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RESENHA: EUTANÁSIA E CUIDADOS PALIATIVOS PARA DOENTES TERMINAIS

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Por:   •  31/10/2013  •  929 Palavras (4 Páginas)  •  1.318 Visualizações

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Corrêa, José de Anchieta. Morte. São Paulo: Globo, 2008. Cap. 5, p. 51-57. (Coleção Filosofia frente & verso).

Marcela Oliveira; Sheila Andrade Souza

José de Anchieta Corrêa nasceu em Itapecerica Minas Gerais, em 1934. Graduado em filosofia pela PUC de Minas Gerais, mestre e doutor na mesma área pela Universidade de Louvain na Bélgica, é professor aposentado do Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais e coautor, entre outros, de A nossa casa de cada dia.

Antes de chegar ao objeto da referida resenha, é pertinente fazer um breve resumo da obra até este ponto (o capítulo 5), com o objetivo de melhor posicionar o leitor no contexto da obra como um todo. Na obra Morte, José de Anchieta traz no primeiro capítulo uma apresentação e descrição de uma preocupação da sociedade em geral frente a morte, mostra que esta é eminente, inevitável e discorre ainda sobre as formas de celebração da mesma ao longo do tempo. No capítulo 2 trata que a morte é onipresente em todas as classes sociais e faz uma comparação entre os cemitérios da idade média e da atualidade caracterizando o luto como passageiro e um sentimento que só é realmente existente quando enfrentado em família. O terceiro capítulo traz a negação da morte sendo que após o cristianismo recorre-se a ideia do perdão para se alcançar o descanso eterno, bem como a forte crença do juízo final e no fim dos tempos, sendo que com a revolução da Medicina emergiu a capacidade de prolongar a vida diante das doenças. O capítulo 4 trata do desejo de onipotência perante a morte baseada em reencarnações e na crença da imortalidade da alma.

O capítulo 5 intitulado: “A luta para vencer a morte” explana temas polêmicos, atuais e de importância consideráveis, sobretudo para os profissionais da área de saúde, dentre eles a revolução médica e biológica proporcionando a cura de doenças antes consideradas incuráveis, a necessidade de um atendimento solidário e humanista para com os pacientes fragilizados pela possibilidade de morte. Menciona também termos como “máximo esforço terapêutico”, “cuidados paliativos” e “eutanásia” dentre outros.

Segundo o autor, com o contínuo avanço do conhecimento médico e biológico tem-se almejado combater uma série de doenças e obter consequentemente o prolongamento da vida. O uso de células tronco em alguns tratamentos tem criado expectativas de tentar vencer a morte, ou de pelo menos retardá-la. Contudo esses avanços trazem a ideia de que é possível viver para sempre, o que não é verdade uma vez que a morte esta inserida no nosso cotidiano e por mais que possa ser adiada ela não pode ser efetivamente driblada, logo todos nascemos e estamos irremediavelmente marcados para morrer. Muitas vezes a sociedade classifica os profissionais da saúde como responsáveis pela reversão do quadro de morte, porém estes muitas vezes não são devidamente preparados para conviver com tamanha responsabilidade tendo em vista que durante a sua formação não são devidamente preparados para lidar com a morte, sendo estes somente orientados para curar, quando deveriam ser também instruídos para saber como agir num caso contrário, onde não há possibilidade de cura, desenvolvendo um cuidar baseado no estreito contado solidário e humanista para com os pacientes e seus familiares.

Diante de um paciente em fase terminal deve se oferecer o máximo de qualidade e conforto, sendo indispensável o contato humano para a tentativa de manutenção da vida social.

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