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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM- NASCIDO E A MÃE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Por:   •  27/4/2022  •  Artigo  •  5.130 Palavras (21 Páginas)  •  212 Visualizações

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM- NASCIDO E A MÃE NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

NURSING CARE TO NEWBORN NEWBORN AND MOTHER IN INTENSIVE CARE UNIT NEONATAL

Ângela Wiesner[1]

Kátia Maria Rodrigues

RESUMO

É notória a necessidade de humanização nas UTINs por se tratarem de um ambiente complexo com aspecto assustador aos olhos dos pais. Ver seu filho em um ambiente cheio de matérias e máquinas até então desconhecidos causa um misto de sentimentos negativos. O  objetivo do trabalho descrever a importância da mãe nas UTINs, para o tratamento dos RNs e atuação da equipe de profissionais de enfermagem neste ambiente. Para isso foi utilizada a busca bibliográfica de dados em materiais científicos com o auxílio de bancos de dados, utilizando informações relevantes ao tema. A humanização nas UTINs é de suma importância para o avanço positivo e significativo no tratamento dos RNs. A presença da mãe traz tranquilidade e maior aceitação do tratamento proporcionado pelo vínculo afetivo formado entre ambos. Conclui-se que a enfermagem deve sempre estar presente auxiliando no processo humanização, informando os pais sobre todos os procedimentos realizados e a importância deles para a sobrevivência de seu filho. A implementação de métodos já criados como o Método Mãe-Canguru, facilitam a efetivação do processo de humanização.

Palavras-chave: Humanização. Neonatal. UTIN. Mãe

ABSTRACT (Resumo em inglês)

Keyword: (palavras chave em inglês)

1 INTRODUÇÃO

        Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) trata-se de um ambiente hospitalar estrutura e fisicamente qualificado para atender Recém-Nascidos (RNs) pré-termos e de alto risco. Sendo disponibilizado desde tecnologias avançadas a profissionais qualificados á manuseá-los de forma correta atendendo as necessidades dos pacientes ali presentes. Aumentando significativamente as chances de sobrevivência dos mesmos (PROPICIANOY; GUINSBURG, 2005).
            Porém, apesar dos avanços, ainda enfrenta uma grande dificuldade: a humanização no atendimento tratando-se de acolhimento familiar, proporcionando “afastamento” entre RN e familiares. Por se tratar de um ambiente restrito a pacientes e profissionais atuantes na área, restrição causada pelo auto risco de disseminação de bactérias e infecções (NETTINA, 2014).
            Essa dificuldade de implantar a humanização gera á não aceitação principalmente das mães ao verem seus filhos ainda tão pequenos em ambientes tão agressivos e isolados. Essa reação é provocada pela falta de esclarecimento á respeito de protocolos e procedimentos ali realizados, o que pode ser facilmente resolvido (REICHERT; LINS; COLLET, 2007).
             Na tentativa de resolver este problema, podem ser realizadas capacitações com os pais a respeito da vivência, procedimentos, protocolos e atividades realizadas na unidade e a importância do isolamento muitas vezes proporcionado por tal ambiente. Também pode ser realizada a implantação do método Mãe-Canguru, criado e divulgado pela portaria de Nº 693 GM/MS do Ministério da Saúde em 2000 e atualizada em 2007, a fim de manter o vinculo afetivo mãe-RN (BRASIL, 2007).
             Neste sentido o presente trabalho busca descrever a importância da mãe nas UTINs, para o tratamento dos RNs e atuação da equipe de profissionais de enfermagem neste ambiente.

2 METODOLOGIA

        O trabalho apresentado será desenvolvido através de revisão bibliográfica sistemática de caráter retrospectivo, embasada em leitura de artigos científicos encontrados através de busca em base de dados bibliográficos como SCIELO, LILACS, revistas eletrônicas, manuais do Ministério da Saúde e livros.
          Os dados foram analisados minuciosamente buscando adequarem-se no tema escolhido abrangendo pesquisas e relatos feitos no dia-a-dia dos profissionais e pacientes que vivenciaram o quadro de estadia na UTIN.
          Foram selecionados artigos entre 2006 e 2016, incluindo os clássicos da literatura escritos em português e inglês. Foram utilizados como descritores para as buscas os termos humanização, UTINs, mãe, vínculo e família. Foram incluídos artigos atualizados que tinham relação com o assunto abordado, satisfazendo os requisitos para construção do trabalho.

3 REVISÃO DA LITERATURA

3.1 ESTRUTURAS ORGANIZACIONAL DAS UTINs

        A UTIN trata-se de um ambiente planejado e organizado desde sua estrutura a equipe multiprofissional atuante. Estando capacitada e qualificada com recursos materiais e avanços tecnológicos na utilização de procedimentos que asseguram a possibilidade de sobrevivência de recém-nascidos de risco. Seu planejamento inclui área física adequada, quantidade de leitos suportáveis para a estrutura organizacional, aparelhos e materiais necessários como sondas, equipos, monitores multiparamétricos, ventiladores mecânicos, bombas de infusão, incubadoras, leitos apropriados, e outros. E equipe multiprofissional contando com a disponibilidade de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, garantindo amplitude na assistência prestada ao RN e a família (TAMEZ, 2013).
        Para o funcionamento adequado deste ambiente, é necessário que os leitos estejam posicionados de forma que a equipe possa visualizar todos a todo instante, assistência médica, de enfermagem, laboratorial 24 horas, mínimo de cinco leitos. Equipe sempre treinada para qualquer situação. Espaço para transição de profissionais, número adequado de tomadas em cada leito, material sempre disponível, carrinho de emergência, ordem e disciplina dos profissionais atuantes, mantendo assim um atendimento de qualidade e eficácia para o paciente (COSTA; PADILHA, 2011).

3.2 ASSITÊNCIA PRESTADA AOS RNs

         A assistência se baseia também nos cuidados essenciais. Esses cuidados são classificados como: imediatos, se tratando dos primeiros procedimentos realizados com o bebê nas primeiras 24 horas, com o objetivo de auxiliar o RN a realizar a transição da vida intrauterina para a vida extrauterina, sendo eles: adaptação respiratória, cuidados com o cordão umbilical atentando-se a presença de 2 (duas) artérias e 1 (uma) veia, coletar sangue do cordão para análise laboratorial, manter a temperatura corporal com berço aquecido, manter vias aéreas desobstruídas, realizar aspiração de secreções das vias aéreas, avaliação do RN de acordo com a escala de apgar no 1º e 5º minutos de vida (NETTINA, 2014).
           De acordo com o autor supracitado os cuidados mediatos, estão relacionados à identificação do bebê e a manter sua estabilidade corporal, aferir SSVV (Sinais Vitais) do RN sempre antes de qualquer procedimento, realizar técnicas preconizadas pelo Ministério da Saúde: aplicação do nitrato de prata, hoje opcional em casos de parto cesáreo, vitamina k, medidas antropométricas e atentar-se a possíveis intercorrências e necessidades do bebê, promovendo intervenções principalmente em casos de parada respiratória, convulsões, aumentos significativos de temperatura, presença de icterícia, anomalias, além de casos mais graves que possam ocorrer.

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