Rua movimentada

Rua movimentada

O delegado Jorge Veloso, da 74ª DP (Alcântara), que investiga o caso, informou que não se trata de um caso de homofobia, mas sim de vingança. Testemunhas já foram ouvidas e imagens das câmeras de segurança da região estão sendo analisadas para identificar o autor do crime, cujo apelido já é conhecido.

Embora o caso tenha acontecido por volta das 2h, segundo o delegado, o ponto é bastante movimentado, onde há um supermercado que funciona durante 24 horas.

"O suspeito foi descrito como um homem branco, de aproximadamente 1,55 metros de altura e com idade entre 40 e 50 anos. Ele é conhecido por ser uma pessoa generosa, que ajuda os outros, mas não frequenta a região todos os dias. Estamos tentando identificar a van pelas imagens e assim chegar até o suspeito", disse o delegado.

Eliwelton chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos e morreu na quinta-feira (2). O delegado Jorge Veloso informou que o suspeito vai responder por homicídio qualificado, por motivo fútil e com intenção de dolo eventual (quando se assume o risco de matar). A pena para este crime pode variar de 12 a 30 anos de prisão.

De acordo com informações da Polícia Civil, Eliwelton e dois amigos, todos homossexuais, passavam pela Estrada Raul Veiga, no bairro Alcântara, quando o suspeito, que ajudava um carroceiro, provocou os três, jogando beijinhos. Eliwelton, que media 1,85m e pesava cerca de 100 quilos, se irritou com o gracejo e agrediu o suspeito com socos, aplicou-lhe uma gravata e rasgou sua camisa.

O homem, então, foi até uma van e pegou uma barra de ferro para revidar a agressão, mas de acordo com a polícia foi impedido por outras pessoas que estavam na rua. Cerca de 30 minutos depois, ele reapareceu dirigindo a van, invadiu a calçada, atropelou Eliwelton e fugiu.

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