Sexualidade e Juventude

Patrícia Campos dos Santos.

Sexualidade e juventude

A juventude é considerada como a melhor fase da vida de quem já passou por essa fase, mas se não for bem instruída pode ser também uma fase de grande risco para a saúde dos adolescentes. Como exemplos desses riscos, podemos citar a exposição à violência e ao uso de drogas, e a da sexualidade, em que se problematiza a iniciação sexual precoce, a AIDS e a gravidez na adolescência. A mídia e a maioria da sociedade apresentam os jovens como incapazes de ter uma vida afetiva e sexual e os colocam como irresponsáveis em seus comportamentos, mas deixa se esquecem de que uma boa instrução é a porta de entrada para o conhecimento. A imagem dominante é de uma vida sexual promiscua, na qual predominam os relacionamentos efêmeros.

Muitas vezes a sexualidade se apresenta na juventude como uma forma de ganhar a autonomia individual em relação à família de origem (Eu posso, eu consigo). Esse desligamento da família demonstra uma construção de espaço privado e um aprendizado sobre relacionamento afetivo e sexual. E, os modos como eles tratam a sexualidade hoje em dia derivam das culturas que mudam conforme o tempo, o meio social e o gênero.

 O conhecimento sobre comportamentos sexuais demonstra a importância da modelação social, tanto nas escolas quanto no ambiente familiar, para que os jovens tenham em mente a importância de cuidar da saúde. Muitos casos hoje vêm sendo considerados alarmantes, como o baixo índice de uso de contracepção entre os jovens e a gravidez na adolescência, e, merecem uma atenção maior por parte dos núcleos de saúde. O aborto, por exemplo, é realizado em condições precárias entre as jovens pobres e estas correm um grande risco de morte pelo uso desses locais que não têm nenhum tipo de higiene e legalidade.

É importante ampliar o foco das políticas públicas direcionadas à juventude. Como, por exemplo, abordar juventude, sexualidade e reprodução sob uma visão mais ampla das compreensões dos processos de aprendizado da sexualidade, das formas de interação afetivas e sexuais entre os parceiros, das prescrições dos papéis de gênero e, por fim, como a juventude vêm cuidado de sua saúde, qual a sua visão acerca de sua reprodução, sexualidade e exposição às doenças sexualmente transmissíveis.

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