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A Doença da Febre Amarela

Por:   •  11/9/2017  •  Relatório de pesquisa  •  3.488 Palavras (14 Páginas)  •  1.776 Visualizações

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INTRODUÇÃO:

    O objetivo desse trabalho é realizar um levantamento de dados bibliográficos a cerca de uma enfermidade que apesar de seua origem africana, é comumente encontrada em território nascional. Trata-se de uma doença comum em todas as Américas, e na África. A transmissão deessa doença infecciosa, ocorre por meido de mosquitos contaminados com vírus da doença. Não se trata de uma doença contagiosa, de modo que sua manifestação ocorre unicamente em um indivíduo que venha a ser picado por mosquito contaminado. No entanto, pode ser transmitida por um vetor que pica o indíviduo contaminado e depois pica o indíviduo sádio. É uma doença de curta duração e gravidade variável podendo levar à morte.

   

    Descrição da doença:

A FA, febre amarela, é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é transmitido por vetores artrópodes.  O vírus da febre amarela é um arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.

O vírus da FA apresenta dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos, silvestre e urbano.  No entanto a doença é a mesma nos dois ciclos do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico.

No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos infectados, Aedes aegypti. Enquanto no ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos, os macacos, são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus. Nesse ciclo, os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Dessa forma o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata e ser infectado.

        O tempo de incubação no homem pode variar de três a seis dias, podendo estender-se em até 15 dias. A viremia humana dura no máximo sete dias e vai de 24 a 48 horas antes do aparecimento dos sintomas até três a cinco dias após o início da doença, e é durante esse período que o homem pode infectar os mosquitos transmissores. Nos casos que evoluem para a cura, a infecção confere imunidade duradoura.

Informações Técnicas:

A febre amarela possui dois ciclos distintos de transmissão, sendo eles: silvestre e urbano. A doença é a mesma nos dois ciclos, do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico. No ciclo silvestre da febre amarela, os principais hospedeiros e amplificadores do vírus são os primatas não humanos (macacos).  Mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, com hábitos estritamente silvestres são os vetores da doença. Nesse ciclo, silvestre, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. Já no ciclo urbano, a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados, sendo o homem o único hospedeiro com importância epidemiológica.

Não há registro da febre amarela urbana no país desde 1942.

Enquanto o Aedes aegypti encontrava-se erradicado, havia uma relativa segurança quanto à não possibilidade de reurbanização do vírus amarílico. Entretanto, a reinfestação de extensas áreas do nosso território por este vetor, já presente em quase todos os municípios do país, traz a possibilidade de reestabelecimento deste ciclo de transmissão do vírus.

No Brasil, a partir da eliminação da febre amarela na forma urbana em 1942, só houve ocorrências de casos de febre amarela silvestre.

Até 1999, os estados das regiões Norte, Centro-Oeste e a área pré-amazônica do Maranhão, além de algumas partes no lado Oeste de Minas Gerais, foram onde os focos endêmicos da febre amarela silvestre estavam situados.

         Observou-se a expansão da circulação viral nos sentidos leste e sul do país, em surtos ocorridos no período de 2000 a 2009. Constatando-se assim a presença da doença em áreas silenciosas há várias décadas. Esse caráter dinâmico da epidemiologia da doença tem exigido avaliações periódicas das áreas de risco para melhor direcionar os recursos e aplicar as medidas de prevenção e controle.

         Procedeu-se a uma nova delimitação, em outubro de 2008, a qual se levou em consideração vários fatores, como: os ecossistemas (bacias hidrográficas, vegetação), evidências da circulação viral, corredores ecológicos, trânsito de pessoas, tráfico de animais silvestres e critérios de ordem operacional e organização da rede de serviços de saúde que facilitassem procedimentos operacionais e logísticos nos municípios.

A partir desses fatores foram redefinidas, então, duas áreas no País:

  •   Área Com Recomendação de Vacina (ACRV):

 Correspondendo àquelas áreas onde se reconhece o risco de transmissão;

  • Área Sem Recomendação de Vacina (ASRV):

 Correspondendo às “áreas indenes”, sem evidência de circulação viral.

Qualquer pessoa pode ser infectada com o vírus da febre amarela, porém devido à penetração em zonas silvestres da área endêmica de febre amarela, relacionada à maior exposição profissional, esta doença acomete com maior frequência o sexo masculino, em uma faixa etária acima dos 15 anos.  Também são consideradas comuns vitimas de tal enfermidade, são pessoas não vacinadas que residem próximas aos ambientes silvestres, onde circula o vírus, além de turistas e migrantes que adentram estes ambientes sem estar devidamente imunizados.

Nos meses de dezembro a mão, é quando ocorre a maior frequência da doença.  Tudo devido ao período com maior índice pluviométrico, quando a densidade vetorial é elevada, coincidindo com a época de maior atividade agrícola.

A reemergência do vírus no Centro-Oeste brasileiro volta a causar preocupação no cenário atual, devido ao período de monitoramento 2014/2015 (julho/2014 a junho/2015), registrar alterações no padrão de ocorrência de casos humanos e epizootias em primatas não humanos (PNH) durante o período sazonal da doença (dezembro a maio), com maior incidência de casos humanos em viajantes que realizavam atividades de turismo e lazer. A maior parte dos casos confirmados ocorreu em regiões turísticas de Goiás e Mato Grosso do Sul, áreas que mantêm intenso fluxo de pessoas, sobretudo durante o verão (período sazonal da doença). 

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