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A REGULAMENTAÇÃO DO METABOLISMO CORPORAL EM DETERMINADAS CONDIÇÕES

Por:   •  26/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  3.788 Palavras (16 Páginas)  •  317 Visualizações

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RESUMO

Sabe-se que os alimentos influenciam drasticamente o metabolismo de carboidratos, lipídios e proteínas. Cada órgão e tecido tem suas características metabólicas diante de algumas condições. Este trabalho visa o metabolismo dos principais órgãos e tecidos nos períodos pós-prandial e de jejum, em atividades físicas intensas e em indivíduos portadores de Diabetes Tipo 1, sendo as especificidades metabólicas das seguintes orgãos: cérebro, fígado, músculo, tecido adiposo e pâncreas.

3.OBJETIVO GERAL

Compreender através de uma pesquisa ativa em fontes de literatura sobre como os órgãos e tecidos listados realizam processos metabólicos, em cada condição a ser trabalhada, de forma integrada, a fim de manter nutrientes disponíveis para a constante produção de energia.

4. METODOLOGIA

Para alcançar tal objetivo, a metodologia utilizada consiste na pesquisa bibliográfica em artigos e livros que retratam tal temática. Foram usados artigos de áreas da saúde e áreas de educação física como base para o desenvolvimento da pesquisa acadêmica.

5. DESENVOLVIMENTO

Depois uma refeição, grande parte das biomoléculas, como exemplo: carboidratos, aminoácidos e uma pequena parte dos triglicerídeos são diretamente levados ao fígado. A outra grande parte dos triglicerídeos, segue um caminho diferente, migrando pelo sistema linfático, podendo ser metabolizados pelo fígado ou captados pelo tecido adiposo. Em geral, a concentração dos nutrientes no sangue é extremamente controlada pelo fígado, que os capta e distribui. O fígado será o órgão central da manutenção da homeostasia de carboidratos, lipídeos e proteínas. No período de jejum a degradação de glicogênio, a proteólise muscular e lipólise são responsáveis por manter o aporte energético no organismo. É preciso considerar que em cada célula ou tecido exercendo papéis fisiológicos específicos as vias metabólicas tenham características próprias.

Já durante o período de exercício físico, é uma condição onde ocorre um aumento da demanda energética do organismo visando a manutenção da atividade muscular. A energia derivada dos nutrientes ingeridos na alimentação tem fundamental importância para o fornecimento de energia química, contribuindo com a manutenção do trabalho muscular a partir da geração de adenosina trifosfato (ATP). Dentre os vários sistemas envolvidos no fornecimento energético para ressíntese de ATP, podemos destacar o papel das reservas de substratos energéticos que, por diferentes vias de fornecimento de energia, contribuem para a constante homeostase energética. A intensidade e/ou a duração do esforço, bem como o estado inicial das reservas de substratos energéticos e o nível de treinamento do atleta podem interferir sobre a predominância na ativação de uma ou de outra via metabólica, indicando maior utilização de um determinado substrato energético. Assim, os fosfatos de alta energia, os estoques de glicogênio muscular e hepático, e os lipídeos estocados nos adipócitos podem contribuir com maior ou menor magnitude com a geração de energia durante o exercício. Nos momentos iniciais do esforço e em exercícios severos, a ativação das reservas de substratos energéticos torna-se fundamental para o atendimento da maior exigência metabólica. Desta forma, o funcionamento e/ou a ativação destas vias de fornecimento de energia tem como objetivo fornecer uma quantidade adequada de nutrientes para o desempenho da atividade muscular.

Quando se trata de condições metabólicas em indivíduo portadores de diabetes tipo 1, o quadro muda um pouco. Sabendo que a diabetes é uma doença crônica e caracterizada por alterações no metabolismo, a glucose, que é regulada pela insulina, que é produzida no pâncreas, tem os seus valores elevados, isso pode acontecer à insuficiência ou ausência de produção do hormônio, ou à incapacidade do organismo a utilizar de modo eficiente. Quando não há um controle dos níveis de glucose, sendo ou não pela diabetes ainda não estar diagnosticada ou pelo fato dos doentes não seguirem o tratamento, pode surgir sérios danos em todo o organismo, especialmente a nível circulatório e nervoso.

O cérebro

Não tem qualquer reserva energética e por isso, independente do estado nutricional é necessário que haja um suprimento de glicose constante para este tecido. Além da glicose, os corpos cetônicos podem ser utilizados como substratos energéticos pelo SNC em algumas situações. É quase independente a glicose nesse tecido, pois a ausência total dela pode causar perturbações no funcionamento do sistema nervoso central, podendo ser cefaleia, falta de coordenação motora e fala, até coma. Os ácidos graxos não podem atravessar a barreira hemato-encefálica e, portanto, não podem suprir a demanda energética do SNC. O cérebro apresenta interatividade mais pronunciada principalmente nas áreas relacionadas ao movimento, que são o cerebelo e o lobo frontal. Com o consumo do carboidrato se mostraram ativadas áreas relacionadas à motivação, a tomadas de decisões, a emoções. O cérebro atua como sinalizador para o organismo quanto à possibilidade de prosseguir no esforço ou interrompê-lo. É ele que determina o momento em que o exercício deve ser interrompido por falta energia ou o estimula diante dos sinais de que as reservas energéticas são suficientes. Apesar da aquisição de glicose no cérebro ser independente da insulina, a presença de receptores desta hormona no SNC levanta a questão das funções da insulina no cérebro. Ainda não existe um consenso quanto à sua origem a nível cerebral. A sinalização central da insulina influencia o metabolismo energético, ao inibir a neoglicogénese hepática, e provoca uma diminuição na ingestão alimentar e uma perda de peso, alterações mais observadas no género masculino. Esta hormona também apresenta um papel relevante na reprodução, ao estimular a libertação de GnRH pelo hipotálamo. Verifica-se também que a insulina apresenta uma função neuromodeladora importante. Este papel da insulina poderá explicar a associação de síndromes de resistência à insulina e DM com piores desempenhos cognitivos, quando comparados com indivíduos saudáveis. Esta hormona apresenta propriedades neuroprotetoras importantes: inibe a apoptose, minora os efeitos deletérios do stress oxidativo e da isquemia e diminui a toxicidade decorrente. Talvez por isso, disfunções centrais da insulina estejam relacionadas com o desenvolvimento de doenças

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