATÓRIO

João Pessoa

2018


RELATÓRIO

        No dia 1 de fevereiro de 2018, foi realizada em duplas, no laboratório de biologia do Instituo Federal da Paraíba (IFPB), uma aula prática sobre o sistema ABO e Rh, tendo como principal objetivo a realização da tipagem sanguínea dos colegas de classe e uma análise do próprio tipo sanguíneo. Com esse procedimento foi possível conhecer mais a fundo o funcionamento da tipagem sanguínea e aprofundar os conhecimentos em relação ao sistema ABO e Rh.

1 INTRODUÇÃO

        Polialelia, ou alelos múltiplos, é o nome dado ao fenômeno em que os genes possuem mais de duas formas alélicas, ou seja, uma mesma característica pode ser determinada por três ou mais alelos (formas alternativas de um gene).

        O exemplo de polialelia mais conhecido são os diferentes grupos sanguíneos. Como todos sabem, existem na nossa espécie indivíduos que possuem sangue A, sangue B, sangue AB e sangue O.

        Um tipo sanguíneo, também chamado de grupo sanguíneo, é a caracterização do sangue baseada na presença ou ausência de substâncias antigênicas herdáveis presentes na membrana das células vermelhas. Esses antígenos da membrana das hemácias podem ser proteínas, carboidratos, glicoproteínas e alguns desses antígenos podem estar na membrana de outros tipos celulares. Vários desses antígenos de membrana formam, coletivamente, o que chamamos de sistema de grupo sanguíneo.

        O sistema ABO, descoberto no início do século X, é o mais importante sistema de tipagem sanguínea e rege as transfusões de sangue até os dias atuais. Os antígenos do sistema ABO são produtos dos genes ABO localizados no cromossomo 9 de humanos. Sua descoberta ocorreu quando cientistas observaram a ocorrência de aglutinação de hemácias devido à fixação de anticorpos a antígenos específicos presentes na membrana dessas células. A reação de aglutinação causada pelos anticorpos contra esses antígenos é chamada de hemaglutinação.

         Os antígenos de grupo sanguíneo estão organizados em múltiplas cópias na superfície da hemácia, permitindo que as células se aglutinem quando sofrem reação cruzada com anticorpos. Assim, indivíduos do tipo sanguíneo A expressam somente antígenos A na superfície das suas hemácias, enquanto os do tipo B expressam somente antígenos B. Já os do grupo AB expressam ambos os antígenos na superfície das hemácias e os do grupo O não expressam nenhum dos dois.

        Bactérias do trato gastrintestinal possuem em suas membranas antígenos similares ou idênticos àqueles do sistema ABO. Essas bactérias estimulam a formação de anticorpos contra antígenos ABO nos indivíduos que não possuem o antígeno correspondente em suas próprias células. Por exemplo, indivíduos do grupo AB que possuem antígenos A e B nas suas hemácias não desenvolvem anticorpos anti-A ou anti-B. Já os indivíduos do grupo O que não apresentam antígenos na superfície das hemácias desenvolvem anticorpos anti-A e anti-B.

        Quando um indivíduo recebe sangue de um grupo diferente do seu isso pode desencadear respostas imunológicas que podem levar à destruição das células vermelhas do sangue. Por exemplo, se um indivíduo do grupo A (receptor) recebe sangue do grupo B (doador), os anticorpos anti-A presentes no sangue do doador reagem contra os antígenos da superfície da célula vermelha do receptor provocando hemaglutinação, formação de   coágulos e destruição em massa das hemácias do receptor levando à morte. Portanto, é fundamental a caracterização dos grupos sanguíneos antes dos procedimentos de transfusão.

Grupo ABO – tipos de hemácias, anticorpos e antígenos

[pic 1]

        O sistema Rhesus é o segundo mais importante sistema de tipagem e classificação sanguínea. Foi descoberto da década de 40 quando cientistas perceberam que, ao injetar-se sangue do macaco do gênero Rhesus em cobaias, havia a produção de anticorpos para combater as hemácias introduzidas. Dessa constatação os cientistas concluíram que na membrana das hemácias do macaco Rhesus havia um antígeno de membrana que foi denominado fator Rh (de Rhesus).

        Testando sangue humano com anticorpos anti-Rh cientistas verificaram que em 85% do sangue humano testado ocorria aglutinação, ou seja, os anticorpos anti-Rh reconheciam o antígeno Rh na superfície das hemácias humanas. Foram descritos cinco antígenos Rh diferentes (C, c, D, E, e) sendo o antígeno Rh D o mais imunogênico.

        Portanto, o termo fator Rh refere-se somente ao antígeno Rh D. Indivíduos que apresentam o antígeno Rh D na superfície das suas hemácias são denominados de Rh positivos (Rh+) e os que não possuem o antígeno Rh D são chamados de Rh negativos (Rh-).

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