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A Interface da saúde pública com a saúde dos oceanos: produção de doenças, impactos socioeconômicos e relações benéficas

Por:   •  25/2/2017  •  Resenha  •  1.129 Palavras (5 Páginas)  •  289 Visualizações

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  1. REFERÊNCIAS

MOURA, Jailson Fulgencio de et al. A Interface da saúde pública com a saúde dos oceanos: produção de doenças, impactos socioeconômicos e relações benéficas. Disponível em: . Acesso em: 13 dez. 2016.

  1. RESUMO:

Os oceanos apresentam uma grande variedade de diversidade biológica, água e oxigênio que são indispensáveis para a vida humana, deste modo a qualidade das águas é de grande relevância para a manutenção da vida no planeta. Além disso, os oceanos contribuem para a estabilidade do ecossistema terrestre e para a saúde humana de diversas formas, como a descoberta de substâncias presentes em organismos encontrados no mar, que são extraídas para a produção de drogas que auxiliam no tratamento ou da cura de diversas doenças. Porém a grande maioria de lixo, substâncias tóxicas e outros poluentes, produzidos pela atividade humana, vão parar no oceano, contribuindo para a destruição deste ecossistema, e consequentemente sendo prejudicial para a saúde pública, principalmente pelo número crescente de pessoas vivendo em áreas costeiras. As alterações causadas no oceano tornam-se evidentes a cada década, vistas através dos impactos ecológicos que põem em risco o próprio oceano e várias espécies afetando também a saúde da população. 

As pessoas que vivem em regiões costeiras estão mais vulneráveis
à essas alterações, que surgem devido a poluição que acontece no oceano, podendo ocasionar impactos financeiros para a população, além de epidemias.

Segundo Moura apud Painel sobre Saúde dos Oceanos (HOTO/GOOS) a saúde do oceano define-se como “a condição do ambiente marinho dentro de uma perspectiva de efeitos adversos causados pelas atividades antrópicas, em particular: destruição do habitat, mudanças na proporção de sedimentação e mobilização de contaminantes” (MOURA et al, 2011, p. 3470).

Além das alterações oriundas da poluição, existem outras que são ocasionadas por fenômenos da natureza, como as que são causadas pelo El Niño, que acaba afetando, também, a saúde da população. O El Niño pode ocasionar mudanças na temperatura oceânica, acarretando variações climáticas podendo influenciar na dispersão de vetores, como mosquito e roedores, que geralmente podem transmitir doenças infecciosas. Além das doenças infecciosas, existem alguns tipos de intoxicações que são causados por espécies encontradas nos oceanos, como algumas algas tóxicas, que produzem toxinas capazes de envenenar o ser humano, causando sérios problemas de saúde. Essas toxinas chegam ao homem através da ingestão de pescados, principalmente de mexilhões e através da inalação e ingestão de “spray”, produzidos pela quebra das ondas. A destruição de recifes e as alterações climáticas estão entre os motivos para o aumento da produção de toxinas por essas algas.

Assim como o El Niño pode causar alterações climáticas, a emissão de gases causadores do efeito estufa, também contribui para esse fenômeno. A liberação desses gases influencia na elevação do nível dos oceanos, no aumento da temperatura global, variações de salinidade, mudança na circulação de massas de água, decréscimo da concentração de oxigênio, aumento do nível no mar e provável aumento na intensidade e na frequência de furacões e de ciclones. Com aumento do nível do mar pode haver introdução de água salgada em sistemas de água fresca nos continentes, afetando a qualidade desta para o consumo. O aumento da temperatura global poderá aumentar o potencial de transmissão de infecções fecal-oral, ocasionado pela mudança no ciclo de vida desses vetores. Esse aumento de temperatura juntamente com a poluição dos mares também pode contribuir para a propagação de microrganismos que podem causar infecções no homem, como o Enterecocus, que ao ingerir pescado contaminado pode contrair doença, que cursa com infecção gastrintestinal, dermatológica ou respiratória.

Os eventos extremos, tais como os tsunamis, os tornados, os ciclones, as tempestades e as inundações também são influenciados pelas alterações no oceano. Os países sofrem de forma diferente com esses eventos, enquanto os países ricos sofrem mais por perda econômica, os mais pobres sofrem com a incidência de doenças, com os prejuízos sociais e nas estruturas físicas.

A poluição marinha têm muitas consequências, mas a bioinvasão é considerada uma das mais importantes. A bioinvasão refere-se “a algumas espécies exóticas introduzidas em um novo ambiente, e que por ausência de controles naturais, como parasitas e doenças, tornam-se extremamente nocivas à biodiversidade local, principalmente em ambientes alterados” MOURA et al, 2011, p. 3474). O maior causador da bioinvasão marinha é a navegação, pois a água de lastro acaba atuando como vetor de algumas espécies, além da navegação, as mudanças climáticas, a deposição de nitrogênio e os contaminantes no ambiente marinho ajudam as espécies a se acomodarem nesse novo habitat, principalmente microrganismos. Esse processo também contribui para a proliferação de doenças no ser humano, como a introdução do Vibrio cholerae.

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