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DOENÇAS METABÓLICAS E ATIVIDADE FÍSICA

Por:   •  6/5/2016  •  Projeto de pesquisa  •  1.961 Palavras (8 Páginas)  •  408 Visualizações

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EDNEI FRANCISCO DO NASCIMENTO

R.A.:1119543

PROJETO PRÁTICA

DOENÇAS METABÓLICAS E ATIVIDADE FÍSICA

                                                                                 

Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para obtenção parcial de nota e como forma de avaliação continuada da disciplina de Bioquímica, para o professor Guilherme Tamanini.

CLARETIANO SÃO PAULO

2016

DOENÇAS METABÓLICAS E EXERCÍCIOS FÍSICOS:

A síndrome metabólica ou síndrome x, síndrome da resistência à insulina, quarteto mortal ou síndrome plurimetabólica ( agrupamento de fatores de risco cardiovascular como hipertensão arterial, resistência à insulina, hiperinsulinemia, intolerância à glicose/diabete do tipo 2, obesidade central e dislipidemia LDL- colesterol alto, triglicérides alto e HDL –colesterol baixo). E estudos epidemiológicos e clínicos têm demonstrado que a prática regular de atividade física é um fator importante para a prevenção e tratamento dessa doença.

EXERCÍCIO FÍSICO E OBESIDADE.

Estudos têm demonstrado forte associação entre obesidade e inatividade física, esses estudos demonstram que o benefício da atividade física sobre a obesidade pode ser alcançado com intensidade baixa, moderada ou alta, indicando que a manutenção de um estilo de vida ativo, independente de qual atividade praticada, pode evitar o desenvolvimento dessa doença.

Para o tratamento da obesidade é necessário que o gasto energético seja maior que o consumo energético diário. No entanto, tem sido demonstrado que mudança no estilo de vida, através de aumento na quantidade de atividade física praticada e reeducação alimentar, é o melhor tratamento.

A combinação de restrição calórica com exercício físico ajuda a manter a Taxa Metabólica de Repouso (TRM), melhorando os resultados de programas de redução de peso de longo período. Isso ocorre porque o exercício físico eleva a TRM após a sua realização, pelo aumento da oxidação de substratos, níveis de catecolaminas e estimulação de síntese protéica. Esse efeito do exercício na TMR pode durar de três horas a três dias, dependendo do tipo, intensidade e duração do exercício.

A atividade física é o efeito mais variável do gasto energético diário, pelo que a maioria das pessoas consegue gerar taxas metabólicas que são 10 vezes maiores que os seus valores em repouso durante exercícios com participação de grandes grupos musculares, com caminhadas rápidas, corridas e natação.

Em circunstâncias normais, a atividade física é responsável por entre 15 e 30% do gasto energético diário.

EXERCÍCIO FÍSICA E RESITÊNCIA À INSULINA.

Estudos têm demonstrado a relação direta entre atividade física e sensibilidade à insulina a décadas, vários estudos demonstraram menores níveis de insulina e maior sensibilidade à insulina em atletas, quando comparados a indivíduos sedentários. Entretanto, pouco tempo de atividade física está associado a baixa sensibilidade à insulina e alguns dias de repouso estão associados a aumento da resistência à insulina.

Apesar da comprovação do benefício da prática da atividade física sobre a sensibilidade à insulina, há situações extremas, em que o exercício agudo não melhora a sensibilidade à insulina e pode até piorá=la. A explicação para esse fato é a utilização aumentada e contínua de ácidos graxos como combustível muscular. Porém, estas são condições extremas em que a intensidade de exercício é maior do que a intensidade que a maioria dos indivíduos com síndrome metabólica consegue suportar.

O efeito do exercício físico sobre a sensibilidade à insulina tem sido demonstrado de 12 a 48 horas após a sessão de exercício, porém volta aos níveis pré-atividade em três a cinco dias após a última sessão de exercício físico, o que comprova a necessidade de manter a freqüência e regularidade na pratica da atividade física. Esse fato levanta a hipótese de que o efeito do exercício físico sobre a insulina é momentâneo. Porém, foi demonstrado em estudos que indivíduos com resistência à insulina, melhoram a sensibilidade à insulina em 22% após a primeira sessão de exercício e em 42% após seis semanas de treinamento, o que demonstra que o exercício físico apresenta tanto um efeito agudo como um efeito crônico sobre a sensibilidade à insulina.

Exercícios aeróbios e exercícios resistidos apresentam benefícios sobre a sensibilidade à insulina, o que sugere que a combinação das duas modalidades de exercícios pode ser aditiva.

EXERCÍCIO E DIABETES DO TIPO 2.

A prática regular de atividade física tem demonstrado diminuir o risco de desenvolver diabetes do tipo 2, tanto em homens como em mulheres, independente da história familiar, do peso e de outros fatores de riscos.

Mudanças do estilo de vida, vindas com a prática da atividade física, alimentação saudável diminuem a incidência de diabetes do tipo 2 em indivíduos com intolerância à glicose; a realização de pelo menos quatro horas semanais de atividade física de intensidade moderada a alta diminui em média 70% a incidência de diabetes do tipo 2, em relação ao estilo de vida sedentário, após quatro anos de seguimento.

A prática de atividade física também tem sido considerada importante no tratamento de indivíduos com diabetes do tipo 2. Programas de exercício físico têm demonstrado ser eficiente no controle glicêmico de diabético, melhorando a sensibilidade à insulina e tolerância à glicose e diminuindo a glicemia sanguínea desses indivíduos.

Geralmente tem sido recomendada a realização de exercícios aeróbios para indivíduos com diabetes do tipo 2. No entanto, recentes estudos têm demonstrado que o exercício resistido também é benéfico no controle glicêmico de diabéticos do tipo 2.

O exercício resistido pode ser benéfico para diabéticos idosos,pois durante o envelhecimento há diminuição da força e massa muscular, a qual afeta o metabolismo energético de maneira indesejável. O aumento da força e massa muscular através do exercício resistido pode reverter esse quadro, melhorando o controle glicêmico desses indivíduos

EXERCÍCIO E HIPERTENSÃO ARTERIAL.

Estudos têm demonstrado efeitos benéficos da prática de atividade física sobre a pressão arterial em indivíduos de todas as idades. O alto nível de atividade física diária está associado a menores níveis de pressão arterial em repouso. A prática regular de exercício físico tem demonstrado prevenir o aumento da pressão arterial associado à idade, mesmo em indivíduos com risco aumentado de desenvolvê-la.

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