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Determinar a prova bioquímica ¨in vitro¨ da glicemia.

Por:   •  19/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.324 Palavras (10 Páginas)  •  454 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA

BIOQUÍMICA CLÍNICA

Relatório 01

SÃO PAULO

2017

GRUPO 07                              

TÍTULO: Determinação da glicemia

OBJETIVO: Determinar a prova bioquímica ¨in vitro¨ da glicemia.

INTRODUÇÃO

Em 1872 o alemão Gerg Ebers, descobriu no Egito, um papiro que continha nos seus relatos, referencia a uma enfermidade caracterizada por sintomas de eliminação excessiva e frequente de urina. A data estimada da elaboração desse documento é de 1500 A.C.. Mas foi por volta do Séc. II D.C. que tal enfermidade recebeu o nome de Diabetes, esse fato atribui-se a Aretes, discípulo de Hipócrates. Ele fez observações entre poliúria (eliminação excessiva de urina), polidepsia (excessiva sensação de sede), polifagia (excessiva sensação de fome) e astenia (sensação de fraqueza orgânica).

Devido à poliúria observada em pacientes portadores de tal enfermidade, Aretes adotou o termo Diabetes que tem origem grega, e sua tradução pode ser entendida como: “o que passa através do sifão”, o termo diabetes tem sido utilizado desde então.

Em 1670, Willis detectou sabor adocicado em urina de pacientes que sofriam com a Diabetes, o que colaborou para distinguir dois tipos de Diabetes: Mellitus e Insipidus.

Em meados de 1889, foi feito pesquisa com cão, retiraram o pâncreas do animal, o que comprovou a origem pancreática da Diabetes Mellitus, e mais tarde a comprovação da origem hipofisária da Diabetes Insipidus.

Em 1869 Poul Langherans descreveu um grupo de células epitelióides em regiões do pâncreas, e Laguesse atribuiu as regiões de ilhotas de Langherans, mas foi em 1913 que Shafer comprovou que as células das ilhotas de Langherans produziam uma secreção endócrina que atuava no metabolismo glicídico, então propôs que essa secreção tivesse o nome de Insulina do latim insula-ilha. Assim começou a associação da Diabetes Mellitus, urina com sabor de mel, ao hormônio Insulina.

Hoje se conhece a Diabetes Mellitus por uma doença caracterizada pelo excesso de açúcar no sangue (glicemia) e na urina (glicosúria) e que tem classificação de Diabetes Mellitus tipo 1, Diabetes Mellitus tipo 2 e Diabetes Mellitus gestacional. Porém outro tipo de Diabetes é descrita com características distintas das demais Diabetes Insipidus.

DIABETES MELLITUS TIPO 1

O Diabetes Mellitus tipo 1 é uma doença provocada pela deficiência de produção ou ação da insulina, o hormônio responsável pela redução da glicemia no sangue, levando o paciênte a sintómas agudos e a complicações crônicas, características que envolvem o metabolismo da glicose, das gorduras e das proteínas. É um problema genético e, por isso, pode passar de pais para filhos, sendo, normalmente, diagnósticado durante a infância ou adolescência.

A causa mais comum é a reação autoimune, que lesa irreversivelmente as células pancreáticas produtoras de insulina (Células Beta). Neste caso, logo nos primeiros meses da doença é detectado no sangue anticorpos, principalmente o anti-ilhota pancreática, que combatem as enzimas das Células Beta e os anti-insulina.

O diagnóstico é feito através de exames de sangue que detectam a hiperglicemia, sendo a glicemia de jejum normal entre valores de 65-100 mg/dL, glicemia de jejum alterada está entre valores de 99-126 mg/dL, caracterizando o estado pré-diabético e quando é feito o exame de glicemia em jejum que a glicose está maior ou igual a 126 mg/dl em mais de uma ocasião, o diagnóstico de diabetes estará firmado.

Sendo um insulino dependente, assim que se obtém o diagnostico o uso de insulina é imprescindível.

DIABETES MELLITUS TIPO 2

A Diabetes Mellitus tipo 2 pode ser ocasionada por um defeito na produção e secreção de insulina pelo pâncreas ou por um problema nos receptores (resistência insulínica).

Na resistência a insulina há um acúmulo de glicose. O organismo tenta regularizar esse excesso pela excreção urinária de glicose e aumentando ainda mais a produção de insulina que pode levar as células a não produzirem quantidades adequadas desse hormônio para a regulação, fazendo o nível de glicose aumentar.

Os fatores de risco para diabetes tipo 2 mais importantes são histórico familiar e obesidade. Esse último está relacionado à resistência a insulina.

Quando IFG (glicose alterada em jejum) e IGT (tolerância à glicose diminuída) estão alterados, é um sinal de que o individuo está começando a ficar diabético e IGT também é associado ao risco de problemas cardiovasculares.

O tratamento para diabetes tipo 2 consiste em atividades físicas e dieta para redução de peso, medicamentos hipoglicêmicos orais e em alguns casos, quando o tratamento com o medicamento não deu certo, usa-se insulina.

DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

A gestação é um fenômeno fisiológico que geralmente progride sem nenhum problema, mas em alguns casos, ela pode apresentar riscos maternos e no desenvolvimento do feto.
O diabetes mellitus gestacional é uma doença específica do ciclo gestacional, e está relacionada com a mortalidade materna e fetal.
A doença é caracterizada pela intolerância de carboidratos, de graus variados de intensidade, isso faz com que a mulher fique com hiperglicemia (aumento dos níveis de glicose no sangue), sendo diagnosticada pela primeira vez na metade da gestação, podendo persistir ou não após o parto. Pode ocorrer em aproximadamente 4% das gestações.

Durante a gestação, a placenta que faz o suprimento de sangue para o feto, produz vários níveis de vários hormônios. A maioria deles prejudica a ação da insulina nas células, aumentando o nível de açúcar no sangue. Dessa forma, uma elevação moderada de açúcar no sangue após as refeições é normal durante a gestação.

De acordo com o crescimento do feto, a placenta produz mais hormônios que atuam no bloqueio da insulina. Esse aumento de açúcar no sangue pode afetar o crescimento e o bem-estar do feto.
Qualquer mulher pode desenvolver o diabetes gestacional, mas alguma tem maior risco, por esses fatores:

  • Idade superior a 25 anos
  • Histórico familiar de diabetes
  • Diabetes gestacional anterior
  • Tolerância à glicose diminuída ou glicemia de jejum alterada (níveis de açúcar no sangue altos, mas não o suficiente para ser diabetes)
  • Aumento do líquido amniótico (uma condição chamada de polidrâmnio)
  • Excesso de peso antes da gravidez
  • Ganho excessivo de peso na gravidez

O diagnóstico é feito através da glicemia em jejum, e após a suspeita fazer o exame de curva glicêmica.

O exame de curva glicêmica mede a velocidade com que seu corpo absorve a glicose após a ingestão. O paciente ingere 75g de glicose e é feita a medida das quantidades da substância em seu sangue em jejum, uma hora e duas horas após a ingestão. Os valores de referência são: Em jejum: abaixo de 92mg/dl, após 1h: abaixo de 180mg/dl, após 2 horas: abaixo de 153 mg/dl. O tratamento da Diabetes Mellitus Gestacional envolve uma limitação à ingestão de carboidratos em 40% do total de calorias diárias.

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