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APLICAÇÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE UTILIZADA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Por:   •  21/1/2021  •  Pesquisas Acadêmicas  •  3.099 Palavras (13 Páginas)  •  197 Visualizações

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ESTUDO SOBRE A APLICAÇÃO DA NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE UTILIZADA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

RESUMO

Embora exista muitos dados comprovados da frequência e das implicações da desnutrição hospitalar, a terapia nutricional enteral precoce (TNEP) muitas vezes não é iniciada no momento adequado. O referido trabalho tem por objetivo catalogar estudos que associam o estado nutricional à nutrição precoce enteral com a melhora e/ou mortalidade de pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Metodologia: Estudo de revisão de literatura baseado em artigos encontrados no Scielo, LILACS, BIREME, MEDLINE e Google acadêmico. Comprovou-se por meio deste estudo que a Terapia Nutricional Enteral Precoce é efetiva para a melhora do quadro clínico do paciente crítico, ainda que com suas prováveis complicações.

Palavras-chave: Cuidados críticos. Terapia nutricional enteral precoce. Desnutrição hospitalar. Unidade de Terapia Intensiva.

INTRODUÇÃO

A nutrição é um elemento essencial no conjunto do tratamento de pacientes gravemente enfermos. O estabelecimento da utilização da terapia nutricional enteral precoce (TNEP) e um esquema terapêutico apropriado podem reverter muitos problemas identificados nestes pacientes (como por exemplo o hipercatabolismo).

Autores como Lucas e Fayh(2012 p. 15) e Sacon et al(2001 p. 02) defendem a ideia de que uma base nutricional propicia, focalizada no risco nutricional do paciente sobretudo quando ele não pode ser alimentado via oral, objetiva aliviar a resistência às infecções, favorecer a cicatrização das lesões e enfraquecer a morbimortalidade de pacientes críticos desnutridos, impedindo o detrimento de proteína muscular, pois a sobrevida de pacientes seriamente enfermos é inversamente proporcional à perda de massa magra

Nas unidades de terapia intensiva (UTI), observa-se que a desnutrição é uma ação sucessiva que começa com a ingestão inadequada de nutrientes acompanhada por alterações metabólicas e funcionais que induzem ao detrimento da composição corporal, depreciando o crescimento, a força muscular e majorando o risco de pneumonia aspirativa, ainda com o poder de afetar desfavoravelmente no crescimento e desenvolvimento cerebral, vindo a acrescer o tempo de internação dos pacientes e os custos hospitalares.

Silva et al (2013 p. 3) enfatiza que “aproximadamente 15-55% dos pacientes internados em qualquer hospital têm desnutrição, principalmente aqueles gravemente doentes em unidades de terapia intensiva com uma taxa de mortalidade de 9-38%”.

Os pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), comumente exibem enfraquecimento nutricional, sendo de essencial importância a monitoração diária da oferta nutricional. Para tanto este tudo realizará uma explanação sobre o que é desnutrição hospitalar, a importância da terapia nutricional enteral precoce e os benefícios que ela proporciona. Após irá demonstrar o que estudiosos descobriram através de seus estudos em unidades de terapia intensiva sobre a utilização desse tipo de terapia.

2.0 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Evidenciando a ocorrência de que pacientes internados em unidade de terapia intensiva (UTI) encontram-se em risco nutricional, e que apesar deste dado a terapia nutricional enteral precoce (TNEP) muitas vezes é iniciada em etapas posteriores a adequadas, o objetivo deste estudo foi revisar a literatura e organizar os principais achados, gerando recomendações baseadas nas melhores evidências encontradas relativas à terapia de nutrição precoce enteral com relação a mortalidade e melhora de pacientes internados em unidade de terapia intensiva.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Levantamento bibliográfico sobre o que é desnutrição em Unidades de Terapia Intensiva e terapia nutricional enteral precoce;

• Identificar nos estudos realizados quais as vantagens e desvantagens da Terapia Nutricional Enteral Precoce em pacientes críticos submetidos à Terapia Intensiva;

3.0 MÉTODO

O referido trabalho foi realizado através de revisão bibliográfica de por meio de análises retrospectivas de publicações científicas, abrangidas no período de 2010 a 2016. Para isso, usou-se a legislação pertinente, livros e revistas de acervo pessoal, assim como trabalhos científicos encontrados online nas bases de dados: Scielo, Google Academic e Med line, com a finalidade de ponderar opiniões de autores que debatem a importância da nutrição enteral precoce. O período de busca foi entre 2016 e 2017.A busca nos bancos de dados foi feita usando às terminologias referentes a nutrição enteral precoce objeto dessa pesquisa, o que possibilitou o uso da terminologia comum em português, inglês e espanhol. As palavras-chave utilizadas na busca foram cuidados críticos, terapia nutricional enteral precoce, unidade de terapia intensiva e desnutrição hospitalar.

4.0 DESENVOLVIMENTO

Nos doentes internados nas unidades de terapia intensiva (UTI), a perda nutricional é um problema constante, em razão da resposta metabólica ao estresse que causa um acentuado catabolismo proteico para reparo de tecidos lesados e fornecimento de energia (SILVA,2013 p.4). A chamada “depleção nutricional” deprecia a resposta imunológica, danifica a ação de cicatrização, transforma a composição corporal e a função dos órgãos, igualmente como gera outras implicações que induzem à maior possibilidade de ocorrência de infecções e úlceras de pressão, e por conseguinte acercando-se de um maior risco de morbidade e mortalidade (TEIXEIRA et al,2006 p. 1).

O suporte nutricional de doentes na UTI tem objetivos específicos, alcançar o equilíbrio nitrogenado e obter um avanço ou normalidade na síntese protéica hepática, sem extrapolar a oferta de calorias e nutrientes (Schröder, 2016 p.2). Desta maneira, aposta-se, que com o suporte nutricional, haja o impedimento da má nutrição visceral e a limitação da perda de massa magra, que agem como “co-variáveis” diretas da mortalidade

A seguir iremos descrever sobre a desnutrição em UTI.

4.1

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