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Taxonomia

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Por:   •  9/11/2013  •  1.653 Palavras (7 Páginas)  •  689 Visualizações

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Taxonomia vegetal

A taxonomia vegetal é o ramo da botânica que se ocupa da classificação das plantas, ou seja, sua organização em reino, divisão, classe, ordem, família, gênero e espécie.

Com os avanços dos estudos taxonômicos, além dessas categorias sistemáticas principais, tornaram-se necessárias categorias intermediárias, como subordem, subgêneros, etc. Atualmente, as categorias utilizadas na classificação detalhada das plantas são:

Reino, Divisão, Subdivisão, Classe, Subclasse, Ordem, Subordem, Família, Subfamília, Tribo, Subtribo, Gênero, Subgênero, Secção, Subsecção, Série, Subsérie, Espécie, Subespécie, Variedade e Forma.

É verdade que na maioria dos casos, apenas as categorias tradicionais já são suficientes para classificar as plantas.

Nesta parte do site você encontrará informações sobre a história da taxonomia, nome científico e classificação de algas, fungos e plantas.

Atenção:

Saliento que existem diferenças na classificação taxonomica conforme o autor que se segue. Portanto, existem livros que apresentam uma classificação ligeiramente diferente. A seguida neste site leva em consideração os ancestrais e as características evolutivas dos grupos em questão.

A importância da taxonomia

Por Silvia Schaefer, bióloga, mestre em Botânica.

A organização dos seres vivos em categorias taxonomicas é necessária para que não se faça confusão entre plantas, ou quaisquer outros seres vivos.

Um exemplo clássico no Brasil é o da planta Manihot esculenta. Ela apresenta muitos nomes comuns diferentes de acordo com a região do Brasil: mandioca, macaxeira, aipim, candinga, castelinha, macamba, entre outros. Apesar dos diferentes nomes comuns, o nome científico é um só no mundo inteiro: Manihot esculenta.

Mas por que isso é importante?

Um exemplo prático pode ilustrar bem o que eu quero dizer:

Em determinada ocasião eu estava assistindo a uma palestra no Congresso Brasileiro de Bioquímica, quando a palestrante, que falava de um fármaco novo extraído de uma planta brasileira, descreveu a planta e sua classificação completa. Como bióloga, eu entendo perfeitamente a necessidade desta caracterização.

Um colega não-biólogo, sentado ao meu lado comentou: “- que perda de tempo falar sobre a classificação da planta. Vamos logo ao que interessa.” No mesmo instante eu respondi: “- você acha válido falar sobre o fármaco, sua estrutura química e propriedades, sem saber de qual planta é extraído? E se você quiser fabricar um medicamento a partir deste princípio ativo, vai saber onde encontrá-lo, de onde extraí-lo?”.

Este é o tipo de confusão que se faz. A importância da classificação dos seres vivos é ainda desprezada por muitos cientistas que não pertencem às Ciências Biológicas. Portanto, cabe a nós, biólogos, professores, estudantes de biologia e simpatizantes da área, disseminar estas informações e conscientizar as pessoas da importância deste tipo de estudo.

Somente através do conhecimento das espécies, é que poderemos fornecer subsídios para outras áreas do conhecimento (como no exemplo dado acima) e principalmente para a conservação das espécies. Como podemos conservar sem conhecer? Se uma espécie “não existe” oficialmente porque ainda não foi descoberta, será impossível montar estratégias de preservação, de manejo e mesmo de utilização sustentável da mesma.

O surgimento do sistema de classificação

Quando os homens começaram a ver necessidade em dar nomes às plantas e a todas as coisas que os rodeavam, eles começaram a identificar e batizar.

Como nessa época as populações humanas eram pequenas e, em geral, isoladas umas das outras, não havia intercâmbio de informações. Como resultado, cada agrupamento humano tinha seu próprio sistema de nomenclatura. Lembre-se que estamos falando de uma época muito primitiva, na qual ainda não se pensava cientificamente, e nas implicações de um sistema nomenclatural organizado.

Com o passar do tempo, começou a haver troca de informações entre os diferentes povoados. E aí começou a confusão, pois os nomes dos objetos e a própria língua falada era diferente. Houve uma lenta e gradual adequação das informações.

Mas a primeira pessoa a realmente se interessou em criar um sistema de classificação universal e organizado, foi o professor e naturalista do século 18 Carl Linnaeus. Sua intenção era, nada mais nada menos, do que nomear e descrever todos os tipos de plantas, animais e minerais.

Carl Linneaus - O pai da taxonomia

Carl Linnaeus ou Carl von Linné (em português Carlos Lineu) era sueco e nasceu em 23 de maio de 1707 e faleceu em 10 de janeiro de 1778. Dedicou-se às áreas da Botânica e Zoologia, além de ser médico.

Foi o criador do sistema binomial de classificação dos seres vivos e da classificação científica. Este sistema é até hoje utilizado. Por isso, Linnaeus é considerado o “pai da taxonomia moderna”. Foi um dos fundadores da Academia Real das Ciências da Suécia.

Ele era o botânico mais reconhecido da sua época e também um excelente escritor. Vários escritores e filósofos fizeram citações sobre Linnaeus:

“Diga-lhe que não conheço maior homem no mundo”, por Jean-Jacques Rousseau, filósofo Frances.

“Além de Shakespeare e Spinoza, não conheço ninguém entre os que já não se encontram entre nós que me tenha influenciado mais”, por Johann Wolfgang Von Goethe, escritor alemão.

“Linnaeus era na realidade um poeta que por acaso se tornou naturalista”, por August Strindberg, autor sueco.

O sistema binomial

A origem do sistema binomial de classificação é o sistema polinomial, proposto em 1753, quando Linnaeus publicou seu trabalho em dois volumes,Species Plantarum (As espécies de plantas).

Neste trabalho, ele usou designações polinomiais para todas as espécies de plantas como meio de descrevê-las e nomeá-las ao mesmo tempo. Ele considerava estes polinômios como se fossem nomes próprios, capazes de caracterizar cada uma das plantas existentes. Ex:

O polinômio (nome próprio) da planta conhecida como gataria era: Nepeta floribus interrupte spicatus pedunculatis (Nepeta com flores em uma espiga pedunculada ininterrupta). O nome era,

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