A Ginastica Artística

Ginástica artística Quando esporte vira arte

Aginástica artística surgiu no Egito dos faraós, época em que era comum ver nas ruas de Cairo homens e mulheres realizando acrobacias circenses para agradar ao público. Esse cenário também se repetia na Grécia Antiga, onde atletas nus praticavam exercícios ao ar livre com o intuito de manter a forma física e realizar treinamentos militares. Foi o conceito de culto ao corpo incentivado pelos humanistas do Renascimento, no entanto, que gerou a publicação de diversos trabalhos sobre educação física e tornou a prática de exercícios mais popular. Essas idéias se alastraram pela Europa até que, em 1811, o professor Friederich Ludwig Jahn, considerado o pai da ginástica moderna, fundou em Berlim, na Alemanha, o primeiro clube dedicado exclusivamente ao esporte. Jahn também criou regras e desenvolveu aparelhos específicos para a prática dos exercícios físicos. Com isso, a modalidade evoluiu e viu a fundação, no fim do século XIX, de uma das entidades esportivas mais antigas do mundo, a Federação Internacional de Ginástica. Já tradicional e com diversos praticantes pelo mundo, o esporte participou das primeiras Olimpíadas da Era Moderna, disputadas em Atenas (1896). No início, apenas as provas masculinas faziam parte do programa. As mulheres só foram aceitas nos Jogos de 1928. Hoje, a ginástica artística é considerada uma das três principais disciplinas olímpicas, ao lado da natação e do atletismo. Resumo das regras A competição pode ser individual ou por equipes. O objetivo do ginasta é realizar com perfeição exercícios obrigatórios em todos os aparelhos e criar novos movimentos para somar o maior número de pontos possíveis. Quem obtiver a maior média de notas dos jurados ao final das provas sagra-se vencedor.

Aparelhos – Homens e mulheres competem em aparelhos diferentes, sendo que há normas específicas para cada um deles. As regras também podem variar de acordo com a competição. Competição – Durante as Olimpíadas, por exemplo, os atletas competem em todos os aparelhos no primeiro dia do torneio. A partir daí, classificam-se para as finais individuais os oito melhores colocados em cada aparelho e, para as finais gerais – prova que reúne todos os aparelhos –, os atletas que mais conseguirem pontos após a soma do conjunto de todos os exercícios. Ainda há a final por equipes, disputada pelos melhores países classificados, na qual se consideram as quatro melhores notas entre os atletas que representaram cada país. Julgamento – Os juízes devem avaliar o movimento dos atletas de acordo com a série realizada, que compreende a partida, postura, execução e finalização dos exercícios, entre outros fatores. Valor de partida – Todas as séries têm um valor de partida, que, tanto para homens quanto para mulheres, é de 8,80. Para facilitar a avaliação, as séries são divididas em seis grupos: A, B, C, D, E e Super-E. O A é o elemento mais fraco, enquanto o Super-E é o mais forte. Se o ginasta não criar movimentos novos, seu exercício não ganhará mais do que o valor de partida. Exercícios obrigatórios – Em todos os aparelhos, o atleta deve realizar, no mínimo, uma série com quatros elementos A, três elementos