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Analisando a adesão terapêutica dos participantes de um grupo DST – HIV- AIDS no interior paulista

Por:   •  16/9/2019  •  Artigo  •  3.519 Palavras (15 Páginas)  •  239 Visualizações

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Universidade de São Paulo

Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto

Analisando a adesão terapêutica dos participantes

de um grupo DST – HIV- AIDS no interior paulista

Candidato: Glenda Renata de Moraes

Orientadora: Profª Dra. Adriana Mafra Brienza

Linha de pesquisa: Mestrado Profissional 

Ribeirão Preto

2018

Título do trabalho: Analisando a adesão terapêutica dos participantes de um grupo DST – HIV-  AIDS no interior paulista

Introdução: A contaminação do vírus do HIV iniciou-se na população masculina e tinha maior relevância na população homossexual, com a maior taxa de contágio por via sexual. Passado alguns anos, houve uma mudança considerável da população contaminada, sendo considerado o sexo inseguro, hoje, a principal causa de novos casos de HIV (FELICIANO, 2005). Segundo o Boletim Epidemiológico (2017, p. 5):

De 2007 até junho de 2017, foram notificados no Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) 194.217 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 96.439 (49,7%) na região Sudeste, 40.275 (20,7%) na região Sul, 30.297 (15,6%) na região Nordeste, 14.275 (7,4%) na região Norte e 12.931 (6,7%) na região Centro-Oeste. No ano de 2016, foram notificados 37.884 casos de infecção pelo HIV, sendo 3.912 (10,3%) casos na região Norte, 7.693 (20,3%) casos na região Nordeste, 15.759 (41,6%) na região Sudeste, 7.688 (20,3%) na região Sul e 2.832 (7,5%) na região Centro-Oeste.

No que diz respeito aos pacientes infectados com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), causador da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA) mais conhecida como AIDS, foi criado por técnicos do Ministério da Saúde (MS) no Brasil um consenso que indica parâmetros para início do tratamento o que pode garantir a estes a qualidade ampla e que depende da carga viral plasmática (CV) identificada, a prover à debilitação do sistema de defesa do organismo, no caso determinado pelos linfócitos T-CD4 (BRASIL, 2008).

Sabe-se atualmente que a transmissão concentra-se entre a faixa etária entre 20-49 anos, na relação entre homem e mulher, onde a incidência crescente tem ocorrido entre o sexo feminino de faixa etária de 40-49 anos, o que anteriormente não ocorria, em vista de que AIDS era considerada como uma doença preconceituosa devido à maior incidência de transmissão ser entre relação homossexual de homens desprotegidos (BRITO et. al., 2001).

Os pacientes portadores de HIV/AIDS desde 1996, ano em que foi publicada a Lei 9.313 tem garantia do acesso a TARV, conforme as recomendações terapêuticas vigentes no Brasil (BRASIL, 2008). Desta maneira a TARV, tem aumentado de forma significativa à expectativa de vida dos portadores HIV/AIDS, além da melhora nos indicadores de mortalidade, morbidade já que a dinâmica viral e celular tem sido mais bem estudada, assim como os mecanismos de ação farmacológica dos medicamentos anti-retrovirais (ARV) que permitem o controle clínico da imunodeficiência causada pelo HIV (BARBOSA; SOUZA, 2007; VIDAL, 2007). Realizar os testes nem sempre é uma decisão fácil. O diagnóstico de infecção pelo HIV é obtido por meio da sorologia que identifica anticorpos anti-HIV após a exposição ao vírus. O diagnóstico é tão importante quanto às informações que devem ser fornecidas antes de realizar o teste como, formas de transmissão, significado dos resultados dos exames (BRASIL, 2008).

Segundo a Constituição Federativa do Brasil (1988), a saúde é direito de todos é um dever do Estado, desta maneira, o Sistema Único de Saúde (SUS), é o responsável pelo atendimento a cerca de 180 milhões de pessoas, com mérito considerável (BRASIL, 1988). Para o tratamento do HIV/AIDS fornecido pelo SUS não é diferente, entretanto, a busca dos pacientes revela algumas falhas por meio da terapia fornecida e aplicabilidade do mesmo (STORPIRTIS et. al., 2008). Sendo assim, a atenção farmacêutica pode mostrar a necessidade da adesão ao tratamento adequado e ao uso de medicamentos, assim como evitar as infecções oportunistas, além disso, também previne contra outras doenças e prepara o paciente com HIV ou com qualquer doença para o enfrentamento psicossocial (BARBOSA; SOUZA, 2007). Atualmente uma ferramenta de grande importância e que tem auxiliado a atenção farmacêutica, fornecida pelo Ministério da Saúde é o Sistema de Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), que por meio dos registros de dispensação da farmácia amostrados é um marcador na utilização de serviços de saúde e como indicador indireto para identificar pacientes em risco da não adesão à TARV e incorporado à prática clínica tem permitido acompanhar os indivíduos HIV/AIDS (BRASIL, 2008). A presença do profissional farmacêutico nos estabelecimentos de saúde tem se intensificado principalmente nesta última década após o resgate de suas atribuições por meio da assistência e atenção farmacêutica (CIPOLLE; STRAND; MORLEY, 2006; NUNN et. al., 2007). O conceito inclui não somente os medicamentos para o tratamento do indivíduo que se fazem necessários, mas também das atividades que são essenciais como a ética de responsabilidade e compromisso com os pacientes, que irão redefinir e identificar os farmacêuticos como provedores profissionais da saúde, fato que garante a eficácia e a segurança antes, durante e após o tratamento (CIPOLLE; STRAND; MORLEY, 2006).  O intuito é de oferecer por meio da Atenção Farmacêutica (AF) o conhecimento que lhe é atribuído para promover o uso seguro e apropriado aos medicamentos e permitir uma maior qualidade e adesão ao tratamento e convívio social (STORPIRTIS et. al., 2008; FONTES, 2007). A dificuldade e aceitação dos pacientes aderirem ao tratamento tem sido um desafio e uma ameaça para a saúde individual como para a Saúde Pública (BONOLO et. al., 2007). Segundo Gomes (2008), a estrutura das estratégias ainda precisa ser melhor desenvolvida e planejada de forma que priorizem a busca dos pacientes ausentes ou aqueles com retirada irregular para prevenir a descontinuidade da terapia ou não adesão.

Sobre este estudo, visa-se estabelecer questões relativas as formas de adesão e suas dificuldades e possibilidades, tentando entender o por que é tão difícil aceitar e colaborar com essa nova maneira de viver dos infectados, no nosso âmbito, focado na AIDS, e realizar o aprofundamento sobre esta dificuldade de adesão terapêutica.

1.1 Objetivo geral

Descrever os fatores dificultadores da adesão terapêutica ao tratamento TARV nos infectados de HIV/AIDS fornecido pelo SUS.

1.2 Objetivos específicos

  • Compreender como usuários ao tratamento TARV do Sistema Único de Saúde, conseguem adesão terapêutica, junto às ações e práticas desenvolvidas no tratamento recebido.
  • Analisar a interação construída com os profissionais de saúde no cotidiano.
  • Analisar frequência e faltas relacionadas ao programa DST HIV AIDS de uma Unidade de Saúde.

2. ADESÃO AO TRATAMENTO

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