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A Enfermagem e Equilibrio Hemodinâmico

Por:   •  19/9/2023  •  Artigo  •  2.689 Palavras (11 Páginas)  •  48 Visualizações

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Revisão Integrativa de Literatura: Enfermagem e Equilíbrio Hemodinâmico

Débora Popenga[1]

Giselli de Souza[2]

Diogo Laurindo Brasil[3]

RESUMO

O estado hemodinâmico se refere ao conjunto de componentes físicos, os quais são responsáveis pelo bombeamento de sangue realizado pelo sistema cardiovascular para todo corpo. Sendo composto por variáveis, como o valor da pressão arterial,  adequação dos fluxos cardiovasculares e perfusão sistêmica. Sendo o fisiológico,  um equilíbrio nos valores destes parâmetros, correspondendo ao paciente estável. Porém, em alguns casos, pode ocorrer o desequilíbrio em uma ou mais variáveis, indicando aos profissionais da saúde um quadro de instabilidade hemodinâmica, sendo este, um cliente que necessita de cuidados para atingir o estado de adequação hemodinâmica. Frente a isso, o respectivo trabalho tem como objetivo abordar o que é estabilidade e instabilidade hemodinâmica, suas variáveis, os critérios de instabilidade e as principais causas de instabilidade hemodinâmica, além, de identificar e discutir as principais atribuições e intervenções da equipe de enfermagem na assistência a pacientes com equilíbrio hemodinâmico instável. O estudo foi desenvolvido através uma pesquisa qualitativa, de levantamento bibliográfico, utilizando publicações científicas de enfermagem indexadas nas bases de dados UpToDate, Google Acadêmico, Scientific Electronic Library Online e Sanar, através das palavras chaves “Hemodinâmica, Enfermeiro, Assistência, resultando na inclusão de 10 artigos.  Foram construídas duas categorias para análise: 1) Identificar o que é hemodinâmica, as diferenças entre o estado de equilíbrio e desequilíbrio e como ocorre a identificação destes casos, e 2) Assistência de enfermagem frente a pacientes hemodinamicamente instáveis, dando ênfase, nas atribuições e intervenções que devem ser realizadas, visando a melhora destes pacientes. A partir dos resultados obtidos identificou-se que

Palavras-chave: Hemodinâmica, Enfermeiro, Assistência.

INTRODUÇÃO

O estado hemodinâmico se refere ao conjunto de componentes físicos, os quais são responsáveis pelo bombeamento de sangue realizado pelo sistema cardiovascular para todo corpo. Sendo composto por variáveis, como o valor da pressão arterial,  adequação dos fluxos cardiovasculares (débito cardíaco, retorno venoso, irrigação do músculo cardíaco) e perfusão sistêmica. Sendo o fisiológico,  um equilíbrio nos valores destes parâmetros, correspondendo ao paciente estável, o que não necessita de medidas de suporte cardiovascular. Porém, em alguns casos, pode ocorrer o desequilíbrio em uma ou mais variáveis, indicando aos profissionais da saúde um quadro de instabilidade hemodinâmica, sendo este, o cliente que necessita de cuidados para atingir o estado de adequação hemodinâmica.  

Para avaliação do estado hemodinâmico do paciente é necessário o profissional observar a presença dos critérios de instabilidade, o qual é composto por pressão arterial sistólica < 90mmHg, queda da pressão arterial sistólica > 40 mmHg, frequência cardíaca > 90bpm, índice cardíaco < 1,8 l/min/m², pressões de enchimento elevadas, alteração de consciência, pele fria e pegajosa. Além, de apresentar durante a  realização do exame físico sinais de taquicardia, desconforto respiratório, fraqueza, cansaço, turgência jugular, cardiomegalia, derrame pleural na radiografia de tórax, ascite, hepatomegalia, anasarca, pulsos finos, diminuição da perfusão periférica e extremidades frias, oligúria, anúria, terceira bulha cardíaca, pulso alternante, estertores e crepitantes pulmonares, anorexia, perda de peso e vômitos.

Ainda, deve-se investigar o agente causador da instabilidade, pois desta forma, poderá intervir no problema e obter um tratamento efetivo. Podendo ser os principais causadores das instabilidades hemodinâmicas o infarto agudo do miocárdio extenso, infarto de ventrículo direito, insuficiência mitral, comunicação interventricular, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco, complicações da evolução do infarto agudo do miocárdio (sepse, tromboembolismo pulmonar). Ou ainda, secundária a procedimentos cirúrgicos cardíacos, por diferentes mecanismos, como hemorragia, tamponamento, lesão miocárdica, arritmias e choque cardiogênico.

Uma grande ferramenta utilizada pelos profissionais da saúde para  identificar as alterações hemodinâmicas, é a monitorização hemodinâmica,  um método avaliativo dos parâmetros de perfusão tecidual, onde são observados os volumes e as pressões intracardíacas e intravasculares, e principalmente, a função cardíaca à beira do leito (MORTON e FONTAINE, 2011; PADILHA et al., 2010). Desta maneira, consegue-se obter informações qualitativas e quantitativas com a finalidade de se reconhecer precocemente as possíveis alterações hemodinâmicas, a fim de estabelecer uma terapia adequada imediatamente (CINTRA, NISHIDE e NUNES, 2011; PADILHA et al., 2010).  

Para a realização da monitorização hemodinâmica básica recomenda-se como componentes os seguintes parâmetros: Frequência Cardíaca (FC), diurese, ECG contínuo, Saturação Arterial de Oxigênio (SpO2), PAM não-invasiva, Frequência 27 Respiratória (FR), temperatura, PVC e PAM invasiva. Os sinais vitais são, portanto, parâmetros indispensáveis no acompanhamento do paciente crítico, pois, valores anormais indicam um alerta de gravidade (DIAS et al., 2006; PADILHA et al., 2010).

Frente a toda a complexidade desse tipo de monitorização e tecnologia existente hoje em dia, os profissionais da enfermagem devem incorporar os dados hemodinâmicos para fazer a sua avaliação clínica com resolutividade. Para tanto, necessita compreender acerca da anatomia e fisiologia cardiopulmonares, dos componentes e funcionamentos dos sistemas de monitoração, das justificativas para as intervenções direcionadas a aumentar o Débito Cardíaco (DC) e o equilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio, e as complicações potenciais (MORTON e FONTAINE, 2011).

Tendo o conhecimento sobre a temática instabilidade hemodinâmica, apresentadas acima, como também as algumas formas utilizadas pelos profissionais para identificá-la e monitorala, o presente estudo tem como questionamento: qual o papel dos profissionais da enfermagem durante a assistência a pacientes que sofrem com equilíbrio hemodinâmico instável. Com foco em discorrer sobre as atribuições e intervenções que devem ser realizadas pelo profissional da enfermagem durante a assistência a estes clientes.

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